terça-feira, janeiro 29, 2019

Comentários Eleison: Macabeus? Onde?

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCII (602) (26 de janeiro de 2019)

MACABEUS? ONDE?


"Onde estarão hoje os heroicos Macabeus?",
Gritou o Arcebispo. Resposta: saíram para jogar.


O que significa a reunificação da Fraternidade Sacerdotal São Pio X com Roma para a grande multidão de habitantes do mundo, e mesmo para o grande número de seus católicos? A resposta deve ser: muito pouco. Da mesma forma, quando os passageiros do Titanic viram uma equipe de engenheiros descendo ao convés para investigar alguma coisa, eles podem não ter demonstrado muito interesse, mas assim que souberam que seu grande navio estava condenado, o interesse deles deve ter crescido bastante. A Igreja Católica atingiu o iceberg do Vaticano II a mais de 50 anos atrás. Um grande engenheiro da Igreja avisou o Capitão da Igreja sobre o que havia acontecido e qual seria o resultado, e mostrou como fazer a Igreja parar de afundar. Infelizmente, o Arcebispo Lefebvre não foi ouvido pelos capitães nem então nem desde então, e seus sucessores desencorajados preferem hoje ouvir os capitães equivocados, que são, se a Fraternidade já não mostra a verdadeira saída, dignos de pena.

Vamos recordar os últimos seis anos do processo de reunificação e analisar a situação atual.

O passo decisivo nesse processo foi o Capítulo Geral da Fraternidade de 2012, em que ela renunciou ao princípio fundamental do Arcebispo de que sem um acordo doutrinal entre a Fraternidade e Roma, nenhum acordo meramente prático poderia servir à Igreja. Isto se dá porque um católico é católico em primeiro lugar por sua virtude subjetiva de fé, submetendo sua mente e sua vontade ao credo objetivo da Fé da Igreja. O que o erro do subjetivismo faz é transformar a Fé objetiva em subjetiva, para que eu fique livre para acreditar no que eu quiser e, consequentemente, comportar-me como eu quiser. Como acreditar que 2 e 2 são 4, ou 5 ou 6 ou 6.000.000. Esta infidelidade do Vaticano II foi adotada essencialmente pela Fraternidade em 2012, ainda que os líderes da Fraternidade tenham imediatamente começado a assegurar a seus sacerdotes e leigos de que nada essencial havia mudado na mesma Fraternidade. MAS:

Em 2013, começou uma série de reuniões publicamente admitidas em Roma com as autoridades romanas, para preparar um processo gradual de reconhecimento pleno. Este processo foi devidamente seguido.

Em 2014, ocorreram visitas de dignitários romanos aos seminários da FSSPX, e houve a "concessão" temporária do Jubileu da jurisdição oficial para Confissões da FSSPX.

Em 2015, a "concessão" para Confissões e para extrema-unção tornou-se permanente.

Em 2016, as Ordenações sacerdotais na FSSPX não deveriam mais ser punidas com a suspensão "a divinis".

Em 2017, os Matrimônios dentro da Fraternidade se tornaram "lícitos" com a participação de um sacerdote da Neoigreja como testemunha.

Em 2018, o Capítulo Geral da FSSPX elegeu para seu Conselho Geral três homens que não são tigres da Fé, e criou duas novas posições ao lado deles (Conselheiros Gerais) para permitir que o Bispo Fellay e o Pe. Schmidberger conservassem seu poder como os dois principais tigres da reunificação.

E em 2019? – Roma realizou a reabsorção da Comissão Ecclesia Dei (ED) para dentro da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), da qual foi retirada em 1988 para reincorporar a Roma os católicos tentados, pelas consagrações episcopais da Fraternidade, a seguir o Arcebispo em vez de Roma. Como tal, a ED foi concebida para ser relativamente gentil com os tradicionalistas. Mas o Papa Francisco não está nem aí para a Tradição. Portanto, como a Neofraternidade agora concorda com Roma que não há mais o conflito com Roma que havia em 1988, ele pôs fim à ED. Mas a ED foi gentil com a Tradição, enquanto os da CDF são tigres da Neoigreja. Como Chapeuzinho Vermelho, a Neofraternidade está se lançando nas mandíbulas de Roma – "Oh, doce Lobo Romano, para que esses dentes tão grandes?!", "É para ter devorar melhor, sua criancinha tola!".

E a Fraternidade? Assim como estará feliz por Roma ter dissolvido a ED porque a CFD a tratará então como pertencente plenamente à Igreja, também arrisca a ficar feliz se Roma vincular a ela dois Neobispos relativamente decentes para que cuidem das Ordenações e das Confirmações, mas de fora da Fraternidade e sempre sob o controle mesmo de Roma. Da parte de Roma, seria uma jogada inteligente, fechando ainda mais a arapuca sobre o que resta da Fraternidade do Arcebispo. E quantos sacerdotes da Neofraternidade sequer veriam que aqui há "um mar de problemas", e menos ainda se poriam a "pegar em armas, para acabar com eles"(Hamlet)? Não muitos, pode-se temer.

Kyrie eleison

terça-feira, janeiro 22, 2019

Comentários Eleison: Incêndios Californianos

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCI (601) (19 de janeiro de 2019)



Incêndios Californianos


Cuidado com qualquer coisa que sobre suas cabeças esteja a voar.
Os novos mundialistas agora apontam – para matar!    

Se alguém, especialmente nos EUA, mas também em qualquer parte do mundo, ainda pensa que as Nações Unidas são uma organização benevolente, ou que os incêndios mais recentes que assolaram o Estado da Califórnia são incêndios florestais normais, têm de pensar melhor em ambos os casos. Há sérios indícios de que os incêndios que destruíram no mês passado as cidades de Paradise e Malibu, e mataram só Deus sabe quantas centenas de pessoas, foram iniciados artificialmente, e há uma suspeita razoável de que eles faziam parte de um plano da ONU para reduzir o número da população dos EUA e expulsá-la do campo para as grandes cidades. Paranoia? Ou um novo paradigma? Sigam lendo.

Por uma larga experiência que se têm no estado da Califórnia, as características de um incêndio florestal normal são bem conhecidas. As temperaturas não costumam ser tão altas a ponto de derreterem metais ou pneus de borracha, os incêndios nunca começam repentinamente em vários lugares de uma vez só, as árvores que cercam as casas raramente permanecem intactas quando as casas queimam, e as casas normalmente não desmoronam deixando um monte de cinzas, principalmente e cor branca. Mas estas são características dos incêndios que destruíram Malibu e o Paradise. Além disso, as estradas pelas quais os habitantes tentavam deixar as cidades em chamas foram transformadas em cemitérios, com destroços de carros com seus motoristas sendo queimados até as cinzas, enquanto as árvores nas beiras das mesmas estradas se mantinham intactas. Na Internet há uma grande quantidade de provas visuais. Para terem apenas um exemplo, vejam themillenniumreport.com.

De longe, a explicação mais provável é a de que os incêndios foram causados ​​por armas DEW, armas de energia dirigida, por exemplo, armas de laser disparadas do alto, de helicópteros ou aviões. Os raios de algumas dessas armas, que existem há décadas, foram capturados pelas câmeras de celular de alguns habitantes, e explicariam o superaquecimento e a seletividade da queimada. Mas quem na terra programaria um satélite ou pilotaria um avião para assassinar deliberadamente seus concidadãos? Leitores, a menos que suas cabeças estejam enterradas na areia, vocês já devem saber que poucas pessoas ainda acreditam que o 11 de setembro foi obra de dezenove árabes. A maioria das pessoas agora admite que as evidências apontam para um trabalho interno, se não do governo público ou das forças armadas, em alguma medida do que agora está sendo chamado "Estado Profundo", em outras palavras, o governo privado oculto dentro do governo público, e que governa o governo público. E o 11 de setembro foi em 2001. Quão mais assassinos esses quase jogadores de Nintendo se tornaram desde então...!

Mas por que o Estado Profundo faria tal coisa? Para cumprir qualquer um dos inúmeros planos para a tirania da Nova Ordem Mundial. Em 1992 foi realizada uma importante reunião das Nações Unidas no Rio de Janeiro, onde 178 governos votaram pela adoção da Agenda 21, um plano de “desenvolvimento sustentável” para o futuro do mundo. Um candidato a presidente dos EUA, Albert Gore, não propôs ali uma redução de nove décimos da população mundial? Por que não fritar essa parcela com jogos de Nintendo lá do céu? É uma séria pergunta para esses futuros gerentes do nosso mundo sem Deus! Se vocês amam a Deus, despertem e sintam o cheiro do incêndio!

O Objetivo 15 da Agenda 2030 da ONU, adotada em 2015 para substituir a Agenda 21 é o seguinte: proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, manejar florestas de forma sustentável, combater a desertificação e deter e reverter a degradação da terra, e interromper a perda da biodiversidade. Em linguagem simples, obrigar os seres humanos a se mudarem para grandes conurbações, onde podem “empacotar e empilhar” e serem mais facilmente controlados; criminalizar a propriedade privada da terra; criminalizar a autossuficiência e forçar a completa dependência do governo. Mas talvez o mais provável é que haja um quarto propósito: aterrorizar a população desde cima com armas precisas de raio superpotentes, contra as quais não há defesa. Afinal de contas, o objetivo é uma tirania mundial, e como vai a Califórnia, assim vão os EUA, e como vão os EUA, assim vai o mundo.

Agora os leitores veem por que Nossa Senhora disse em 1973 em Akita, no Japão: "Só eu posso ajudá-los agora"?

Kyrie eleison.

segunda-feira, janeiro 14, 2019

Comentários Eleison: Arapuca fechada?

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DC (600) (12 de janeiro de 2019)



ARAPUCA FECHADA?


Algo deve ceder, e não será a Verdade,
Mesmo quando desprezada, sua juventude mantém a imortalidade.

E assim, a Igreja e o mundo passaram outro ano do calendário com todos os preparativos para uma terceira Guerra Mundial que tende a varrer a humanidade da face da terra. E estes "Comentários" chegaram ao número 600, quando parece que ontem mesmo eles estavam celebrando o número 500. O mundo está girando em um ritmo vertiginoso – em latim, "volvitur orbis" –, mas Deus Todo-Poderoso segue plenamente no comando, e Sua Cruz firmemente plantada, sem mover-se – "stat crux". Ele dá um grande grau de liberdade para Seus inimigos, para que atuem como seu flagelo sobre uma geração ateia. Mas o flagelo é para o bem, para separar as ovelhas das cabras, e para impedir que as ovelhas deslizem para o inferno. E que seus inimigos não pensem que obterão o melhor d’Ele – Ele usou os assírios para castigar os israelitas, mas ai dos assírios que pensaram que escapariam de Sua Justiça (Isaías X, especialmente o versículo 15)! De Deus não se escarnece.

Mas no centro mesmo dos problemas do mundo está o problema sem precedentes da Igreja Católica. A Igreja depende de sua hierarquia de Bispos e sacerdotes, pela qual seria lógico que se Deus planejou que Sua Igreja sofresse uma decadência antes do fim do mundo (Lc. XVIII, 8), então a hierarquia deveria estar envolvida, e esse foi o Concílio Vaticano II (1962-1965). O tempo de sua fortaleza durou desde a Contrarreforma nos anos de 1500, fazendo quatro séculos admiráveis de catolicismo, Mas depois dessa resistência a hierarquia cedeu, e substituiu a Igreja Católica de Deus por sua própria igreja nova ou conciliar. Na década de 1970 ainda havia fé suficiente nos católicos para tornar possível uma continuação séria da resistência, para a qual o Arcebispo Lefebvre e sua Fraternidade Sacerdotal São Pio X forneceram orientação, mas depois de mais quarenta anos seus sucessores renunciaram a esse esforço, e então os católicos se encontraram mais abandonados do que nunca.

Hoje em dia parece que a vida ainda está sendo drenada para fora deles. É uma ilusão agir ou reagir como se ainda estivéssemos na década de 1970. "Volvitur orbis". O mundo seguiu em frente, e com ele, a Igreja. Condições extremas exigem medidas extremas. Assim como as anteriormente prósperas instituições católicas se transformam lentamente em uma farsa atrás da outra, os católicos se transformaram lentamente em fantasmas ambulantes daquilo que eram antes, e parece que há muito pouco que podem fazer a respeito. Nem a retórica nem as palavras bonitas são a solução. As palavras bonitas estão desgastadas, e a retórica é oca. Os católicos dependem de sua hierarquia, e sua hierarquia está abatida. O Pastor foi ferido, as ovelhas estão dispersas, e de nada adianta se voltarem para o pastor atingido. Ele se foi!

Uma notícia recente, ou rumor – a geometria varia, segundo a reação do público –, é que a subcongregação romana, Ecclesia Dei (ED), fundada por Roma imediatamente após as Consagrações de 1988 da Fraternidade para alcançar os católicos tentados a ssguir o Arcebispo Lefebvre em vez de Roma, vai ser reabsorvida na Congregação para a Doutrina da Fé (CDF). Aparentemente, a reabsorção deveria ter sido anunciada em 20 de dezembro, mas Roma talvez tenha pensado duas vezes. Porque enquanto os próprios líderes atuais da Fraternidade podem estar muito felizes por renunciarem ao alcance especial da ED, e de porem fim assim ao seu próprio “cisma” (segundo sua visão) ao permanecerem completamente sob a CDF “normal”, pode ser que ainda haja um número suficiente de católicos que queira que Roma faça pelo menos algum gesto em favor da Tradição e mantenha a ED. Mas esta é há muito tempo um engano. Tanto Roma como os líderes da Fraternidade querem que se feche a arapuca romana...

Então, o que devem fazer os católicos que têm a Fé e querem mantê-la? Antes de tudo, avaliem a situação. O edifício da Igreja em Roma foi cimentado por duzentos e cinquenta anos de sangue de mártires, sangue jorrado de homens, mas também de muitas moças. Onde estão os potenciais mártires de hoje? Deus Todo-Poderoso está farto dos católicos que se tornaram mais e mais fracos na Fé através dos séculos, e está trazendo de volta os leões para formar alguns candidatos dignos para o Céu. Em segundo lugar, cinjamos nossos lombos de acordo com isto, e nos humilhemos ante a Sabedoria e a Justiça de Deus. Em terceiro lugar, lembremo-nos de que muitos dos últimos podem prontamente serem os primeiros, e vice-versa. E em quarto lugar, sempre: "Vigiai e orai, vigiai e orai; todos os dias quinze mistérios deveis rezar".

Kyrie eleison.

segunda-feira, janeiro 07, 2019

Comentários Eleison: Hamlet = Apostasia

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DXCIX (599) (5 de janeiro de 2019)






HAMLET = APOSTASIA

O mundo está apodrecido, rapazes, mas é indubitável:
Se ele está assim por toda parte, Deus permanece imutável.  


Se Hamlet é possivelmente a mais desconcertante, provavelmente a mais interessante, e indubitavelmente a mais moderna de todas as trinta e sete peças teatrais de Shakespeare, isto se dá por uma mesma razão: há um elefante na sala. Esse elefante é a apostasia da Inglaterra, que abandonou a Fé católica, que estava sendo triturada pelo governo inglês quando Shakespeare escreveu a peça, por volta de 1600 d.C., o que o estava levando ao desespero, porque ele era um católico devoto. Então (1) Hamlet é a mais intrigante de suas peças para a multidão de leitores pós-católicos, de aficionados por teatro e de críticos, que não têm nem ideia de que "Reforma" foi o maior desastre que já se abateu sobre a Inglaterra. (2) É a mais desconcertante das peças porque é fundamental e conflituosa em relação à Idade Média que passou e a Idade Moderna que se seguiu. (3) É a mais moderna, porque nos últimos quatrocentos anos praticamente o mundo inteiro passou a compartilhar da apostasia da Inglaterra.

(1) Mas quem se importa com a apostasia hoje em dia? Quantas pessoas sabem ao menos o que a palavra significa (um afastamento da fé católica)? Houve um tempo, como em 1600 na Inglaterra, em que o diabo perseguiu ferozmente a fé, de modo que Shakespeare teve de disfarçar a fé em suas peças para não ser enforcado, eviscerado e esquartejado. Mas hoje o Diabo destrói muito mais almas, fazendo com que elas acreditem que a religião é de tão pouca importância que qualquer um pode escolher qualquer religião que queira, ou inclusive nenhuma. E os vis meios de comunicação estão tão inundados de erros e imoralidade que a massa de pessoas não se dá mais conta destes (vejam o livro Shadowplay, de Clare Asquith, para a codificação católica em todas as obras de Shakespeare). Mas se a mãe incestuosa de Hamlet, a rainha Gertrude, realmente representa a Inglaterra cometendo incesto com o protestantismo, que o cunhado dela representa, é de estranhar que nossos contemporâneos se encontrem incapazes de perceber a melancolia do príncipe Hamlet?

(2) A peça é fundamental e conflituosa porque, como nenhuma outra peça de Shakespeare, está suspensa entre o mundo medieval e a Nova Ordem Mundial, e porque o próprio Shakespeare estava sendo sacudido até a medula pelo aparente sucesso da erradicação da Fé em seu amado país, como se pode ler em sua obra, desde a amargura do Príncipe até quase todos os que o rodeiam, especialmente seu verdadeiro amor, Ofélia. Ora, um católico não é amargo, mas Shakespeare estava assim ao escrever Hamlet (essa amargura, porém, não durou muito). Leiam o valiosíssimo livro de John Vyvyan, The Shakespearean Ethic, se quiserem discernir o padrão moral subjacente a todas as peças teatrais que foi a gloriosa herança do Shakespeare da Inglaterra medieval. Está presente até mesmo em Hamlet, sobretudo no desprezo do Príncipe por Ofélia para abrir espaço em seu coração para a vingança. Mas em Hamlet, como em nenhuma outra obra, a corrupção da sociedade – nem mais nem menos que por apostasia – é tão terrível que o Príncipe antissocial surge como um herói absoluto, o primeiro de uma longa lista de heróis antiautoritários (cf. Hollywood) que precisam anular todo respeito natural pela autoridade social. A apostasia mata a sociedade.

(3) Assim, Hamlet é a mais moderna das peças de Shakespeare, porque é a peça que mais se afasta do modelo medieval ou se sobrepõe a ele. Shakespeare escreveu muitas obras depois dela, mas nunca mais se sentiu tentado a substituir o amor pela vingança ou a voltar do Novo para o Antigo Testamento. Ele recuperou sua calma e equilíbrio enquanto ainda escrevia magníficas peças de teatro, mas em 1611 ele abandonou o cenário e Londres, deixando os puritanos tomarem o controle da Inglaterra e levarem eventualmente todo mundo para longe de Deus. Hoje, gerações de jovens amamentados pelos anti-heróis se transformaram em anti-homens, com pouco ou nada restando neles de sua herança medieval. Mas a natureza humana não mudou, e os seres humanos ainda precisam de homens para liderá-los, e é por isso que as meninas estão tentando-se transformar em homens, e os jovens dos dois sexos desprezam cada vez mais um ao outro. Em uma frase de Macbeth, "A confusão fez sua obra-prima".

Se vocês lerem Hamlet, tenham cuidado com o Fantasma no Primeiro Ato. Se vocês são católicos, sabem que o Deus Todo-Poderoso nunca deixaria uma alma sair do Purgatório para buscar vingança. Então, de onde poderia vir o Fantasma senão do Inferno? Nesse caso, o príncipe é realmente um herói? A amargura de Shakespeare era compreensível, mas distorceu sua teologia. Rapazes, adorem e amem a Jesus Cristo, amem a Sua Mãe, rezem o seu Rosário e liderem as moças. É para isso que elas precisam de vocês.

Kyrie eleison.