quarta-feira, dezembro 25, 2019

Comentários Eleison: Dois Bispos

0 comentários
Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número  DCXLIX (649) - (21 de dezembro de 2019)



DOIS BISPOS




Homens com alguma decência acreditam no compromisso.
Na Consagração da Rússia está a solução.


Desde o verão e outono de 2012, quando ficou claro que dois dos três Bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X não assumiam mais a mesma posição no que se refere às relações dela com Roma que haviam assumido em sua carta de 7 de abril daquele ano dirigida ao QG da Fraternidade, que seguidores dela, sacerdotes e leigos, têm-se perguntado o porquê dessa mudança. Poucas pessoas, então, ou desde então, tomaram essa mudança de posição dos Bispos como uma questão de pessoas ou personalidades. Como a carta alertava severamente contra o abandono da clara recusa do Arcebispo Lefebvre de contatos com a Roma não convertida, a maioria das pessoas aceitou a mudança dos dois Bispos pelo que era, ou seja, um assentimento ao novo princípio do então Superior Geral de “contato antes da conversão”. No entanto, se a Roma conciliar não havia mudado, senão para pior, entre 1988 e 2012, por que os dois Bispos mudaram?

A questão mantém toda a sua importância até os dias de hoje. O que deve ganhar a Fraternidade para a Fé – e não a Fé para a Fraternidade! – por meio de contatos amistosos ​​da mesma Fraternidade com os romanos conciliares que ainda estão empenhados em seu ecumenismo do Vaticano II, que chega a incluir a veneração do Papa pelos ídolos Pachamama nos próprios jardins do Vaticano? Uma coisa parece certa: nos últimos 20 anos, a Fraternidade tem apostado tudo em relação ao seu futuro nessa amizade, e desistir dela agora significaria admitir que esses 20 anos teriam sido um grande erro. Portanto, a Fraternidade, com grande necessidade de novos Bispos para seu apostolado tradicional em todo o mundo, não pode escolher Bispos tradicionais e, assim, consagrar os de sua própria escolha, porque esses certamente desagradariam os conciliares romanos. Portanto, em 2012 os dois Bispos colocaram uma cruz pesada nas costas, que fica ainda mais pesada a cada ano que passa: eles ajudaram a levar a Fraternidade para um beco sem saída, e em 2019 ela não pode ter, nem pode não ter, seus próprios Bispos.

Recentemente se disponibilizaram informações que lançam alguma luz sobre a decisão dos dois Bispos de abandonarem a linha do Arcebispo de “conversão antes de contatos”. Quanto ao Bispo de Galarreta, soubemos que tão logo a carta de 7 de abril apareceu na Internet, ele se apressou em ir ao QG da FSSPX para pedir desculpas ao Superior Geral por seu aparecimento, ao qual ele renunciou absolutamente. Mas como ele poderia renunciar ao seu aparecimento sem também dissociar ele mesmo do conteúdo? Parece que a publicação o fez temer a implosão iminente da Fraternidade mais do que o conteúdo o fez temer o beco sem saída da Fraternidade, seu abandono essencial daquela defesa da fé do Arcebispo. A sobrevivência da Fraternidade era mais importante do que a da fé?

O Bispo Tissier de Mallerais demorou mais para retirar sua assinatura, por assim dizer, da carta de 7 de abril, mas no início de 2013 essa retratação também estava clara. A um amigo, ele deu a seguinte orientação episcopal: a conversão de Roma hoje não pode acontecer de uma só vez. O reconhecimento oficial nos permitirá trabalhar com muito mais eficácia dentro da Igreja. Precisamos de paciência e tato para fazermos as coisas no nosso tempo e não chatearmos os romanos que ainda não gostam de nossas críticas ao Concílio, mas estamos caminhando gradualmente – não foi isso que os santos fizeram? Devemos continuar denunciando escândalos e acusando o Concílio, mas precisamos ser inteligentes para entendermos o modo de pensar de nossos adversários, que depois de tudo incluem a Sé de Pedro. A política do Bispo Fellay não fracassou realmente: nada foi assinado em 13 de junho de 2012, e nada de catastrófico, nada de extraordinário aconteceu nos últimos 17 meses. Alguns sacerdotes nos deixaram, o que considero deplorável, por falta de prudência e juízo, mas tudo foi culpa deles. Em resumo, trate de confiar mais nos outros e menos em você mesmo. Confie na Fraternidade e em seus líderes. Tudo fica bem quando termina bem. Esse deve ser o espírito de suas próximas decisões e escritos.

Aqui terminam as razões do Bispo para recomendar a seu amigo que siga o Bispo Fellay. Mas o Bispo de Galarreta ou o Bispo Tissier de Mallerais ou o Bispo Fellay entenderam bem as razões pelas quais o Arcebispo rompeu o contato com os romanos conciliares? Os três não subestimam gravemente a crise sem precedentes causada pela traição contínua dos clérigos da Igreja à verdade e à fé? Como o compromisso doutrinário ou a politicagem meramente humana com Roma podem resolver essa crise pré-apocalíptica?

Kyrie eleison.

quarta-feira, dezembro 18, 2019

Comentários Eleison: O Levante da Juventude

0 comentários
Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXLVIII (648) - (14 de dezembro de 2019)



O LEVANTE DA JUVENTUDE


O melhor da ação começa com a fé e a Missa,
Em seguida, toneladas de rosários, e, então, movam-se!

Sempre que se introduzem ideias complicadas e controversas ao público em geral, há alguma técnica clássica dos propagandistas para focar a atenção das pessoas em alguma imagem chamativa que permanecerá em suas mentes para que levem com ela a nova mensagem. Aqui estava certamente o papel desempenhado pelas estátuas de Pachamama que foram destacadas do início ao fim do recente Sínodo dos Bispos celebrado em Roma, supostamente para assessorar o Papa sobre o futuro da Igreja Católica. O próprio Papa disse que eram estátuas da Mãe Terra, ou seja, ídolos pagãos. Elas, com certeza, chamaram a atenção dos católicos. Um jovem austríaco e seu amigo lançaram cinco delas no rio Tibre. A entrevista que ele deu depois a John-Henry Westen, do Life Site News, foi bastante edificante, e "em meio à escuridão circundante" ela merece ser reproduzida aqui, ainda que abreviada e adaptada, como de costume. Alexander Tschugguel, 26 anos, casou-se neste verão, e vive no centro de Viena.

O que o motivou a lançar os ídolos fora? Você pensa nas possíveis consequências para você mesmo?

Eu e minha esposa nos interessamos pelo Sínodo. Visitamos a igreja onde estavam expostas as peças amazônicas. Eu imediatamente vi as estátuas de Pachamama como ídolos que quebravam o Primeiro Mandamento. Meu motivo para agir era simples: tirá-las da igreja católica, tirar o paganismo do santuário católico. Quanto às consequências, nunca pensei que impacto isso teria. Pensei: a consequência realmente grave é: não chegar ao céu. Em comparação com isso, esta ação não foi nada demais para mim.

Você se importaria de nos contar sobre sua vida na fé católica?

Só me tornei católico quando me converti do luteranismo aos 15 anos de idade. Quanto mais eu pesquisava sobre a fé católica, mais bonita ela se tornava. Não posso mais imaginar-me não sendo católico.

Como você se preparou espiritualmente para lançar fora os ídolos?

Com muita oração. Muitos rosários todos os dias e Missa diária quando era possível. Oramos inclusive ao entrarmos na igreja para retirar os ídolos, e mesmo enquanto os jogávamos fora. A preparação espiritual foi tudo. Sem a oração, a ação teria sido impossível.

Você temia as autoridades, ao infringir a lei, possíveis enfrentamentos relacionados aos ídolos?

Não estávamos procurando briga, mas apenas tirar os ídolos da igreja. Entramos na igreja no momento em que ela abria, justamente para evitar confrontos. Não estávamos roubando para uso pessoal, nem buscando publicidade. Se houvesse algum processo, confiávamos na calma e na oração para lidar com ele, se e quando acontecesse.

Como você reagiu mais tarde quando o Papa, como Bispo de Roma, pediu desculpas por seu tratamento dado aos ídolos?

Em primeiro lugar, ele os chamou "Pachamama", então eles realmente eram ídolos. Em segundo lugar, agimos não contra o povo da Amazônia, mas antes por ele, para que tivesse a verdadeira religião católica. “Santo Padre, por favor, entenda. Nós simplesmente não queremos ídolos na Igreja. Queremos que a Igreja siga Jesus Cristo e a Tradição da Igreja”.

Muitas pessoas diriam que você simplesmente odeia o Papa Francisco.

Eu nunca odiaria o Papa. Eu não quero odiar ninguém. Ele precisa da nossa oração e da nossa humilde ajuda todos os dias para que seja mais fácil para ele entender-nos. Se o Sínodo é para ajudá-lo, por que os leigos não podem ajudá-lo?

Sua ação despertou coragem em toda a Igreja. Até os altos clérigos chamaram seu ato "heroico".

Fico lisonjeado, mas o que fizemos nunca foi por nós. Somente pretendíamos fazer o que era certo aos olhos de Deus. O Primeiro Mandamento proíbe inclinar-se diante de qualquer imagem esculpida. Essa reverência é exatamente o que aconteceu nos jardins do Vaticano.

Você acompanhou o Sínodo. E quanto a ele, e quanto ao seu resultado?

Anunciou-se que ele se ocuparia de questões fechadas, como sacerdotes casados ​​e ordenação de mulheres, o que me deixou desconfiado. Então todo o lado político do Sínodo entrou em foco – foi uma grande mistura de ideias erradas na fé e na política. Mas o Sínodo não era somente para aconselhar? Agora eles estão dizendo que deve ser aplicado, por exemplo, na Alemanha. As pessoas devem dar-se conta: por trás do Sínodo estava toda a agenda globalista.

Você passou para a ação! Como aconselha outros jovens como você a entrarem em ação?

Visitem a igreja tradicional mais próxima. Rezem toneladas de Rosários. Leiam sobre a filosofia e a história da Igreja. Falem com a família, os paroquianos, os amigos. Conversem! Unam-se aos pró-vida, aos pró-família, ajudem seu sacerdote, e assim por diante...

Kyrie eleison.

segunda-feira, dezembro 09, 2019

Comentários Eleison: Sugestões de Livros

0 comentários
Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXLVII (647) - (7 de dezembro de 2019)


SUGESTÕES DE LIVROS 


Um tanque do exército precisa de combustível e munição,
Uma mente católica precisa de graça e erudição.

O dia 25 de dezembro está chegando, e pode ser que haja muitos leitores na corrida para conseguir presentes. Este último ano viu muitos bons materiais de leitura em inglês aparecerem em forma de livro, ou pela primeira vez ou como volumes de reimpressões, que podem ajudar os católicos que desejam resistir à desordem de suas mentes a salvarem suas almas. Abaixo estão listados os quatro livros separados, ou séries de livros, e abaixo também estão os vários endereços postais ou eletrônicos onde eles podem ser comprados (nenhum deles está disponível nos endereços pessoais de Dom Williamson). Em primeiro lugar, os livros, em ordem alfabética:

“AS WE ARE [TAL COMO SOMOS?]”, de Sean Johnson, que há anos acompanha de perto o desenvolvimento da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. O movimento chamado “Resistência” acusa a Fraternidade de desviar-se da política de conversão da Roma conciliar antes do contato com ela, que a Fraternidade herdou do Arcebismo Lefebvre (1905-1991), enquanto a Fraternidade nega qualquer divergência significativa com a política de seu Arcebispo. Em seu livro “As We Are? [Tal Como Somos?]”, Johnson fornece abundantes provas, incluindo muitos links eletrônicos, de que a Fraternidade há muito tempo vem seguindo um caminho diferente daquele do Arcebispo, porque seus sucessores nunca viram tão claramente como ele todo o dano causado pelo Concílio e pelos conciliares romanos. É uma leitura necessária para qualquer católico que queira discernir seriamente se a Fraternidade divergiu ou não.

“ELEISON COMMENTS [COMENTÁRIOS ELEISON]”, do Bispo Williamson, em três volumes, números 1–200, 201–400 e 401–600. Aqui está o conjunto completo de seus "Comentários" semanais de sábado, desde o seu início na Internet, escritos na Argentina em 2007, até o seu segundo número de janeiro deste ano, escrito em Broadstairs, Inglaterra. Eles cobrem uma variedade de assuntos – filosofia, história, política, arte, música, teologia –, mas talvez sejam mais úteis por vincular todos esses assuntos na perspectiva da Fé católica. Eles não são infalíveis, mas argumentam, e qualquer um que siga os argumentos provavelmente não sofrerá de uma mente confusa.

“RECTOR’S LETTERS [CARTAS DO REITOR]”, também do Bispo Williamson, em quatro volumes; são as cartas que ele escrevia todos os meses como Reitor do Seminário da Fraternidade nos EUA entre 1983 e 2003, quando ainda era membro da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Elas são as precursoras dos "Comentários Eleison", mas cada uma delas são duas vezes mais extensas, sendo mensais em vez de semanais. Elas documentam a história de muitos dos melhores anos da Fraternidade, e analisam constantemente a loucura de nossos tempos à luz consistente de Deus e de Sua única e verdadeira Igreja. Nessas “Cartas” e nesses “Comentários”, uma certa quantidade de almas, pela graça de Deus, encontrou seu caminho para Ele, apesar de toda a confusão de nossa obscura época. Graças a Deus.

"VOICE OF THE TRUMPET [VOZ DO TROMPETE]", por último, mas não menos importante, escrita pelo Dr. David White, professor aposentado de inglês da Academia Naval dos EUA em Annapolis, Maryland, é uma biografia em volume único de seu amigo de longa data, o Bispo Williamson, que vai de 1940 até a poucos anos atrás. Somente a primeira das quatro partes do livro é estritamente biográfica. As outras três partes contam a história da batalha em curso do Bispo contra a Igreja e o mundo moderno, em um estilo bastante original, mas popular, exclusivo do bom doutor, que é especialmente capaz, por sua forte fé e por seu profundo conhecimento da música e da literatura mundiais, de falar sobre as relações entre a Igreja de Nosso Senhor e o mundo moderno. Mais uma obra altamente recomendada para qualquer católico que deseje pensar.

E, em segundo lugar, quatro fontes de disponibilidade desses livros, em ordem alfabética:

Amazon.com para "As we are?", "Letters" e "Trumpet".

Catholic Action Resource Center para "As we are?", "Eleison Comments" e "Trumpet".

ChantCD para "As we are?".

Stmarcelinitiative.com para "Letters" e "Trumpet".

Kyrie eleison.

terça-feira, dezembro 03, 2019

Comentários Eleison: Ambos...E...

0 comentários
Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXLVI (646) - (30 de novembro de 2019)



AMBOS...E...


Para lutar numa guerra, devo-me guarnecer,
Com boas armas, e o meu inimigo conhecer.

Se se podem dividir os números destes “Comentários”, de um modo geral, entre os que tratam do problema moderno e os que tratam da solução católica, constata-se, infelizmente, que muitos leitores tenham estado interessados ​​no problema, mas não na solução; ou na solução, mas não no problema. Isto é de lamentar-se, porque se eu conhecer o problema sem a solução, posso ficar seriamente tentado a desesperar-me, especialmente nos tempos atuais, quando Deus está dando aos seus inimigos uma permissão sem precedentes para quase destruírem a Sua Igreja. Por outro lado, se o conhecimento da solução me leva a não identificar ou a subestimar o problema, então é provável que o problema me pegue de surpresa ao contornar minhas defesas inadequadas.

São Paulo foi um caso clássico de alguém que conhecia ambos, e que captou muito bem a solução do Novo Testamento, Jesus Cristo (Rom. VII, 24–25), simplesmente porque ele mesmo havia sido um fariseu fervoroso em conformidade com o desvio dos homens pecadores da época em relação ao Antigo Testamento (1 Cor. XV, 8-10). Assim, foi somente porque São Paulo experimentou diretamente a impotência do Antigo Testamento para perdoar o pecado que ele compreendeu tão profundamente a salvação que Cristo havia trazido aos homens pelo Novo Testamento. Outro grande convertido que se beneficiou dos muitos anos de erro para tornar-se um dos maiores servidores da verdade católica da Igreja foi Santo Agostinho. Eis o porquê de os franceses dizerem: "Um convertido vale mais do que dois Apóstolos".

E aqui está o motivo pelo qual os católicos de hoje não devem desprezar o conhecimento sobre os inimigos de Deus ou sobre como eles estão lutando contra Ele, por mais vil que seja essa luta. E os não católicos serão prudentes em não desprezar a Igreja Católica, porque, por mais oprimida que pareça estar, ainda tem as únicas soluções verdadeiras para qualquer um dos problemas reais do mundo, ou seja, propriamente humanos. Todos esses problemas são o fruto envenenado do pecado que se levanta contra Deus nas almas dos homens, onde somente Deus, e não os psiquiatras, pode penetrar com Seu perdão, que Ele escolhe conceder somente por meio de Seu divino Filho, e da Igreja comprada com Seu Sangue.

Assim, sugerimos aos leitores não católicos destes “Comentários” que se interessem não somente por suas análises das artes modernas ou da política, mas também por seus argumentos que podem parecer meras disputas entre católicos, como em relação ao que está errado com o Vaticano II, ou ao fato de a Fraternidade Sacerdotal São Pio X estar seguindo cada vez mais o Vaticano II. Isso ocorre porque a Igreja Católica pode muito bem ser a única solução verdadeira dos verdadeiros problemas de todos os leitores, mas essa solução é vulnerável à constante falsificação cometida por homens pecadores, e se ela for falsificada, não será mais a solução, mas parte do problema. Ora, o Vaticano II foi o clímax lógico de muitos séculos de homens que desejavam colocar o homem no lugar de Deus, e a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, ainda que tenha sido projetada e fundada em 1970 para resistir aos erros do Vaticano II, particularmente desde 2012 caiu sob o mesmo encanto venenoso desses erros. Portanto, os não católicos que buscam soluções reais para os problemas modernos que conhecem muito bem devem seguir os argumentos sobre o Vaticano II e a Fraternidade.

Da mesma forma, aos leitores católicos destes "Comentários" sugere-se que sigam não apenas seus argumentos relativos ao Vaticano II e ao perigoso deslizamento da Fraternidade até a conformidade com o mundo moderno, mas também suas análises aprofundadas do que há de errado com este mundo. Pois, em verdade, se os líderes da Fraternidade estão deslizando dessa maneira, não é porque subestimaram o problema deste mundo? Por estarem travando uma guerra sem conhecer o inimigo, eles não estão caminhando diretamente para a derrota? Enquanto o Arcebispo Lefebvre disse uma vez que todo o Vaticano II está cheio de subjetivismo, o Bispo Fellay não disse uma vez que 95% dos textos do mesmo Vaticano II são aceitáveis? E enquanto o Arcebispo costumava dizer, de várias maneiras, que alguém precisa de uma colher longa para cear com os romanos conciliadores de hoje, não está o sucessor do Bispo Fellay seguindo o exemplo deste último de comportar-se como se ele achasse que poderia ser mais esperto que os demônios romanos? A verdadeira força do Arcebispo nunca foi sua astúcia, mas sempre foi sua fé e sua fidelidade à verdade católica. E o mesmo se aplica à Fraternidade que ele fundou. Então, que os leitores católicos destes "Comentários" não pensem que não precisam considerar as análises dos Comentários sobre a corrupção moderna, por mais desagradável que lhes possam parecer. Enterrar a cabeça na areia pode-lhes custar caro.

Kyrie eleison.