segunda-feira, julho 29, 2019

Comentários Eleison: Contradição Endêmica e Desenfreada

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXXVIII (628)- (27 de julho de 2019)



Contradição Endêmica e Desenfreada


Aqueles que desprezam a não contradição incapazes de pensar estarão,
E à Verdade Católica e as almas necessariamente afundarão.

Voltemos ao Bispo Huonder, não por qualquer razão pessoal, mas pela confusão universal que ele exemplifica. No dia em que renunciou ao cargo de chefe da principal diocese suíça, a de Chur, para residir na escola tradicional de meninos da FSSPX de Wangs, na diocese de St. Gallen, a sua transferência pode ter parecido tão surpreendente, que no mesmo dia ele emitiu duas explicações, uma para a Tradição e outra para a Igreja oficial. Aqui estão as palavras fundamentais de cada explicação, que mesmo sendo retiradas da integralidade de seu contexto não distorcem nenhuma das explicações.

Aos seus antigos confrades e leigos na Diocese de Chur, ele escreveu sobre sua aposentadoria em Wangs: “De acordo com a mentalidade do Papa Francisco I, eu devo-me esforçar lá (em Wangs) para contribuir para a unidade da Igreja, não excluindo ninguém, mas sim discernindo, seguindo e integrando pessoas”. Para os católicos tradicionais, para junto dos quais ele estava prestes a retirar-se, ele assinou com o Superior Geral da FSSPX, o Pe. David Pagliarani, uma Declaração conjunta que contém estas palavras: “O único propósito do retiro do Bispo Huonder para uma casa da FSSPX é dedicar-se à oração e ao silêncio, celebrar exclusivamente a Missa tradicional, e trabalhar pela Tradição, como único meio para renovar a Igreja”.

Mas como pode o honorável Bispo não ver a contradição entre suas duas explicações? Desde que Francisco se tornou Papa em 2013, quem não viu o fluxo quase diário de palavras e ações pelas quais este Papa tem dito aos católicos para que deixem para trás a Igreja da Tradição? Quem não sentiu a repugnância profunda e instintiva, que ele compartilha com todos os clérigos conciliares que fizeram a revolução do Vaticano II, pela Igreja como era antes do Concílio? Como pode o Bispo Huonder não ver que entre a “mentalidade do Papa Francisco” e a “Tradição” há um imenso e intransponível abismo?

Se ele está imaginando que a “mentalidade do Papa Francisco” é diferente do que é, ou se ele está esperando que possa ser levada a ser diferente do que é, então, segundo todas as manifestações anteriores, o Papa certamente o corrigirá rápida e firmemente conforme o verdadeiro estado de sua “mentalidade”. Por outro lado, se o Bispo está imaginando ou esperando que a Tradição não seja o que é, aqui, infelizmente, devemos admitir que ele pode ter sido enganado pelo deslizamento de 20 anos do que a Fraternidade Sacerdotal São Pio X era sob Dom Lefebvre para o que a Neofraternidade se tornou sob seus sucessores. Sob o Arcebispo, ela foi a maior fortaleza da Igreja da doutrina católica, dos sacramentos e da moral de todos os tempos; mas uma vez que seu magnetismo pessoal morreu com ele em 1991, em poucos anos o magnetismo atraente da Roma oficial se reafirmou, e a Fraternidade começou com o GREC sua mudança para a Neofraternidade, para ajustar-se com a Neoigreja de Roma. Provavelmente o Bispo Huonder não vê nenhuma contradição porque quer ajudar contribuir para essa mudança.

Mas, e quanto ao cossignatário do Bispo na Declaração conjunta para os tradicionalistas, ou seja, o Superior Geral da Neofraternidade, o Pe. Pagliarani? Ele obviamente sabe o que o Papa Francisco está fazendo, e certamente ele sabia há 20 anos o que o Arcebispo entendia por Tradição. Então, quando também assinou a Declaração, sabia ele da intenção simultânea do Bispo de trabalhar em Wangs tanto “de acordo com a mentalidade do Papa” como “pela Tradição”? E se ele sabia da dupla intenção, também não viu nenhuma contradição? E se vê a contradição agora, o que ele tem feito com o Cavalo de Troia, por mais bem intencionado que seja, dentro das muralhas da Tradição? Talvez esteja dizendo para si mesmo: “Ah, não importa. O Arcebispo queria que cuidássemos dos sacerdotes da Neoigreja (sim, mas não fazendo deles Cavalos de Troia). O Bispo Huonder é um bom homem. Somos todos bons. Nós todos nos daremos bem. A contradição é mais um problema na teoria do que na prática, etc...”.

Se é assim realmente como pensa o Neogeral, então ele contraiu a doença conciliar, e a Fraternidade está verdadeiramente afundada. Se é este o caso, a “Sentimentofraternidade (Mushsociety)” está pronta para navegar feliz para todo o sempre nos mares de confusão e contradição da “Sentimentoigreja (Mushchurch)”. Mas ai das almas!

Kyrie eleison.

segunda-feira, julho 22, 2019

Comentários Eleison: A Clareza de um Cardeal

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXXVII (627)- (20 de julho de 2019)


A Clareza de um Cardeal


A Europa respondeu uma vez ao amor de Deus.
Agora deve sofrer pelos imigrantes, como flagelo d’Ele!


Pode-se notar na leitura de um livro (ou uma entrevista), publicado recentemente por um Cardeal romano, um bom senso incomum sobre as ondas de imigração que há décadas têm ameaçado inundar as outrora grandes nações ocidentais. Mas o Cardeal Sarah não é "racista" – ele vem da África negra. Oxalá os europeus apreciassem os dons de Deus para a Europa como ele o faz! Mas quem na Europa quer a Deus? "Aí está o obstáculo", como diz Hamlet.

Estou escandalizado por todos esses homens que morrem no mar, pelo tráfico de seres humanos, pela rede de máfias, pela escravidão organizada. Essas pessoas emigram sem documentos, sem perspectivas para o futuro, sem família. Pensam que vão encontrar o paraíso aqui na terra? Ele não está no Ocidente! Se se devem ajudar essas pessoas, é melhor fazê-lo nos lugares de onde elas vêm, em seus próprios povoados, no meio de suas próprias raças. Os desequilíbrios econômicos e os dramas humanos não podem ser justificados. Vocês não podem acolher imigrantes do mundo inteiro. Acolher significa não apenas deixar essas pessoas entrarem no próprio país, mas também dar-lhes trabalho. Vocês podem fazer isso? Não. Significa dar-lhes algum lugar para morar. Vocês podem fazer isso? Não. Estacioná-los em alojamentos inadequados, sem dignidade, sem trabalho, não é isso que eu chamaria acolher pessoas. Parece-se mais com algo organizado pela máfia! A Igreja não pode cooperar com o tráfico de pessoas, o que é mais uma nova forma de escravidão.

O que eu acho igualmente escandaloso é usar a Palavra de Deus para justificar tudo isso. Deus não quer que as pessoas emigrem. O menino Jesus se refugiou no Egito, por causa de Herodes, mas depois voltou para casa. Deus sempre trouxe seu povo de volta para Israel, fosse depois da fome em casa ou do cativeiro no exterior. Um país é um grande tesouro, é onde nascemos, onde estão enterrados nossos ancestrais. Quando se dá boas-vindas a alguém, é para dar-lhe uma vida melhor, não para agrupá-lo em campos de imigração. Quando se é alimentado sem fazer nenhum trabalho, não há dignidade ali.

E que cultura vocês têm para oferecer-lhes? Vocês são capazes de compartilhar sua cultura e suas raízes cristãs? Receio que o desequilíbrio demográfico provocado por essas ondas de imigração fará com que vocês percam sua identidade junto com o que faz de vocês serem quem vocês são. A Europa tem uma missão especial que Deus lhe deu. Foram vocês, europeus, que nos ensinaram o Evangelho e os valores da família, a dignidade pessoal e a liberdade. Se renunciam à sua identidade, se se deixam inundar por povos que não compartilham sua cultura, então seus valores cristãos e sua identidade correm o risco de desaparecerem; tal como aconteceu quando a Roma antiga foi invadida por bárbaros. Vocês precisam pensar: as imigrações de hoje não são uma nova forma de escravidão, organizadas para obter mão de obra barata? Todas essas pessoas vêm aqui em busca de um modo de vida dos sonhos. Que mentira! Que grande cinismo! O Papa Bento XVI foi especialmente claro e profético em todas essas questões. [...]

Vocês europeus foram moldados pelo cristianismo, tudo na Europa é cristão. Por que negar isto? Nenhum muçulmano nega sua identidade. Se não voltarem a ser quem são, vocês desaparecerão. E se a Europa desaparecer, haverá uma terrível convulsão: o Cristianismo se arriscaria a desaparecer da face da terra. Vejam como estão sendo invadidos pelo Islã: os muçulmanos querem dominar o mundo e têm os meios financeiros para fazê-lo. Eles não terão êxito, porque o Senhor está conosco até o fim do mundo. Mas vocês não devem negar quem são: esses imigrantes que vocês permitem entrar devem integrar-se à sua cultura, assumindo que vocês ainda têm uma cultura. Vocês não os integrarão ao seu materialismo ateu. Eles não querem ter nada que ver com ele.

Kyrie eleison.


domingo, julho 14, 2019

Comentários Eleison: Mais Solapamento

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXXVI (626)- (13 de julho de 2019)



Mais Solapamento


Católicos! Deixem os eletrônicos de lado!
Toda a realidade verdadeira eles têm afastado.


Estes "Comentários" já recomendaram mais de uma vez o site de Internet do comentarista americano de desenvolvimento político e econômico mundial, o Dr. Paul Craig Roberts, porque ainda que este careça da perspectiva completa que proporciona a única religião verdadeira, vê muita verdade mundana, e a relata em seu site: paulcraigroberts.org, a ponto de alguém poder-se perguntar quando ele será assassinado. Mas o assassinato é sempre complexo, e no de um mensageiro sempre se corre o risco de dar crédito à sua mensagem. Seja como for, os artigos do Dr. Roberts são amplamente lidos em todo o mundo, e um artigo recente reforça em um nível muito prático o começo da dissecação do Pe. Calderón do "novo homem" do Vaticano II (ver os "Comentários" de 22 de junho), pelo fato de o homem moderno ter sido separado da verdade objetiva pelo subjetivismo. Leia o artigo do Dr. Roberts, ligeiramente resumido a seguir, sobre o progresso atual típico dessa separação.

O Dr. Roberts começa citando um site em que se diz muita verdade, o Zero Hedge, que informa que a capacidade de falsificar a realidade está crescendo a passos largos. Os geeks insensatos desenvolveram agora tecnologia que torna a realidade falsa indistinguível da realidade real. “Eu não acho que estejamos bem preparados. E não acho que o público esteja ciente do que está por vir”, disse o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes dos Estados Unidos. Ele estava falando do rápido avanço da tecnologia de síntese. Essa nova capacidade de inteligência artificial permite que os programadores competentes criem áudio e vídeo de qualquer pessoa dizendo absolutamente qualquer coisa. As criações são chamadas "deepfakes", e por mais ultrajantes que sejam, elas são praticamente indistinguíveis daquilo a que correspondem na realidade. Acabávamos de adaptar-nos a um mundo onde a nossa realidade parecia falsa, quando as coisas que são falsas se converteram em nossa realidade.

"Superaram-nos em armas", disse um perito em forense digital da Universidade da Califórnia em Berkeley, "O número de pessoas que agora trabalham com vídeo-síntese supera o número de pessoas que trabalham na detecção de ‘deepfakes’ em 100 para 1"... Dois terços dos americanos já dizem que as imagens e os vídeos alterados se tornaram um problema importante para entender os fatos básicos dos acontecimentos atuais. Os investigadores advertem sobre a crescente "apatia da realidade", que significa que se requer tanto esforço para distinguir entre o que é real e o que é falso, que simplesmente nos damos por vencidos e dependemos de nossos instintos básicos, nossas tendências tribais e nossos impulsos. Imersos nos enganos de nossos líderes, passamos a não acreditar em mais nada.

Por exemplo, dois petroleiros explodiram em chamas, lançando fumaça. Naquele exato momento, um barco suspeito da Guarda Revolucionária Iraniana apareceu em um vídeo borrado. As imagens virais inundaram os nove bilhões de telas do planeta. Cada lado contou uma história diferente. Ninguém sabia em quem confiar. As teorias da conspiração preencheram o vazio, já que cada um de nós nos apegamos àquilo em que mais queremos acreditar. https://www. zerohedge.com/news/2019-06-16/hedge-fund-cio-i-dont-think-public-aware-whats-coming

O Dr Roberts continua: Por que os geeks da tecnologia se orgulham de desenvolver tecnologia que torna a verdade ainda mais difícil de se descobrir? O que há de errado com seu caráter que faz deles seres humanos que criam métodos para destruir a capacidade de conhecer a verdade? Em que isso se diferencia de liberar uma substância indetectável no ar que aniquila a vida? O único uso desta tecnologia é conceder ao estado policial o controle total. Agora é possível colocar palavras e ações nas bocas e ações de qualquer pessoa, e usar a evidência falsa para condená-la pelo crime simulado. Sem verdade, não há liberdade, não há pensamento independente, não há consciência. Há apenas a Matrix. Como os EUA perderam tanto o rumo, a ponto de as corporações, os investidores e os cientistas estarem motivados para desenvolverem tecnologia que destrói a verdade? Não são esses idiotas irracionais nossos verdadeiros inimigos? A coisa mais difícil do mundo atual é averiguar a verdade. E o artigo do Dr. Roberts termina com um pedido de apoio, o qual certamente merece.

Leitores, apeguem-se à verdade por suas preciosas vidas, porque ela está sendo solapada rapidamente, já que o mundo está colocando a liberdade na frente da verdade, e a fantasia na frente da realidade. As consequências serão humanamente desastrosas para todos nós.

Kyrie eleison.

domingo, julho 07, 2019

Comentários Eleison: "Prometeo" - IV: Idolatria

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXXV (625)- (6 de julho de 2019)


"PROMETEO" – IV: IDOLATRIA


Concílio Vaticano II – desastre total:
Veneno oculto para impedir que Deus seja o Mestre.

Parte I – a essência do Vaticano II é uma glorificação do homem disfarçada pelos oficiais da Igreja como catolicismo. Parte II – O Novo Homem do V. II é livre: da realidade, pelo subjetivismo; da moralidade, pela consciência; da graça, pela natureza. Parte III – A Neoigreja do V. II já não está contra o mundo, nem contra outras religiões; é a Neoigreja da simpatia e do diálogo com todos. Na Parte IV do seu livro, o Pe. Calderón pergunta se o Vaticano II equivale a uma nova religião, e diz que o faz, porque já não rende culto à Santíssima Trindade, porque 1 a Revelação e a Tradição, 2 os atos centrais de culto, e 3 o Deus Encarnado, foram todos modificados.

1 A verdadeira doutrina da Igreja está modificada porque um católico pode crer tanto no objeto mesmo, como, por exemplo, a Encarnação, como em uma proposição objetiva que expressa esse objeto, como, por exemplo, "Deus encarnou". A proposição expressa o mistério de forma inadequada, mas o expressa verdadeiramente, e é o suficiente para que o crente salve sua alma. Mas a Neoigreja é modernista, e para os modernistas nenhuma proposição objetiva pode ser conhecida. Por isso, na Neoigreja só pode haver experiência subjetiva do mistério (Dei Verbum n. 2; L.G. n.4), o que deixa a doutrina aberta às extravagâncias de todos os tipos de sujeitos carismáticos. Pois, na Neoigreja, o Mistério está presente na comunidade eclesial viva, com a qual a doutrina da Revelação e da Tradição pode e deve evoluir em suas circunstâncias históricas mutáveis. Assim, a Nova Fé é um estado de espírito que nos permite experimentar e interpretar o Mistério em alguma comunhão. As fórmulas ou credos simplesmente seguem. A Escritura é meramente a fixação fundamental dessa experiência, um modelo para o povo de Deus seguir. A Neo-Ortodoxia consiste em pensar com a comunidade da Neoigreja, de modo que aquele que rejeita essa Nova Comunidade é o pior dos hereges, como, por exemplo, Dom Lefebvre.

2 Quanto ao culto, a religião medieval da Cruz é deprimente! Então a Neoigreja conservará a alegria, mas eliminará o sacrifício. Assim, se foi o pecado dos homens o que levou à dívida deles para com Deus, o que levou Cristo a pagar a dívida por meio do sacrifício, desfaçamo-nos do pecado. Deus está acima e além do sofrimento, de modo que os pecados dos homens não o ferem; Ele pode lamentar por eles, mas nunca castigaria ninguém com o inferno eterno. Cristo morreu meramente como instrumento do Pai (G. & S. n. 22), para mostrar solidariedade com os homens; por isso não é Cristo, mas o Pai que nos salva, e não pela Cruz, mas pela Ressurreição que foi forjada pelo Pai para glorificar o homem! Então, a Missa foi renomeada, ou seja, o "Mistério Pascal" é para glorificar o homem, e Deus deveria agradecer ao homem por ser tão glorioso para Ele! Esta sequência de mentiras blasfemas, que orientam claramente a Missa Nova imposta à Igreja por Paulo VI em 1969, está mais implícita do que explícita no decreto do V. II sobre a liturgia, Sacrosanctum Concilium, porque remonta ao período inicial do Concílio, quando os modernistas ainda precisavam agir com cautela. Mas a partir de 1969, os freios foram desativados. A liturgia da igreja está agora mergulhada no caos.

3 Quanto ao Deus Encarnado, Jesus Cristo, no centro do cristianismo e da verdadeira Igreja Católica, Ele é tratado diretamente nos documentos do V. II, Gaudium et Spes e Ad Gentes. O Pe. Calderón declara que a doutrina de ambos é a mesma: a Cruz é horrível, por isso é melhor ser um simples homem de paz do que um filho adotivo de Deus pelo sofrimento. O homem é à imagem de Deus (por sua liberdade), e então, quanto mais homem ele se faz, mais divino ele se torna. Portanto, Jesus Cristo se fez homem não para que homem se torne filho adotivo de Deus, mas para que o homem se torne mais plenamente homem! Ademais, em nenhuma parte do V. II se afirma que Jesus Cristo é verdadeira e propriamente Deus, nem menciona sequer uma só vez a União Hipostática. Os teólogos conciliares flutuam, em sua linguagem, entre a Tradição e a Neoigreja, de acordo com sua audiência.

4 A conclusão do Pe Calderón é que a dignidade do homem é o objetivo final do V. II, e os propósitos finais, com efeito, fazem as religiões, de modo que o V. II é uma religião diferente do catolicismo, cujo objetivo final é a glória (extrínseca) de Deus. Assim, com o V. II, a graça é para libertar natureza humana, Jesus é o homem que veio para tornar-nos mais humanos, e a Missa não é mais o sacrifício que ele deve a Deus, mas a ação de graças da humanidade coroando o Criador, porque é mais livre do que Ele, porque é capaz também de escolher o mal!

Kyrie eleison.