quarta-feira, dezembro 18, 2019

Comentários Eleison: O Levante da Juventude

Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXLVIII (648) - (14 de dezembro de 2019)



O LEVANTE DA JUVENTUDE


O melhor da ação começa com a fé e a Missa,
Em seguida, toneladas de rosários, e, então, movam-se!

Sempre que se introduzem ideias complicadas e controversas ao público em geral, há alguma técnica clássica dos propagandistas para focar a atenção das pessoas em alguma imagem chamativa que permanecerá em suas mentes para que levem com ela a nova mensagem. Aqui estava certamente o papel desempenhado pelas estátuas de Pachamama que foram destacadas do início ao fim do recente Sínodo dos Bispos celebrado em Roma, supostamente para assessorar o Papa sobre o futuro da Igreja Católica. O próprio Papa disse que eram estátuas da Mãe Terra, ou seja, ídolos pagãos. Elas, com certeza, chamaram a atenção dos católicos. Um jovem austríaco e seu amigo lançaram cinco delas no rio Tibre. A entrevista que ele deu depois a John-Henry Westen, do Life Site News, foi bastante edificante, e "em meio à escuridão circundante" ela merece ser reproduzida aqui, ainda que abreviada e adaptada, como de costume. Alexander Tschugguel, 26 anos, casou-se neste verão, e vive no centro de Viena.

O que o motivou a lançar os ídolos fora? Você pensa nas possíveis consequências para você mesmo?

Eu e minha esposa nos interessamos pelo Sínodo. Visitamos a igreja onde estavam expostas as peças amazônicas. Eu imediatamente vi as estátuas de Pachamama como ídolos que quebravam o Primeiro Mandamento. Meu motivo para agir era simples: tirá-las da igreja católica, tirar o paganismo do santuário católico. Quanto às consequências, nunca pensei que impacto isso teria. Pensei: a consequência realmente grave é: não chegar ao céu. Em comparação com isso, esta ação não foi nada demais para mim.

Você se importaria de nos contar sobre sua vida na fé católica?

Só me tornei católico quando me converti do luteranismo aos 15 anos de idade. Quanto mais eu pesquisava sobre a fé católica, mais bonita ela se tornava. Não posso mais imaginar-me não sendo católico.

Como você se preparou espiritualmente para lançar fora os ídolos?

Com muita oração. Muitos rosários todos os dias e Missa diária quando era possível. Oramos inclusive ao entrarmos na igreja para retirar os ídolos, e mesmo enquanto os jogávamos fora. A preparação espiritual foi tudo. Sem a oração, a ação teria sido impossível.

Você temia as autoridades, ao infringir a lei, possíveis enfrentamentos relacionados aos ídolos?

Não estávamos procurando briga, mas apenas tirar os ídolos da igreja. Entramos na igreja no momento em que ela abria, justamente para evitar confrontos. Não estávamos roubando para uso pessoal, nem buscando publicidade. Se houvesse algum processo, confiávamos na calma e na oração para lidar com ele, se e quando acontecesse.

Como você reagiu mais tarde quando o Papa, como Bispo de Roma, pediu desculpas por seu tratamento dado aos ídolos?

Em primeiro lugar, ele os chamou "Pachamama", então eles realmente eram ídolos. Em segundo lugar, agimos não contra o povo da Amazônia, mas antes por ele, para que tivesse a verdadeira religião católica. “Santo Padre, por favor, entenda. Nós simplesmente não queremos ídolos na Igreja. Queremos que a Igreja siga Jesus Cristo e a Tradição da Igreja”.

Muitas pessoas diriam que você simplesmente odeia o Papa Francisco.

Eu nunca odiaria o Papa. Eu não quero odiar ninguém. Ele precisa da nossa oração e da nossa humilde ajuda todos os dias para que seja mais fácil para ele entender-nos. Se o Sínodo é para ajudá-lo, por que os leigos não podem ajudá-lo?

Sua ação despertou coragem em toda a Igreja. Até os altos clérigos chamaram seu ato "heroico".

Fico lisonjeado, mas o que fizemos nunca foi por nós. Somente pretendíamos fazer o que era certo aos olhos de Deus. O Primeiro Mandamento proíbe inclinar-se diante de qualquer imagem esculpida. Essa reverência é exatamente o que aconteceu nos jardins do Vaticano.

Você acompanhou o Sínodo. E quanto a ele, e quanto ao seu resultado?

Anunciou-se que ele se ocuparia de questões fechadas, como sacerdotes casados ​​e ordenação de mulheres, o que me deixou desconfiado. Então todo o lado político do Sínodo entrou em foco – foi uma grande mistura de ideias erradas na fé e na política. Mas o Sínodo não era somente para aconselhar? Agora eles estão dizendo que deve ser aplicado, por exemplo, na Alemanha. As pessoas devem dar-se conta: por trás do Sínodo estava toda a agenda globalista.

Você passou para a ação! Como aconselha outros jovens como você a entrarem em ação?

Visitem a igreja tradicional mais próxima. Rezem toneladas de Rosários. Leiam sobre a filosofia e a história da Igreja. Falem com a família, os paroquianos, os amigos. Conversem! Unam-se aos pró-vida, aos pró-família, ajudem seu sacerdote, e assim por diante...

Kyrie eleison.

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