Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCLXXVI (676) - (27 de junho de 2020)
DECLARAÇÃO DE APOIO
Queira
Deus que muitos Bispos amigos de Viganò,
Peguem sua
espada e lutem pela Igreja.
Sua
Excelência, Arcebispo Viganò,
Há alguns
dias, um dos quatro Bispos que lutam dentro da Igreja para manter a defesa da
Fé, seguindo o exemplo do Arcebispo Lefebvre, escreveu-lhe uma carta de
congratulações e apoio à sua carta de 9 de junho, na qual o senhor imputou ao
Concílio Vaticano II (1962-1965) a atual crise da Igreja. Com esta nova carta,
todos os quatro Bispos desejam expressar publicamente as mesmas congratulações
e o mesmo apoio em suas difíceis circunstâncias atuais. Essencialmente,
repetimos o que Dom Tomás escreveu-lhe anteriormente, apenas de um modo um
pouco mais resumido.
É como um
dever de consciência diante de toda a Igreja que esta carta vem a dar-lhe apoio
público em sua recente denúncia da crise pela qual Igreja atravessa, e de suas
origens no Concílio Vaticano II. Santo Tomás de Aquino ensina que não há
obrigação de professar a Fé em todos os momentos, mas quando a Fé está em
perigo, há um dever grave de professá-la, mesmo se se põe a vida em risco.
Alguém
pode negar hoje a crise sem precedentes na Igreja, que atinge profundamente o
sacerdócio católico? No entanto, sacerdotes verdadeiramente católicos são
absolutamente necessários para o Santo Sacrifício da Missa e para a manutenção
da Santa Doutrina. Quando as autoridades legítimas da Igreja se recusam a agir
de acordo com a intenção da Igreja, nenhum Bispo pode meramente resistir na fé,
tal como um leigo pode fazer. Diante de Deus, de quem recebemos nosso
episcopado, declaramos, por nossa consagração com a plenitude das Ordens
Sagradas, que, na atual crise, não só é lícito, mas antes é nossa obrigação
usar esses poderes para o bem das almas.
Em sua
carta de 6 de junho, com uma admirável clareza e sinceridade, Vossa Excelência
reconhece como o clero e os fiéis católicos foram enganados quando o Concílio
introduziu novas direções originadas na conspiração anticristã. É doloroso
observar a lamentável cegueira de tantos colegas de episcopado e de sacerdócio
que não veem, ou não querem ver, a crise atual e a necessidade de resistir ao
modernismo que agora reina supremo, e à seita conciliar que está entrincheirada
nos níveis mais altos da Igreja. Essa resistência é totalmente lícita e de
acordo com a vontade da Igreja permanente. Um Bispo deve, com efeito, cumprir a
missão que lhe foi confiada: transmitir tudo o que pode e se deve transmitir pela
plenitude de suas Ordens para a conservação da Fé: “Tradidi quod et accepi”.
Por seu
antiliberalismo e antimodernismo, em junho de 1988, o Arcebispo Marcel Lefebvre
e o Bispo Antônio de Castro Mayer, para salvarem o tesouro da Tradição Católica
do modernismo, da Missa Nova e das reformas do Concílio, foram adiante com a sagração
de quatro Bispos na chamada “Operação de Sobrevivência”, garantindo assim que a
graça e a doutrina imutável continuassem sendo transmitidas. Como herdeiros deles,
desejamos expressar nossa sincera adesão à posição de Vossa Excelência, ditada
por sua fidelidade à Igreja de todos os tempos. Com isto, não desejamos fazer
outra coisa senão beber na mesma fonte, que é a Igreja Romana Santa, Católica e
Apostólica, fora da qual não há salvação.
E se
alguém perguntar-nos quando haverá um acordo com as autoridades em Roma, nossa
resposta é simples: quando Roma retornar a Nosso Senhor. No dia em que os
oficiais romanos reconhecerem novamente Nosso Senhor como o rei de todos os
povos e de todas as nações, não seremos nós mesmos os que estarão retornando à
Igreja Católica, mas aqueles que tentaram derrubá-la, pois nunca a deixamos.
Enquanto isso, julgamos que, opondo-nos e resistindo abertamente aos erros do
Concílio e àqueles que os promovem, prestamos o mais necessário serviço à
Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Que a
Santíssima Virgem, Nossa Senhora, que como Mãe em Fátima nos alertou da
gravidade da presente hora, conceda ao Papa e aos Bispos de todo o mundo as
graças necessárias para que se realize a Consagração da Rússia ao Seu Imaculado
Coração, e para que a devoção da Reparação dos Cinco Primeiros Sábados se difunda
por toda parte, de modo que se abandone o modernismo, e as almas retornem à Fé
Católica, inteira e inviolada, sem a qual é impossível agradar a Deus.
Que Deus
abençoe Vossa Excelência o Arcebispo Carlo Maria Viganò,
Dom
Jean-Michel Faure
Dom Tomás de
Aquino
Dom Richard
Williamson
Dom Gerardo
Zendejas.