domingo, junho 28, 2020

Comentários Eleison: Declaração de Apoio

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Comentários Eleison  –  por Dom Williamson
Número DCLXXVI (676) - (27 de junho de 2020)


DECLARAÇÃO DE APOIO


Queira Deus que muitos Bispos amigos de Viganò,
Peguem sua espada e lutem pela Igreja.

Sua Excelência, Arcebispo Viganò,

Há alguns dias, um dos quatro Bispos que lutam dentro da Igreja para manter a defesa da Fé, seguindo o exemplo do Arcebispo Lefebvre, escreveu-lhe uma carta de congratulações e apoio à sua carta de 9 de junho, na qual o senhor imputou ao Concílio Vaticano II (1962-1965) a atual crise da Igreja. Com esta nova carta, todos os quatro Bispos desejam expressar publicamente as mesmas congratulações e o mesmo apoio em suas difíceis circunstâncias atuais. Essencialmente, repetimos o que Dom Tomás escreveu-lhe anteriormente, apenas de um modo um pouco mais resumido.

É como um dever de consciência diante de toda a Igreja que esta carta vem a dar-lhe apoio público em sua recente denúncia da crise pela qual Igreja atravessa, e de suas origens no Concílio Vaticano II. Santo Tomás de Aquino ensina que não há obrigação de professar a Fé em todos os momentos, mas quando a Fé está em perigo, há um dever grave de professá-la, mesmo se se põe a vida em risco.

Alguém pode negar hoje a crise sem precedentes na Igreja, que atinge profundamente o sacerdócio católico? No entanto, sacerdotes verdadeiramente católicos são absolutamente necessários para o Santo Sacrifício da Missa e para a manutenção da Santa Doutrina. Quando as autoridades legítimas da Igreja se recusam a agir de acordo com a intenção da Igreja, nenhum Bispo pode meramente resistir na fé, tal como um leigo pode fazer. Diante de Deus, de quem recebemos nosso episcopado, declaramos, por nossa consagração com a plenitude das Ordens Sagradas, que, na atual crise, não só é lícito, mas antes é nossa obrigação usar esses poderes para o bem das almas.

Em sua carta de 6 de junho, com uma admirável clareza e sinceridade, Vossa Excelência reconhece como o clero e os fiéis católicos foram enganados quando o Concílio introduziu novas direções originadas na conspiração anticristã. É doloroso observar a lamentável cegueira de tantos colegas de episcopado e de sacerdócio que não veem, ou não querem ver, a crise atual e a necessidade de resistir ao modernismo que agora reina supremo, e à seita conciliar que está entrincheirada nos níveis mais altos da Igreja. Essa resistência é totalmente lícita e de acordo com a vontade da Igreja permanente. Um Bispo deve, com efeito, cumprir a missão que lhe foi confiada: transmitir tudo o que pode e se deve transmitir pela plenitude de suas Ordens para a conservação da Fé: “Tradidi quod et accepi”.

Por seu antiliberalismo e antimodernismo, em junho de 1988, o Arcebispo Marcel Lefebvre e o Bispo Antônio de Castro Mayer, para salvarem o tesouro da Tradição Católica do modernismo, da Missa Nova e das reformas do Concílio, foram adiante com a sagração de quatro Bispos na chamada “Operação de Sobrevivência”, garantindo assim que a graça e a doutrina imutável continuassem sendo transmitidas. Como herdeiros deles, desejamos expressar nossa sincera adesão à posição de Vossa Excelência, ditada por sua fidelidade à Igreja de todos os tempos. Com isto, não desejamos fazer outra coisa senão beber na mesma fonte, que é a Igreja Romana Santa, Católica e Apostólica, fora da qual não há salvação.

E se alguém perguntar-nos quando haverá um acordo com as autoridades em Roma, nossa resposta é simples: quando Roma retornar a Nosso Senhor. No dia em que os oficiais romanos reconhecerem novamente Nosso Senhor como o rei de todos os povos e de todas as nações, não seremos nós mesmos os que estarão retornando à Igreja Católica, mas aqueles que tentaram derrubá-la, pois nunca a deixamos. Enquanto isso, julgamos que, opondo-nos e resistindo abertamente aos erros do Concílio e àqueles que os promovem, prestamos o mais necessário serviço à Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Que a Santíssima Virgem, Nossa Senhora, que como Mãe em Fátima nos alertou da gravidade da presente hora, conceda ao Papa e aos Bispos de todo o mundo as graças necessárias para que se realize a Consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, e para que a devoção da Reparação dos Cinco Primeiros Sábados se difunda por toda parte, de modo que se abandone o modernismo, e as almas retornem à Fé Católica, inteira e inviolada, sem a qual é impossível agradar a Deus.

Que Deus abençoe Vossa Excelência o Arcebispo Carlo Maria Viganò,


Dom Jean-Michel Faure
Dom Tomás de Aquino
Dom Richard Williamson
Dom Gerardo Zendejas.

terça-feira, junho 23, 2020

Comentários Eleison: Reorientação Admirável

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Comentários Eleison  –  por Dom Williamson
Número DCLXXV (675) - (20 de junho de 2020)



 REORIENTAÇÃO ADMIRÁVEL


Vejam! Um raio de luz no horizonte!
Um alto dignatário da Igreja dizendo a verdade!

Eis um resumo da carta aberta de 9 de junho escrita pelo Arcebispo Viganò sobre o Concílio Vaticano II.

Bravo, Dom Schneider, por seu recente ensaio sobre o Concílio e sua falsa liberdade religiosa. As pessoas falam do "Espírito do Concílio". Mas quando se falou do “Espírito de Trento” ou de qualquer outro Concílio Católico? Isto nunca aconteceu, porque todos os outros Concílios simplesmente seguiram o espírito da Igreja. No entanto, o bom Bispo deve tomar cuidado com os "erros" exagerados que precisaram de "correção" nos ensinamentos passados ​​da Igreja, porque, seja lá quais tenham sido, não foram nada parecidos com aqueles que cometeu o Concílio Vaticano II, o qual foi comparável (até mesmo em conteúdo) ao Concílio de Pistoia (1786), mais tarde condenado pela Igreja.

No Vaticano II, muitos de nós fomos enganados. De boa fé, fizemos muitas concessões para as supostas boas intenções daqueles que promoviam um ecumenismo que mais tarde veio a transformar-se em um ensinamento falso sobre a Igreja. Muitos católicos atualmente não acreditam mais que não haja salvação fora da Igreja Católica, e é nos textos do Vaticano II que se encontram as ambiguidades que abriram o caminho para esse enfraquecimento da fé. Começou com reuniões inter-religiosas, mas deve terminar em alguma religião universal da qual o verdadeiro Deus será banido. Tudo isso foi planejado há muito tempo. Numerosos erros da atualidade têm suas raízes no Vaticano II, em cujos textos é fácil rastrear hoje as múltiplas traições às crenças e práticas verdadeiramente católicas. O Vaticano II é agora usado para justificar todas as aberrações, enquanto seus textos são difíceis de interpretar, e contradizem a Tradição da Igreja anterior de uma maneira que nenhum outro Concílio da Igreja jamais fez.

Confesso serenamente agora que naquela época eu era incondicionalmente obediente às autoridades da Igreja. Penso que muitos de nós não poderíamos então imaginar que a Hierarquia pudesse ser infiel à Igreja, como vemos especialmente no presente Pontificado. Com a eleição do Papa Francisco, finalmente a máscara dos conspiradores caiu. Finalmente se libertaram do filotridentino Bento XVI, tornaram-se livres para criar a Nova Igreja, para substituir a velha Igreja por um substituto maçônico, tanto para a forma como para a substância do catolicismo.

Democratização, sinodalidade, sacerdotisas, pan-ecumenismo, diálogo, desmitificação do papado, o politicamente correto, a teoria de gênero, a sodomia, o casamento homossexual, a contracepção, a imigração, o ecologismo – se não podemos reconhecer as raízes de todos esses desvios no Vaticano II, não haverá cura para eles.

Esse reconhecimento exige uma grande humildade, antes de tudo, para reconhecer que, durante décadas, fomos levados ao erro, de boa fé, por pessoas que, constituídas de autoridade, não sabiam vigiar e guardar o rebanho de Cristo. Os pastores que, de má-fé, ou mesmo com intenção maliciosa, traíram a Igreja, devem ser identificados e excomungados. Tivemos muitos mercenários, mais preocupados em agradar os inimigos de Cristo do que em ser fiéis à Sua Igreja.

Assim como honesta e serenamente obedeci a ordens questionáveis há ​​sessenta anos, acreditando que representavam a voz amável da Igreja, também hoje, com igual serenidade e honestidade, reconheço que fui enganado. Agora não posso perseverar em meu erro. Nem posso afirmar que o vi claramente desde o princípio. Todos sabíamos que o Concílio era mais ou menos uma revolução, mas nenhum de nós imaginava o quão devastador seria. Poderíamos dizer que Bento XVI o refreou, mas o Pontificado de Francisco provou, sem sombra de dúvida, que entre os pastores no topo da Igreja há pura apostasia, enquanto as ovelhas abaixo são abandonadas e virtualmente desprezadas.

A Declaração de Abu Dhabi ("Deus está satisfeito com todas as religiões") foi imperdoável para um católico. A verdadeira caridade não se compromete com o erro. E se um dia Francisco recusar-se a continuar fazendo o jogo, ele será removido, assim como Bento XVI foi removido e substituído. Mas a verdade permanece e prevalecerá: "Fora da Igreja Católica não há salvação."

Kyrie eleison.




terça-feira, junho 16, 2020

Comentários Eleison: Malícia do Modernismo - V

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Comentários Eleison  –  por Dom Williamson
Número DCLXXIV (674) - (13 de junho de 2020)


MALÍCIA DO MODERNISMO - V





Má doutrina não implica necessariamente má vontade.
Boa vontade não implica necessariamente boa doutrina.

Há pelo menos mais uma consideração importante por apresentar antes de deixarmos o modernismo em paz (pelo menos por enquanto), e é uma profecia do Pe. Frederick Faber (1814-1863) a respeito de nossos próprios tempos, que certamente já apareceu mais de uma vez nestes "Comentários". Ele disse palavras segundo as quais o fim do mundo se caracterizará por homens que farão o mal pensando que estão fazendo o bem.

Parece lógico. Mesmo no fim do mundo, os homens ainda terão sua natureza dada por Deus, que, como tal, é boa, subjacente aos seus pecados originais e pessoais, por mais pesados que sejam nos últimos tempos – II Tim. III, 1-5. Por essa natureza subjacente, que subjaz até ao pecado original inato, os homens têm uma inclinação natural subjacente ao bem. No entanto, a multidão de homens sob o anticristo e seus antecessores seguirá os passos do mal que será causado ou que estará sendo preparado. Como esse bem e esse mal poderão coexistir dentro deles?

A vontade humana não pode querer nada que a mente humana não lhe tenha apresentado primeiro. Diante de cada desejo humano, deve haver um pensamento humano. O desejo de um não objeto só pode ser um não desejo. Portanto, a vontade depende de a mente ter previamente captado seu próprio objeto, e como a mente deve primeiramente captar seu próprio objeto, sempre há a intervenção prévia da mente entre o ato da vontade e o seu objeto. Mas agora vem Kant, que diz que a mente não pode captar seu próprio objeto real, mas somente o que ela mesma fabrica. Isso significa que a vontade e seu objeto real não estão mais adequadamente conectados. Isso significa que uma boa vontade pode fazer com que as coisas sejam na realidade más, e que uma má vontade pode fazer com que algo seja na realidade bom, mas, dado o pecado original dos homens, este último caso será menos frequente. E assim, quando Kant desconecta a mente da realidade objetiva, faz com que seja muito mais fácil para a vontade querer algo mau quando parece ser bom. Assim, em todo um mundo atual de mentes  desconectadas da realidade objetiva, é muito mais fácil para os homens continuarem sendo de boa vontade, mesmo quando desejam o que na realidade não é bom, porque a mente foi radicalmente lesada.

Eis o que o Pe. Faber está profetizando. Ele está dizendo que, no fim do mundo, o problema não estará tanto nos corações maus ou na má vontade, como nos bons corações com mentes lesadas; em outras palavras, nos bons corações com maus princípios. O que isso significa na prática? Significa que atualmente haverá um grande número de católicos que podem ter a Fé, e que têm boas intenções, mas cujas mentes funcionam mal porque seguem, conscientemente, mas com maior frequência inconscientemente, os ensinamentos de Kant, de modo que sua boa vontade está consequentemente debilitada. Então eles já não podem ver como a Neoigreja está sendo uma gangrena sobre a verdadeira Igreja Católica, ou como a Fraternidade Sacerdotal São Pio X do Arcebispo está sendo gangrenada por seus sucessores. Mas, em muitos casos, a cegueira de tais almas não é necessariamente por malícia ou por falta de boa vontade.

Segue-se que, ao lidar com essas almas nas quais o subjetivo foi separado do objetivo por um mundo inteiro lesado por Kant, não se deve esquecer que um católico pode facilmente cometer um dos dois erros opostos, mas conectados. Ou ele pode dizer que essas almas são tão inocentes de coração que não podem ser equivocadas na mente, e então a Neoigreja não pode estar tão equivocada, e então deve voltar a unir-se a ela, à Pachamama e a todos – assim se comportam hoje os líderes da Neofraternidade e todos os que os seguem –; ou pode dizer que os erros na mente da Neoigreja e da Neofraternidade que desejam voltar a unir-se são tão graves que não podem ser a verdadeira Igreja ou a verdadeira Fraternidade, e ambas devem ser absolutamente evitadas – assim argumentam e se comportam aqueles conhecidos como sedevacantistas e aqueles que recusam o rótulo de sedevacantistas, mas assumem posições sedevacantistas.

Pelo contrário, se eu reconheço como Kant separou o sujeito do objeto, não direi que essas almas são de boa vontade e, portanto, sua doutrina é boa; nem que sua doutrina é tão falsa que elas devam ser de má vontade. Em vez disso, direi que subjetivamente elas podem ser de boa vontade, mas, em todo caso, são objetivamente de tão má doutrina que, para a minha salvação eterna, não posso segui-las ou fazer-lhes companhia. E com o Santo Rosário, implorarei a Nossa Senhora que mantenha meu coração e minha mente em equilíbrio na verdade.

Kyrie eleison.




terça-feira, junho 09, 2020

Comentários Eleison: Malícia do Modernismo - IV

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Comentários Eleison  –  por Dom Williamson
Número DCLXXIII (673) - (6 de junho de 2020)


MALÍCIA DO MODERNISMO - IV


A perfídia do Concílio não tem precedente,
Pois Kant foi torcendo o homem e distanciando-o da verdade.

Estes "Comentários" mencionaram na edição de 21 de março a necessidade de ressaltar-se "a incrível perversidade, o incrível orgulho e a incrível perfídia" de Kant. Essa pode parecer uma linguagem forte vinda de um católico em referência a um filósofo famoso e mundano... mas ele não é meramente mundano. Quem realmente conhece a revolução na Igreja do Vaticano II (1962–1965) não reconheceria a perversidade, o orgulho e a perfídia como suas marcas distintivas? Linguagem forte de novo? Vejamos, em primeiro lugar, como cada uma dessas três marcas se aplica ao princípio de que a mente é incapaz de conhecer seu próprio objeto, a realidade extramental, para a qual foi projetada por Deus (mas o kantismo foi projetado por Kant como uma fortaleza precisamente para excluir Deus, disse o grande teólogo Pe. Garrigou-Lagrange [1877–1964]); e, em segundo lugar, como as três marcas se aplicam ao conciliarismo dos anos de 1960.

PERVERSIDADE do kantismo. Quando, em sua Summa Theologiae (2a2ae, 154, art. 12), Santo Tomás de Aquino quer provar a malícia suprema da homossexualidade entre os pecados de impureza, ele o faz comparando-a com a negação dos princípios do pensamento inato na natureza da mente. Mas Kant nega não somente um ou dois princípios naturais da mente, ele nega a aplicação de todos os princípios inatos da mente à realidade externa. O kantismo é extremamente perverso; e não se corrobora essa conclusão pelo quão difundido está o pecado contra a natureza entre os estudantes de nossas “universidades” kantianas?

E do conciliarismo. Entre documentos do Concílio, o parágrafo 8 da seção 8 da Dei Verbum fornece uma definição ambígua da Tradição viva, em nome da qual João Paulo II condenou a Tradição Católica imutável, em nome da qual o Arcebispo Lefebvre acabava de consagrar quatro Bispos em junho de 1988. Em outras palavras, para os conciliaristas, a Verdade Católica muda tanto ao longo dos tempos que a versão do Arcebispo da Tradição, objetiva e imutável, já não é aceitável. Essa dissolução da Verdade Católica é totalmente perversa.

ORGULHO do kantismo. Se a “coisa em si mesma” criada por Deus é desconhecida para mim, sendo o outro lado o das aparências, onde minha mente não pode alcançar, e se, como também sustenta o kantismo, recomponho a coisa a partir das aparências dos sentidos de acordo com as leis anteriores da minha própria mente, então eu me torno o criador das coisas, elas são fabricadas por mim, e eu tomo o lugar de Deus. Pois, com efeito, Deus muito raramente se faz perceptível aos sentidos humanos – mesmo Encarnado e tocado por São Tomé, o Apóstolo ainda precisava de um ato de fé para crer em Sua divindade (Jo. XX, 28) –, então Deus está por trás das aparências dos sentidos, porque, para Kant, Ele é inacessível para minha mente. Ele depende da minha vontade de acreditar n’Ele, e, portanto: Não o que eu sei, mas o que eu quero é o que é real. Agora eu quero Deus. Então, Deus é real. Se essa é a base da existência de Deus, poderia ser mais frágil? E se Deus depende de mim para que Ele exista, o orgulho poderia ser mais insano?

E do conciliarismo. Como o padre Calderón deixa bem claro em seu estudo do Vaticano II, Prometeo, a chave para o homem moderno, a quem o Concílio tem como propósito adaptar a religião de Deus, é a liberdade. O homem moderno não aceitará nenhuma verdade objetiva que aprisione sua mente, nenhuma lei objetiva que ordene sua vontade, nenhuma graça que cure sua natureza para qualquer outro propósito que não seja a liberdade da própria natureza. Em suma, o homem moderno não terá nada nem ninguém superior a ele. Ele é a criatura suprema, por sua liberdade. Além disso, ele é mais livre do que Deus, porque ele é livre para escolher o mal, que não é Deus. Novamente, o orgulho poderia ser mais insano?

PERFÍDIA do kantismo. Negar, assim como o kantismo, que a mente pode conhecer algo para além das aparências dos sentidos, não é negar que as coisas são o que são, é simplesmente ter a pretensão completamente absurda de que elas dependem da minha mente para serem o que são. Assim, para viver, e até para sobreviver, minha grande mente está obrigada a fabricar refeições sobre a aparência da mesa da cozinha; caso contrário, ficarei com muita fome. Da mesma forma, fabricarei todas as coisas necessárias para a existência diária. Para que eu possa comportar-me na vida cotidiana como um normal não kantiano, e enganar as pessoas, fazendo-as pensar que absolutamente não sou um louco. Só se eu lhes disser que minha mente fabricou o café da manhã elas perceberão que estão lidando com um louco. Assim, posso ocultar minha traição interna radical à realidade externa. Isso é potencialmente pérfido.

E do conciliarismo. o Vaticano II não é apenas potencialmente, mas realmente pérfido, porque, novamente como o Pe. Calderón deixa bastante claro, sua própria essência era criar um novo humanismo centrado no homem, capaz de passar-se ainda por um catolicismo centrado em Deus. O disfarce objetivo e o engano foram escritos na ata constitutiva do Concílio desde o princípio.

Kyrie eleison.




terça-feira, junho 02, 2020

Comentários Eleison: Apelo Admirável

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Comentários Eleison  –  por Dom Williamson
Número DCLXXII (672)  – (30 de maio de 2020)

Apelo Admirável



Finalmente! Alguns clérigos não estão sendo "legais".
Para combater o diabo, eles têm de pagar esse preço!

Desde que governos de todo o mundo passaram a tomar medidas drásticas contra a vida de seus cidadãos há mais de dois meses por causa de relatos desonestos do perigo do "coronavírus" que se espalhou a partir da China, especialistas honestos vêm contradizendo esses relatos. Incluídas nessa repressão estavam medidas severas tomadas contra os católicos que assistiam à missa ou a qualquer liturgia da Semana Santa. E na época os líderes e leigos da Igreja ofereceram pouca resistência. Porém, no início deste mês, alguns clérigos publicaram um "Apelo pela Igreja e pelo Mundo", no qual, finalmente, as forças sinistras por trás da chamada "pandemia" foram denunciadas abertamente, mesmo que não fossem claramente nomeadas. Já era tempo de os católicos receberem orientação de clérigos de alto escalão que estavam sendo levados como ovelhas ao matadouro por lobos do Anticristo disfarçados de amigos da humanidade. Aqui está um resumo do apelo de 1375 palavras.

Na crise de hoje, os líderes da Igreja que assinaram abaixo consideram que temos o dever de fazer esse apelo a todos os católicos e almas de boa vontade. Os direitos das pessoas foram violados pelas medidas governamentais mundiais adotadas com a desculpa do coronavírus para restringir suas liberdades quando os fatos mostram que o pânico da mídia causado pelo vírus foi de proporções exageradas. Acreditamos que existem poderes interessados ​​em criar pânico entre a população mundial com o único objetivo de impor permanentemente formas inaceitáveis ​​de restrição às liberdades, de controlar as pessoas e de rastrear seus movimentos, e que esse é um prelúdio perturbador para a realização de um governo mundial fora de todo controle. Tais medidas destruíram muitas economias e incentivaram a interferência estrangeira, enquanto os governos devem proteger seus cidadãos e não permitir que a engenharia divida as famílias e isole os indivíduos.

Que os cientistas digam a verdade e tomem cuidado com os interesses obscuros dos negócios e com as empresas farmacêuticas que buscam enormes lucros com curas caras para o não tão perigoso vírus. Que os governos evitem rigorosamente todos os sistemas de rastreamento ou localização de seus cidadãos e não apoiem as intenções ocultas dos organismos supranacionais que têm interesses comerciais e políticos muito fortes por trás de seus planos. Que os cidadãos sejam livres para recusar vacinas, e que os autodenominados “especialistas” não desfrutem de nenhum tipo de imunidade de processo. Que os meios de comunicação digam a verdade e não pratiquem as várias formas de censura que estão praticando agora, para imporem uma única forma de pensar, o que é de fato uma ditadura sutil de opinião, ainda mais eficaz por ser sutil.

E, por último, mas não menos importante, que todos se lembrem de que Nosso Senhor Jesus Cristo concedeu à Sua Igreja uma independência total do Estado para adorar a Deus e ensinar e governar os cidadãos de acordo com seus próprios propósitos, a glória de Deus e a salvação das almas. O Estado não pode interferir em nenhum domínio da Igreja sobre seus próprios assuntos, nem limitar de forma nenhuma a soberania da verdadeira Igreja de Deus, nem restringir ou proibir de maneira nenhuma o culto público ou o cumprimento do dever sacerdotal dos sacerdotes católicos. Portanto, que se eliminem todas as restrições de coronavírus ao culto católico. Se os cidadãos têm deveres para com o Estado, também têm direitos, que incluem o respeito pela lei natural e pelos interesses de Deus em primeiro lugar.

Estamos lutando contra um inimigo invisível que busca dividir os cidadãos, separar os filhos dos pais, os netos dos avós, as almas dos padres, os estudantes dos professores etc.; em síntese, apagar séculos de civilização cristã por uma odiosa tirania tecnológica na qual pessoas sem nome e sem rosto podem decidir o destino do mundo, confinando-nos em uma realidade virtual. Mas Cristo vencerá. Rezemos pelos líderes do governo que enfrentam uma responsabilidade especial perante o tribunal de Deus. Pedimos a Nosso Senhor que proteja Sua Igreja. E que Nossa Senhora derrote os planos dos filhos das trevas.

E esse apelo foi assinado por dezenas de eminentes leigos, além de vários líderes religiosos.

Kyrie eleison.