segunda-feira, maio 28, 2018

Comentários Eleison: Aborto totalitário

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DLXVII (567) (26 de maio de 2018)



ABORTO TOTALITÁRIO 



Pode o Brexit proteger dos estrangeiros os litorais da Inglaterra,
Quando o próprio país mata os seus sem nenhuma trégua?

Ao comparar a vida natural com a vida sobrenatural, alguns podem pensar que à luta contra o aborto é dada importância demasiada. Em igualdade de condições, não se gastaria melhor o tempo e o esforço investidos nessa luta defendendo-se de alguma forma a vida da Graça em vez de limitar-se a preservar uma vida natural ainda por nascer? Mas na sociedade atual dificilmente essas condições são iguais.
É possível que seja dada importância em demasia à luta contra o aborto, já que é somente a vida natural que está sendo defendida, e não a vida sobrenatural. Em condições normais, o mesmo tempo e o mesmo esforço seriam mais bem gastos defendendo por qualquer meio a vida da graça do que defendendo a vida não nascida da natureza, mas na sociedade atual as condições não são normais. Acima de tudo, resta tão pouca fé em nosso mundo sem Deus, que falar do sobrenatural com a maioria das pessoas dos dias de hoje é como falar-lhes em grego: “Deus, céu, inferno, eternidade – do que raios você está falando?”. Mas se ainda lhes resta um pingo de decência, elas ainda podem conceber que é um crime transformar o santuário da vida, o ventre de uma mãe, em uma prisão de morte. Portanto, que Deus abençoe os católicos que fazem o que podem para impedir o aborto.

Mas atualmente eles estão enfrentando o Estado totalitário da Inglaterra. Um ativista antiaborto de muitos anos escreve que uma nova técnica de “aconselhamento nas ruas”, que se envolve mais diretamente com as mulheres que vêm a abortar, provocou uma reação draconiana do sistema, sem dúvida porque foi eficaz, pelo menos em curto prazo. Na primeira PSPO (Public Space Protection Order [Ordem de Proteção do Espaço Público]) do país, o Conselho local votou a favor de confinar os antiabortistas em uma área de gramado a cem metros do local onde se realizam os abortos, onde eles não devem ser mais do que quatro, e sem que lhes seja permitido: exibir cartazes maiores que o tamanho A3; mencionar aborto, bebê, mãe, feto, alma, matar, inferno ou assassinato; exibir qualquer imagem; emitir falas ou músicas amplificadas, gritar mensagens relacionadas ao aborto; e até mesmo rezar em voz alta. Essas restrições entraram em vigor em 23 de abril, e poderiam ser aplicadas mais amplamente por este Conselho local e também por outros. As multas por desafiar as restrições podem chegar a mil libras esterlinas.

O que pode-se dizer? A Inglaterra está cometendo suicídio. O Conselho local decidiu impor as restrições em 23 de abril possivelmente porque é o Dia de São Jorge, quando a Inglaterra celebra seu santo padroeiro, como se proteger o aborto fosse um ato de patriotismo ou de amor ao país! Mas o que é mais antinatural para uma mulher do que destruir o fruto de seu próprio ventre, ou mais antissocial para um homem do que encorajá-la a fazê-lo? Quão longe deve uma mulher ter chegado no caminho da autodestruição para consentir no assassinato literal de sua maternidade, o principal propósito de sua existência depois da salvação de sua própria alma. “Contudo, a mulher será salva pela geração dos filhos, se permanecer na fé, na caridade e na santidade, unidas à modéstia”, diz a Escritura (1 Tim. 2, 15), que é a Palavra não de um suposto misógino, mas de Deus.

Fiel ao seu gênio, Shakespeare se apoderou da essência da autodestruição da mulher em algumas linhas que ele coloca na boca de Lady Macbeth (Ato 1, Cena 5) enquanto ela se esforça para convencer o marido a assassinar Duncan, seu rei, primo e amigo, enquanto este estivesse como convidado sob o teto de Macbeth. Em palavras aterrorizantes, ela pede aos demônios que lhe tirem toda a ternura e compaixão feminina:

“...Vinde a mim, espíritos

Que inclinais sobre pensamentos mortais! Tirai-me aqui o sexo

E preenchei-me dos pés ao topo da cabeça,

Da mais terrível crueldade, tornai meu sangue espesso,

Bloqueai todo acesso e passagem para o remorso

Para que nenhuma investida compungida da natureza

Abale meu propósito decaído, nem mantenha paz entre

A vontade e o gesto! Vinde a meus seios maternais

E fazei de meu leite fel, seus executores de crimes...

Ela prossegue oprimindo os escrúpulos de Macbeth, e ele mata Duncan, a primeira de muitas outras vítimas.

Leitores, por favor, orem pela Inglaterra, que foi uma vez o Dote de Maria, e ainda é o objeto de seu cuidado materno.

Kyrie eleison.

segunda-feira, maio 21, 2018

Comentários Eleison: Sonhos Piedosos - II

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DLXVI (566) (19 de maio de 2018)


Sonhos Piedosos  – II


A política não pode resolver os infortúnios da Igreja.
Somente a Fé pode derrubar seus adversários mundanos.

Se há algo certo sobre a Tradição Católica e o Concílio Vaticano II é que eles são irreconciliáveis. É tentador pensar que possam ser reconciliados, certamente porque a letra dos dezesseis documentos do Concílio inclui certo número de verdades católicas. Mas o espírito do Concílio se dirige a uma nova religião centrada no homem, e, como o espírito inspirou a letra dos documentos, mesmo as verdades católicas que contém estão dominadas pelo “aggiornamento” conciliar, e tornaram-se parte deste. De fato, as verdades católicas (e a hierarquia) foram usadas pelos modernistas como transmissoras de seu veneno liberal, como um cavalo de Troia para suas heresias. Portanto, mesmo as verdades católicas estão envenenadas nos documentos conciliares. Assim, em 1990 Dom Lefebvre viu e disse que o Vaticano II estava 100% infectado pelo subjetivismo, enquanto em 2001 Dom Fellay disse que os documentos do Vaticano II são 95% aceitáveis.

É verdadeiramente tentador fazer de conta que a Tradição Católica e o Vaticano II são reconciliáveis. Por este caminho não preciso mais ficar dividido entre seguir ao mesmo tempo a Autoridade Católica e a Verdade Católica, porque desde o Concílio, como disse o Arcebispo, os católicos foram forçados ou a obedecer aos Papas conciliares e distanciarem-se da Tradição Católica, ou a separar-se da Tradição e “desobedecer” a estes Papas. Daí a tentação de fingir de um jeito ou de outro que a Tradição e o Concílio são reconciliáveis. Mas o fato de que eles são irreconciliáveis é a realidade mais importante que governa hoje a vida da Igreja, e continuará sendo assim até que a Autoridade da Igreja volte à Verdade Católica de sempre.

Neste meio tempo, entretanto, o atual Superior Geral da Fraternidade do Arcebispo, Dom Fellay, está convicto de que a Tradição Católica e os romanos conciliares podem se reconciliar entre si, e desde que aprovou o GREC em 1990, esforçou-se por reuni-los. Seu problema é que não entende como o modernismo mantém as aparências católicas para que eles atuem como um cavalo de Troia para enganar almas católicas, enquanto não há um verdadeiro cavalo católico debaixo do que aparenta ser um. Mas Dom Fellay acredita que o cavalo falso tem todos os ingredientes de um cavalo verdadeiro, de modo que, com o terno e amoroso cuidado da Fraternidade, se tornará mais uma vez um cavalo católico. Muitos tradicionalistas permitiram-se crer nesta política equivocada e seguir sua liderança em direção aos romanos conciliares, mas os romanos, de sua parte, não foram enganados. Eles jogaram com sua política fazendo aparentes concessões à Fraternidade e à Tradição (por exemplo, autorizações para confessar, ordenar e realizar matrimônio) e simulando repetidamente que ele está à beira de obter reconhecimento canônico para a Fraternidade, de modo que “só falta o selo para o acordo’. Mas, diferentemente dele, os romanos têm claro em suas mentes que a Tradição Católica é irreconciliável com o Concílio deles, e é por isso que todas as vezes em que a levaram até à beira, insistiram para que a Fraternidade se submeta ao seu Concílio.

Entretanto, a cada “concessão” que Dom Fellay aceitou para a Fraternidade, os romanos têm-no feito entrar ainda mais em sua armadilha, e ficou difícil para ele voltar atrás. A cada “concessão”, o acordo com Roma se tornou mais e mais uma realidade prática, com ou sem o “selo final”. Ao segurá-lo, por culpa própria de Dom Fellay, os romanos podem jogar com ele como um pescador joga com o peixe – pois como ele pode agora desfazer as “concessões” dadas e admitir que seus vinte anos de política foram um erro? – Mais ainda, que sua política foi um erro desde o princípio? Ao carecer da fé do Arcebispo, ele não entendeu corretamente o problema da Igreja e o “problema” da Fraternidade, e confiou na política humana para tentar resolver ambos. Mas, é claro, os romanos com dois mil anos de experiência foram os políticos mais hábeis – “Sua Excelência, basta de jogos. Por vinte anos fizemos todas as concessões, o senhor não fez nenhuma (grande mentira, já que aceitar as “concessões” conciliares é por si só fazer uma concessão a Roma). Antes de julho, ou o senhor aceita o Concílio, ou nós o excomungamos e mostramo-lo ao mundo como um fracasso. Escolha!”

Esta é sem dúvida uma versão nua e crua de como os astutos romanos podem pressionar o Superior Geral, mas ele é que nunca deveria ter mendigado à Autoridade sem Verdade. No caso da Igreja Católica, uma Autoridade sem Verdade é, com efeito, uma Autoridade ineficaz.
Kyrie eleison.

* Traduzido por Leticia Fantin.

domingo, maio 13, 2018

Comentários Eleison: Sonhos Piedosos - I

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DLXV (565) (12 de maio de 2018)




Sonhos Piedosos – I


Pobre Menzingen perdida em seus sonhos piedosos.
A gentileza neomodernista não é o que parece.


Em junho do ano passado um confrade na França escreveu um bom artigo sobre se a Fraternidade Sacerdotal São Pio X deveria ou não obter das autoridades da Igreja em Roma um status canônico que protegeria os interesses da própria Fraternidade. Obviamente, o quartel general desta em Menzingen, na Suíça, acredita que obterá tal status, e se o atual Superior Geral for reeleito para um terceiro mandato em julho, esse é o objetivo que a Fraternidade continuará a perseguir. No entanto, é bastante menos óbvio que esse objetivo deva ser perseguido. Um argumento de oito páginas inteiras de Ocampo nº 127 de junho de 2017 está resumido abaixo em uma única página.

A posição do artigo é a de que a Fraternidade não pode de modo nenhum colocar-se sob as poderosas autoridades da Igreja imbuídas dos princípios da Revolução Francesa tal como incorporados no Vaticano II, porque são os Superiores que moldam os assuntos, e não o contrário. Dom Lefebvre fundou a Fraternidade para resistir à traição da fé católica pelo Vaticano II. Ao submeter-se aos conciliaristas, a Fraternidade estaria unindo-se aos traidores da Fé.

As autoridades da Igreja são os bispos diocesanos e o Papa. Quanto aos bispos, aqueles francamente hostis à Fraternidade podem ser menos perigosos do que aqueles que podem ser amigáveis, mas não entendem as exigências absolutas da Tradição Católica, que não são apenas exigências da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Quanto ao Papa, se suas palavras e ações o mostram trabalhando contra a Tradição Católica, a qual é seu dever defender, então os católicos têm o direito e o dever de protegerem-se a si mesmos tanto contra o modo pelo qual ele está abusando de sua autoridade, como contra a própria necessidade inata deles de seguir e obedecer à autoridade católica. Ora, em teoria, um Papa conciliar pode prometer uma proteção especial para a Tradição da Fraternidade, mas na prática ele deve, por suas próprias convicções, esforçar-se para que a Fraternidade reconheça o Concílio e abandone a Tradição. Dada então sua grande autoridade como Papa para impor sua vontade, a Fraternidade deve manter-se fora de seu caminho.

A experiência mostra que os tradicionalistas que se incorporam à Roma conciliar podem começar simplesmente guardando silêncio sobre os erros conciliares, mas geralmente acabam por aceitar esses erros. O acordo inicial para ficarem silenciosos é, no final das contas, fatal para sua profissão de fé. E pelo declínio natural de um compromisso a outro, eles podem até acabar perdendo a Fé. Foi a Fé que fez o Arcebispo Lefebvre dizer que, a menos que os romanos conciliares voltem à doutrina das grandes encíclicas papais antiliberais – o que eles não fizeram desde o seu tempo e não estão prestes a fazer no momento –, um diálogo maior entre os romanos e os tradicionalistas é inútil, e – ele poderia ter acrescentado – positivamente perigoso para a Fé.

O artigo também lista oito objeções a essa posição, apresentadas aqui em itálico com as mais breves das respostas:

1 Com a Prelazia Pessoal, Roma oferece à Fraternidade uma proteção especial. Proteção dos bispos diocesanos, talvez, mas não da autoridade suprema do Papa na Igreja.  2 As exigências de Roma para o acordo vêm diminuindo. Somente porque as concessões à cooperação prática são mais eficazes para obter a submissão dos católicos, como bem sabem os comunistas. 3 A Fraternidade insiste em ser aceita por Roma “tal como somos”, isto é, Tradicional. Para os Romanos, isso significa “como vocês serão, uma vez que a cooperação prática tenha feito vocês verem como somos bons”. 4 Assim, a Fraternidade continuará a atacar os erros do Concílio. Nada há de mudar. Roma pode em seu tempo insistir em mudanças cada vez maiores. 5 Mas o Papa Francisco gosta da Fraternidade!  Tanto quanto o grande Lobo Mau gostava de Chapeuzinho Vermelho! 6 A Fraternidade é virtuosa demais para deixar-se enganar por Roma. Tola ilusão! O próprio Arcebispo foi inicialmente enganado pelo Protocolo de 5 de maio de 1988. 7 Várias comunidades tradicionais incorporaram-se à Roma sem perder a verdadeira Missa. Mas várias delas passaram a defender erros importantes do Concílio. 8 O Papa Francisco como pessoa está no erro, mas sua função é sagrada. Reconhecer a sacralidade de sua função não pode-me obrigar a seguir seus erros pessoais, isto é, o mau uso de sua função. A verdadeira Fé está acima do Papa.

   
Kyrie eleison.

       *Traduzido por Cristoph Klug.

segunda-feira, maio 07, 2018

Comentários Eleison: Igreja Sangrando

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DLXIV (564) (5 de maio de 2018)



IGREJA SANGRANDO


Enquanto Cristo estava morto, somente cria Nossa Senhora.
Que pela nossa fé fortalecida possa Ela ser consolada agora.

Um confrade que resistiu à mudança da Fraternidade Sacerdotal São Pio X de Dom Lefebvre para a Neofraternidade de Menzingen, assim como à mudança da Igreja Católica da Tradição para a Neoigreja do Vaticano II, escreveu algumas considerações interessantes, traduzidas aqui abaixo. Elas eram privadas, mas são preciosas demais para não serem compartilhadas mais amplamente. Um confrade dele escreveu para ele expressando a esperança para a Páscoa de que “a Igreja (e a FSSPX) pudesse ressuscitar logo dos mortos”. Ele respondeu:

Um homem de sessenta anos a quem considero sábio disse-me no Sábado Santo: “A Igreja deve ser crucificada como o foi seu divino Mestre na Sexta-feira Santa... agora estamos vivendo a Sexta-Feira Santa... O Sábado Santo ainda está por vir, e ainda vai demorar um tempo”.

A isso eu gostaria de acrescentar algumas reflexões.

A Igreja não está de modo nenhum prestes a ressuscitar; ao contrário, vai sangrar até a morte de uma maneira muito dolorosa, até que pareça não estar mais lá. Se a FSSPX (sobretudo seus sacerdotes) fará parte deste glorioso sangramento até a morte, só o Céu sabe. Em todo caso, é a morte por sangramento que está plantando a semente para a ressurreição.

Se a FSSPX se recusa a pertencer à Igreja que sangra, querendo continuar a abrir caminho pouco a pouco na comunidade multirreligiosa presidida pelo Papa (?) Francisco – e Menzingen e o Padre Schmidberger estão trabalhando há anos para transformar a Fraternidade em outra semelhante à Fraternidade São Pedro –, então a Fraternidade ainda sangrará até a morte, porque de um jeito ou de outro a perseguição provavelmente está vindo para todo mundo, especialmente para as pessoas que usam batina. No entanto, a Fraternidade não sofrerá então como os gloriosos Apóstolos do final dos tempos, mas, infelizmente, como uma punição por seu conforto material, tibieza e infidelidade ao Arcebispo que a fundou...

(Se existe acima um ponto de interrogação contra o "Papa Francisco", é porque, por razões objetivas, há pelo menos alguma incerteza, alguma dúvida, a respeito de se ele é Papa. É exatamente por isso que em 1988 o Céu separou do modo mais gentil a Fraternidade de uma Roma que se tornou um tanto cismática... Na verdade, não temos comunhão na Fé com as autoridades presentes no Vaticano, estamos realmente fora de sua comunhão, ou excomungados – o que é a nossa boa sorte e nossa honra –, assim como na tarde da primeira Sexta-Feira Santa a Igreja severamente reduzida em número também só podia ser encontrada fora de Jerusalém, no Calvário...)

Em verdade, nada lança tanta luz sobre o estado atual da Igreja como a narrativa evangélica da Paixão de Cristo, e, inversamente, pode-se dizer que nada lança tanta luz sobre a narrativa do Evangelho como a atual desolação da Igreja. E assim como os próprios apóstolos mesmo depois de serem repetidamente avisados por Nosso Senhor da proximidade de sua Paixão (Mt 16, 21; 17, 21; 20, 17-19) ainda não podiam acreditar que esta era real quando veio sobre eles, assim também muitos bons católicos mal podem acreditar que é a Igreja de Cristo que tem tais problemas atormentadores e tais Papas inadequados.

Mas o propósito de Deus ao criar o universo foi o de compartilhar Sua felicidade divina povoando Seu Céu com criaturas racionais, angélicas ou humanas, que livremente escolheriam unir-se a Ele em Seu Céu. A palavra-chave aqui é "livremente". Com a faculdade da razão, Deus dá a todo ser humano capaz de usá-la também o livre arbítrio, e então Ele equilibra as circunstâncias para fazer com que a escolha de cada um de nós seja realmente entre o Céu e o Inferno. Por isso Ele permite o máximo de liberdade possível para os seres humanos matarem o próprio Filho ou derrubarem a Igreja de Seu Filho, mas nunca tanta liberdade a ponto de destruir completamente o Seu Filho ou a Sua Igreja. Portanto, Ele permite tribulações inimagináveis para a Sua Igreja, tal como só o tempo dirá plenamente entre o agora e o fim do mundo, mas a sabedoria de Deus alcança muito além de nossas pequenas imaginações (Is 55, 8-9).

 Kyrie eleison.