quinta-feira, maio 28, 2020

Comentários Eleison: Falta de Homens

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Comentários Eleison  –  por Dom Williamson
Número DCLXXI (671)  – (23 de maio de 2020)



Falta de Homens


Os homens, frágeis e tolos, voltarão a ser homens?
Se não o fizerem, terão que sofrer!

Quando a Autoridade abandona a Verdade na Igreja Católica, como tem feito desde o Vaticano II, então é mais fácil falar do que fazer no que se refere a caminhar na linha tênue entre a heresia à esquerda e o cisma à direita. Assim, não é de surpreender que um comentário incomumente incisivo, como o do Arcebispo Lefebvre citado nos últimos números destes “Comentários” (“Subam a Escada...”), desperte o interesse.

Um leigo, inclusive, duvidou da autenticidade do comentário: poderia o doce Arcebispo realmente ter dito tal coisa? Ah, sim, ele o fez. As palavras originais são um pouco menos elegantes que a polida citação, mas a substância é idêntica: "Com isso, tudo o que podemos fazer é subir a escada. Não há nada que possamos fazer com essa gente (os romanos conciliares). O que temos em comum com ela? Nada! Não é possível. Não é possível” (6 de setembro de 1990). A referência da fita de áudio de 1990 é Audio – Retrec – PASCALE90 ou SACERDOTALE90. (No entanto, qualquer pessoa que deseje comprovar a citação por si mesmo deve ter cuidado com as coleções "revisadas" das fitas do Arcebispo, porque quaisquer palavras de sua forte oposição, como estas aos conciliaristas de Roma, podem muito bem ter sido cortadas por "editores" da Neofraternidade pró-Roma.)

Outro leitor que reagiu à citação é um sacerdote, do Novus Ordo, mas agora firmemente estabelecido em um Priorado da Neofraternidade na Suíça (sem ter sido reordenado condicionalmente, até onde sabemos).

Ele pensa que “as coisas parecem realmente diferentes hoje em dia” porque a atual geração de oficiais em Roma é de um tipo diferente daquele ao qual o Arcebispo reagiu nos anos 80, e os melhores deles querem uma restauração verdadeira da Igreja. Ele conclui que adotar a atitude do Arcebispo atualmente deixa apenas duas soluções: a "Resistência" ou o sedevacantismo.

Mas, Padre, ainda que a atual geração de líderes da Igreja possa ser de homens diferentes dos sacerdotes traidores da época do Arcebispo, que fizeram o possível para destruir a verdadeira Igreja, ela entendeu (se é que leu) a Pascendi? E de que servem as autoridades doces e bem intencionadas da Igreja para a Fé ou para a Igreja ou para a FSSPX ou para a “Resistência”, se não entenderam que o problema está nas mentes de borracha que não conseguem sequer conceber que a verdade condena o erro ou que o dogma condena a heresia? Uma mente de borracha que simpatiza com a Tradição não tem basicamente mais utilidade para a Tradição do que uma mente de borracha que condena a Tradição. Também não é verdade que as coisas são "realmente diferentes" da época do Arcebispo. O sinal de que um sacerdote realmente entendeu o problema é quando – pelo menos em sentido figurado – ele quer ir a Roma com uma metralhadora e enviar todos os bonachões para conhecerem seu Criador, como Putin diria. Em suma, a “Resistência” deve permanecer no caminho; caso contrário, o caminho será destruído para fornecer pedras que bradem a Verdade no lugar dos pastores silenciosos e de seus cães que não ladram (cf. Lc XIX, 40). A "Resistência" não deve, não pode, ceder!

Finalmente, um bom sacerdote procura consolar-nos com as notícias recebidas de um Prior da Neofraternidade, de que o Superior Geral da Neofraternidade teria dito em fevereiro, em uma reunião de todos os Priores da Neofraternidade na França, que as discussões entre a FSSPX e Roma estão paradas porque a FSSPX ainda está insistindo na doutrina primeiro – muito bem, Pe. Pagliarani –, enquanto Roma insiste em estabelecer primeiro um acordo prático. Mas Roma precisa preocupar-se? Não precisa simplesmente esperar que a fruta madura caia em seu colo? Dom Tissier agora está tão doente, que se diz que estão instalando um quarto em Écône para que seja ali assistido. Restam apenas dois Bispos da FSSPX para atenderem às necessidades em todo o mundo. E assim, o Superior Geral deve submeter-se aos termos de Roma para que outros Bispos sejam sagrados, dando continuidade à desastrosa conciliação de seu antecessor com os líderes da Igreja que, por mais bonachões que sejam, perderam a fé, como disse o Arcebispo. Ou então ele deve sagrar mais Bispos sem a permissão do Papa, como o fez o Arcebispo. Mas a Neofraternidade ainda seguiria a linha heroica do Arcebispo de desafiar os (no mínimo) traidores objetivos de Roma? Pode-se duvidar disso.

Kyrie eleison.




terça-feira, maio 19, 2020

Comentários Eleison: Subam a Escada! - III

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Comentários Eleison  –  por Dom Williamson
Número DCLXX (670)  – (16 de maio de 2020)


SUBAM A ESCADA! – III


Como pombas, os romanos conciliares parecem arrulhar,
Mas, como os falcões, as presas irão despedaçar.

Os dois últimos números destes “Comentários”, nº 668 e nº 669, de 2 e 9 de maio, respectivamente, procuraram defender a aparente dureza dos conselhos de despedida do Arcebispo Lefebvre em 1990 dados aos sacerdotes da Fraternidade que ele fundou, quando lhes disse que não deveriam ter mais nada que ver com os oficiais conciliares da Igreja em Roma. O número 668 sublinhou a gravidade do subjetivismo denunciado pelo Arcebispo como subjacente a todos os principais documentos do Concílio. O número 669 reconheceu que se devem respeito e caridade aos mais altos oficiais da verdadeira Igreja de Nosso Senhor, mas repetiu mais uma vez que o subjetivismo deles é tão grave para a Fé da Igreja que o devido respeito e a caridade devem ser medidos pela fé, e não o contrário.

No entanto, a "dureza aparente" pode precisar de mais defesa, e estes "Comentários" dão alguma explicação.

Em primeiro lugar, segue uma breve recordação da história da Fraternidade, daqueles anos cruciais entre 1988 e 2012. Em 1988, o Arcebispo, ao final de uma longa e notável carreira a serviço da Igreja, aparentemente teria prestado um grave desserviço à Igreja ao consagrar quatro Bispos contra a vontade expressa do Papa João Paulo II, a fim de defender a Fé e a Igreja dos estragos da nova religião conciliar promovida em todo o mundo pelo Papa mesmo. É claro que este não entendeu a ação daquele, e se comportou como um porco, se compararmos com Nosso Senhor advertindo-nos para não jogarmos pérolas diante dos porcos, porque pisoteariam as pérolas e depois se virariam e nos despedaçariam. De fato, até 2000, João Paulo II pisoteou a Tradição da Igreja tal como defendia o Arcebispo, e fez o possível para "despedaçar" a Fraternidade.

No entanto, em todo o mundo havia católicos sérios e fiéis que entendiam e apoiavam totalmente o Arcebispo, e que se uniram tanto em seu apoio que se poderia dizer que a Fraternidade desfrutou de seus anos dourados na defesa da Fé entre 1988 e 2000. Como resultado, não apenas o pisoteio de Roma e do Papa sobre a Fraternidade não teve êxito, mas foi até contraproducente, atraindo cada vez mais clientes para comprarem as verdadeiras pérolas da Tradição da Igreja, graças ao Arcebispo e sua Fraternidade. O fracasso da Igreja oficial em atirar essas pérolas na lama ficou absolutamente claro com o sucesso da Peregrinação do Ano do Jubileu da Fraternidade a Roma na primavera de 2000. Foi quando os "porcos" de Roma mudaram sua estratégia da vara para a da cenoura, e começaram a arrulhar como pombas, a fim de atrair a Fraternidade para descer de sua fortaleza inexpugnável de doutrina até as areias movediças da diplomacia.

E tendo morrido o Arcebispo em 1991, seu carisma e sua sabedoria não estavam mais ali para evitar que seus relativamente jovens sucessores fossem seduzidos pelo arrulho das aparentes pombas.

E assim as linhas de batalha na luta pela Fé parecem ter sido redesenhadas, com a Fraternidade oficial tendo se dirigido para o inimigo, de modo que agora está mais irritada com a leve “Resistência” do que com a pesada Roma Conciliar. Para ser justo, no entanto, os atuais líderes da Fraternidade ainda não assinaram o contrato, e um bom número de sacerdotes da Fraternidade se opõe verdadeiramente a que seu contrato seja assinado. Mas qualquer católico deve desejar que a Fraternidade nunca deixe de defender o que o Arcebispo defendeu.

E a sua "dureza"? Pachamama é apenas um exemplo muito claro de como ele estava certo em tocar o alarme e agir na raiz do Vaticano II. Os mesmos "porcos" que mais tarde haviam arrulhado como pombas também no Concílio (1962-1965) para enganar um grande número de ovelhas e pastores católicos da época, de modo nenhum despertaram mais tarde, nem após todos esses 55 anos que se seguiram. Mas o Arcebispo aprendeu a valorizar a boa filosofia que lhe fora dada no seminário para fortalecer seu bom senso, e assim julgou tudo à luz dos verdadeiros princípios e da Fé. Sob essa luz, o mundo moderno e seu miserável Concílio são coisas lastimáveis, porque deixam apenas uma aparência de cristianismo, esvaziando-o de sua substância e substituindo-o por algo completamente diferente. Dizer, “suba para as montanhas e não olhe para trás”, é o que o próprio Deus disse a Ló. É um bom conselho, por mais difícil que seja aplicá-lo hoje, em um mundo que está confinado na loucura.

Kyrie eleison.




segunda-feira, maio 11, 2020

Comentários Eleison: Subam a Escada! - II

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Comentários Eleison  –  por Dom Williamson
Número DCLXIX (669)  – (9 de maio de 2020)



SUBAM A ESCADA! - II



De Roma, enquanto Pachamama reinar,
Eu preciso ficar longe – não há muito o que pensar.

Na semana passada, estes “Comentários” começaram com as palavras do Arcebispo Lefebvre, em 1990, sobre a mentalidade dos oficiais da cúpula da Igreja conciliar em Roma, e terminaram com sua forte conclusão:

Tudo o que podemos fazer é subir a escada (ou seja, cortar todo contato). Não há nada que possamos fazer com essa gente, porque não temos nada em comum com ela.

Tais palavras talvez pareçam carecer de caridade, ou pelo menos do respeito devido aos príncipes da Igreja de Nosso Senhor, mas na verdade elas não são nem pouco caridosas nem desrespeitosas, porque o propósito mesmo da Igreja de Nosso Senhor é: 1/ a Fé na qual 2/ deve basear-se a caridade e 3/ o respeito pelos oficiais que devem cuidar dessa Igreja.

1/ “Sem fé é impossível agradar a Deus. Pois quem quer que queira aproximar-se de Deus deve crer que Ele existe e que recompensa aqueles que O buscam” (Hebreus XI, 6). (Ateus, se desejam acreditar em Deus, notem imediatamente que "Ele recompensa aqueles que O buscam", e se perseverarem nessa busca, sua recompensa muito provavelmente será que o encontrarão, tal como muitas citações nas Escrituras o atestam – mas isso é uma história para outro momento). Todas as almas espirituais, pelas quais somente os seres humanos vivem, vêm de Deus, de acordo com Seu desejo de que usem suas breves vidas para escolherem voltar-se para Ele, para a felicidade eterna em Seu céu. No entanto, embora essa escolha seja incentivada por toda a bondade da criação, ela é desencorajada pelos três grandes inimigos da alma, o mundo, a carne e o Diabo, e por todo o mal que Deus escolhe permitir em sua criação, de modo que se deve fazer uma verdadeira escolha, que requer virtude, pois, caso contrário, eu me inclinarei para longe de Deus, em direção ao mal.

Ora, tal é a demonstração de bondade na criação de Deus, que aqueles que a veem e ainda não acreditam em Deus são chamados por São Paulo  "inescusáveis" (Romanos, I, 20). No entanto, o próprio Deus normalmente permanece invisível (por exemplo, Col. I, 15), de modo que a principal virtude necessária para que se comece a encaminhar-se para Ele é a virtude da fé, pela qual eu escolho dar o salto, desde o que vejo com meus olhos, até o que ou Quem eu devo reconhecer com minha mente por trás do que vejo com meus olhos. Daí que o Concílio de Trento (VI, 6) chame a fé  "o fundamento da salvação", e a Igreja Católica, por suas crenças, simplesmente explica o que preciso crer para ter fé na verdade, e não nas falsidades, sobre Deus.

2/ Ora, não pode haver um único desejo na vontade humana que não seja precedido por algum pensamento na mente dessa mesma pessoa. Um desejo sem objeto é um não desejo. E esse objeto é apresentado à vontade humana por uma mente.

Ora, a caridade é um tipo de desejo assentado na vontade, por isso pressupõe um pensamento na mente. E se a caridade é verdadeiramente sobrenatural, e não apenas humanista ou sentimental, ela pressupõe um objeto sobrenatural na mente, e esse é o objeto sobrenatural no qual se crê pela fé. Portanto, a verdadeira caridade pressupõe a verdadeira fé, e sem a verdadeira fé sobrenatural não pode haver verdadeira caridade. Disto resulta que, se as autoridades romanas de hoje têm uma fé pelo menos seriamente contaminada pelo Vaticano II, como é certamente o caso, então as pessoas que desejam manter a verdadeira fé devem ser seriamente advertidas a ficarem longe de tais autoridades, a fim de que sua própria fé não seja também contaminada. Em outras palavras, elas devem ser instruídas a "subirem a escada".

3/ E ainda que aos que estão "sentados na cadeira de Moisés" (Mt. XXIII, 2) se lhes deva todo respeito devido à cadeira de Moisés, tanto mais à Sé de Roma, quanto aos altos oficiais da Igreja se lhes deve toda a caridade para com as almas que têm uma tremenda responsabilidade em seu juízo particular, no entanto, a fé católica vem em primeiro lugar, de modo que nem o respeito nem a caridade podem incluir que eu exponha minha própria alma ou a de qualquer outra pessoa à contaminação de nossa fé por contatos imprudentes que arriscam exatamente essa contaminação. Os conciliares em 2020 ainda são cruzados pela idolatria do homem vendida por seu miserável Concílio. O Arcebispo Lefebvre estava certo: subam as escadas. Os católicos e os conciliares estão em uma guerra de religiões, uma guerra até a morte.

Kyrie eleison.

sábado, maio 02, 2020

Comentários Eleison: Subam a Escada!

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Comentários Eleison  –  por Dom Williamson
Número DCLXVIII (668)  – (2 de maio de 2020)


SUBAM A ESCADA!


Os romanos, como porcos, calcaram em vão.
Eis porque agora arrulham como pombas. Meu Deus! Meu Deus!

Muitas pessoas que deveriam dar ouvidos ao Arcebispo Lefebvre já não o fazem, como se achassem que sabem mais do que ele, ou como se já no final de sua vida, depois de ter legado quatro Bispos à Fraternidade Sacerdotal São Pio X para garantir a sobrevivência desta, ele já não tivesse mais nada de importante a dizer ou a fazer. Mas, em setembro de 1990, a Providência concedeu-lhe dar em Écône um retiro para seus sacerdotes, no qual ele pôde entregar-lhes – ou pelo menos àqueles que tinham ouvidos para ouvir – suas diretrizes para o futuro deles. Vamos citar novamente uma das passagens mais importantes, e suspiramos com tristeza por ele não ser mais ouvido ou não ser mais compreendido:

Esse combate entre a Igreja e os modernistas liberais é o mesmo combate do Vaticano II. Não é tão complicado. E os efeitos são de grande alcance. Quanto mais se analisam os documentos do Vaticano II, juntamente com a interpretação dada pelas autoridades da Igreja depois do Concílio, mais se percebe que o problema não é somente certos erros como o ecumenismo, a liberdade religiosa, a colegialidade ou uma forma de liberalismo; é toda uma perversão da mente. É uma nova filosofia, baseada na filosofia moderna do modernismo. O livro que o teólogo alemão Johannes Dörmann acaba de publicar, e que espero que em breve esteja em suas mãos, é muito instrutivo nesse sentido. Ele comenta o pensamento do Papa João Paulo II, em particular sobre um retiro que ele pregou no Vaticano enquanto ainda era apenas um Bispo. Dörmann mostra que o pensamento do Papa é completamente subjetivo. E, ao reler seus discursos, percebe-se que é isso mesmo. Apesar das aparências, não é um pensamento católico.

A compreensão do Papa sobre Deus, sobre Nosso Senhor, vem das profundezas da consciência do homem, e não de qualquer revelação objetiva à qual ele adere com sua mente. O homem constrói sua própria ideia de Deus. Recentemente, por exemplo, o Papa disse que a ideia da Trindade só poderia ter surgido mais recentemente, porque a psicologia interior do homem tinha de ser capaz de elevar-se à Santíssima Trindade. Portanto, a ideia da Trindade não veio de nenhuma revelação exterior, mas das profundezas da consciência do homem. Aqui há um conceito completamente diferente da Revelação, da Fé e da filosofia, e é uma perversão total. Como saímos disso? Não faço ideia, mas, de qualquer forma, essa é a realidade. E esses não são erros pequenos. Estamos deparando com uma linha de filosofia que remonta a Descartes e Kant, toda a linha de filósofos modernos que abriram o caminho para a Revolução[…].

O Arcebispo então cita o próprio Papa João Paulo dizendo que o movimento ecumênico é sua “principal preocupação pastoral”, como vimos posto em prática pela constante recepção de delegações de todos os tipos de seitas e religiões, e, no entanto, diz o Arcebispo, todo esse ecumenismo não fez a Igreja avançar nem um pouco, nem pode fazê-lo. Tudo o que tem feito é confirmar não católicos em seus erros sem tentar convertê-los. Finalmente, o Arcebispo cita o Secretário de Estado do Papa, o Cardeal Casaroli, em um discurso na época recente à Comissão dos Direitos do Homem das Nações Unidas, citando por sua vez o Papa, no sentido de que a liberdade religiosa é como uma pedra angular da construção dos direitos do homem. O homem, e todo homem, é a preocupação central da Santa Sé, como é sem dúvida também a vossa, conclui o Cardeal. E o Arcebispo conclui para os padres da Fraternidade à sua frente no retiro:

Tudo o que podemos fazer é subir a escada (ou seja, cortar todo contato). Não há nada que possamos fazer com essa gente, porque não temos nada em comum com ela.

Esta é a conclusão correta sempre que alguém depara com pessoas que partem de uma negação da realidade fora da mente ou da capacidade da mente de conhecer essa realidade objetiva extramental. São enfermos mentais, como os porcos aos quais não se devem atirar as pérolas, diz Nosso Senhor, "para que não suceda que eles as calquem com os seus pés e que, voltando-se contra vós, vos dilacerem" (Mt. VII, 6). Pois, nos últimos 20 anos, a Roma conciliar fez alguma outra coisa senão voltar-se para atacar a Fraternidade no afã desta de contatos para obter o reconhecimento oficial?

Kyrie eleison.