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terça-feira, setembro 03, 2019

Comentários Eleison: "Pós-modernidade"? - II

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXXXIII (633) - (31 de agosto de 2019)



“PÓS-MODERNIDADE”? – II


Deus nos dá liberdade, faculdade do livre-arbítrio,
Mas não o direito de escolher entre o bem e o mal.

Sob o risco de cansar os leitores com variações sobre o tema da Verdade, estes "Comentários" farão mais comentários sobre o resumo do livro Culture as religion; the post-modern interpretation of the relationship between culture and religion de Wojcieck Niemczewski, citado aqui na semana passada. Porque em verdade devemos salvar nossas almas, e um grave perigo no caminho para salvarmos nossas almas é o enceguecimento de nossa faculdade mais elevada, que é a nossa mente, sobre a qual se segue imediatamente a corrupção de nossos corações. E o perigo mais profundo para nossas mentes hoje em dia é a suposição universal de que as ideias não importam, que a verdade não é importante. Vejam como o Vaticano II preferiu a modernidade ao catolicismo fiel, especialmente no documento conciliar Gaudium et Spes, e depois como a Fraternidade Sacerdotal São Pio X preferiu os romanos conciliares ao seu fiel fundador, e, em cada caso, como a grande maioria dos sacerdotes e dos leigos seguiram a corrente.

Vamos começar colocando em ordem os pensamentos de Niemczewski, para ver de onde vem e para onde vai: 1 Não há um Deus objetivo, porque "Deus" é a fabricação subjetiva dentro de cada um de nós. 2 Portanto, as antigas “verdades” da religião e da filosofia de ontem não têm mais fundamento. 3 Além disso, elas não se encaixam mais no mundo real de hoje, que está mudando em todos os âmbitos, e mais rápido do que nunca. 4 Pior ainda, elas estão bloqueando o progresso moderno, ou a “cultura da escolha” que nos permite adaptar-nos às mudanças, e que garante a liberdade de cada um de nós para construir seu próprio modo de vida. 5 Para permanecer adaptável à modernidade, o homem pós-moderno deve aceitar essa “cultura da escolha” não universal e não obrigatória que não impõe ao homem nem normas nem nenhum ser superior a ele. 6 Como conclusão, a verdade deve dar lugar à liberdade, a religião à cultura, e a direção à deriva. 7 Abaixo a verdade; viva a "cultura da escolha"!

Infelizmente para o homem pós-moderno, existe uma realidade fora de sua mente, tão próxima a ele quanto seus próprios braços e pernas, e essa realidade extramental tem leis próprias, que não são de modo algum dependentes de sua mente. Por exemplo, se ele tiver dor de dente, terá que ir ao dentista e não ao peixeiro. E essas leis não são somente físicas, mas também morais. Por exemplo, se uma menina pobre realiza um aborto, ela não será capaz de desfazer-se de suas dores de consciência, por mais que ela o queira. O livre-arbítrio de cada um de nós, seres humanos, é inquestionavelmente livre – daí a possibilidade da “cultura da escolha” de Niemczewski –, mas essa cultura da escolha só pode funcionar dentro, e não fora, do contexto estruturado das leis da realidade extramental, físicas e morais. Assim, sou livre para escolher para toda a minha eternidade o Céu ou o Inferno, mas não sou livre para escolher romper seriamente a lei moral e ainda assim ir para o Céu.

Os antigos gregos, no seu apogeu, precederam a Encarnação de Nosso Senhor por séculos, de modo que não tinham nenhum benefício da graça sobrenatural ou iluminação. Mas, naturalmente, eles observaram – não inventaram – as graves e inevitáveis ​​consequências de os seres humanos terem se levantado contra a estrutura moral da vida humana, e deram a isso um nome: “húbris”, que hoje chamaríamos "orgulho". Assim, a apresentação de Niemczewski da "cultura da escolha" começa por negar a Deus e termina por desafiá-lo, mas, embora ela possa inclinar as mentes dos homens em favor de sua "cultura", é incapaz de modificar a Existência eterna e inefável de Deus, ou a necessidade eterna e absoluta da Verdade. Por exemplo, se se afirma que não existe algo como a verdade, então pelo menos esta opinião seria uma verdade. Portanto, ao negar todo ou qualquer dogma, ninguém é tão dogmático quanto os maçons, e, em seu enfraquecimento subjetivo de toda a doutrina, ninguém é tão doutrinário quanto os modernistas e os neomodernistas.

Em suma, um homem como Niemczewski se recusa a reconhecer que em torno da esfera de escolha da humanidade há um anel de realidade que não é da escolha do homem. Os clérigos do Vaticano II se recusam a reconhecer que o Depósito da Fé não pode ser modernizado. E os líderes da Neofraternidade Sacerdotal São Pio X recusam-se a reconhecer que os romanos conciliares são mercadores de fantasia. A "cultura da escolha" terminará custando caro para todos eles. Pode custar-lhes a eternidade se não conseguirem recobrar seus sentidos católicos.


Kyrie eleison.


segunda-feira, agosto 26, 2019

Comentários Eleison: "Pós-modernidade"? - I

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXXXII (632) - (24 de agosto de 2019)




“PÓS-MODERNIDADE”? – I


Então, quer dizer que estaria ultrapassada a verdade?
Para o homem, perda maior que a dela não pode haver na realidade.

Alguém depara com as palavras “pós-moderno” e “pós-modernidade”, e se pergunta o que significam, ou ao que se referem. Uma suposição razoável é que a palavra “modernidade” se refere ao período da história geral que começou com o final da Segunda Guerra Mundial em 1945, quando a civilização teve de sair das ruínas e dar início a um novo curso. Mas 1945 está agora há quase três quartos de século, e 74 anos é tempo demais para o mundo ter mudado sem evoluir para algo diferente – o mundo está girando a todo instante, “Volvitur orbis”, mas nunca pareceu estar girando mais rápido do que neste nosso século XXI. Portanto, seja lá o que for que tenha mudado, isso é “pós-moderno”.

Fica claro que a questão passa a ser então: no que ele se modificou? E aqui se pôde colocar o coração da "pós-modernidade" em um livro intitulado Culture as religion; the post-modern interpretation of the relationship between culture and religion [A cultura como religião; a interpretação pós-moderna da relação entre cultura e religião], de Wojcieck Niemczewski. Segue um resumo de dois parágrafos de sua tese:

Vivemos em uma época de mudanças de todos os tipos, mas os velhos princípios religiosos e filosóficos colocam freios no progresso, e não se encaixam mais na realidade à nossa volta, que está mudando mais rápido do que nunca. Doravante estamos experimentando a “cultura da escolha”, que envolve todos os elementos culturais que podemos misturar para compor nossa própria visão de mundo. A possibilidade que temos de escolher torna-se então um sinal de liberdade à custa do antigo elemento da verdade, que nos permite permanecer adaptáveis ​​à vida moderna.

Como resultado, essa cultura pós-moderna não impõe nenhuma norma, nenhuma obrigação e nenhuma aplicação à vida. Nem transcende esta vida, porque Deus pode existir, mas somente dentro de nós mesmos, somente dentro de nós; na verdade, Ele depende de nós! O homem pós-moderno quer estar em sintonia com seu tempo, isto é, com o movimento e a mudança. Mas um movimento infindável e uma mudança para o quê? Ele não tem ideia, porque se tornou incapaz de definir para onde está indo. Assim, mesmo que os homens mantenham a Tradição, esta pode ser absorvida por essa nova cultura.

No tempo de Noé – ver Gênesis, VI-IX, especialmente VI, 1-13 –, a humanidade era tão corrupta, que para salvar ainda um número significativo de almas, Deus Todo-Poderoso teve de infligir um castigo mundial que daria pelo menos a uma minoria delas motivação e tempo para fazer um bom ato de contrição. E dado o pecado original, é lógico que somente as intervenções de Deus poderiam, a partir de então, desacelerar ou reverter a inclinação da humanidade pela queda. É claro que a maior dessas intervenções foi a própria Encarnação de Deus, mas “quanto mais alto se está, maior é a queda”, e assim, após quase 2000 anos, era previsível que a condição da humanidade viesse a estar pior do que nunca, se Deus decidisse permitir isso. Ora, Ele claramente (Lc XVIII, 8) escolheu desde a eternidade permitir o desaparecimento quase completo da Igreja de Seu Filho antes do fim do mundo. Então, que forma esse desaparecimento tomará? Hoje vemos isso na descrição de Niemczewski da "nova cultura".

Sua descrição nos convida a distinguir entre “moderno” e “pós-moderno”, do seguinte modo: "moderno" seria a cultura global do niilismo, sobretudo depois da Segunda Guerra Mundial: corações e mentes vazios de qualquer convicção, crença, esperança ou confiança, mas os corações e mentes ainda não se desintegraram, e ainda há uma dolorosa sensação do que se perdeu. Pelo contrário, “pós-moderno” seria a consequência lógica dessa dor, ou seja, a autodestruição dos restos de coração e de mente pela vontade, para que não se sinta mais a dor. Eu deliberadamente renuncio à verdade para que minha mente flutue em um jardim de lótus de adoráveis ​​mentiras das quais já não estou consciente de que são mentiras, e meu coração encontra-se à deriva em uma terra de sonhos de desejos ilusórios onde tudo é suave e doce, e sempre o será.

Mas “um fato é mais forte que o Lord Mayor”, diz o provérbio. É verdade que uma multidão de mentes e corações modernos rejeitou todas as amarras e recusou qualquer referência, mas o vento e a maré permanecem como vento e maré. Ora, os inimigos constantes do Deus imutável nunca se esquecem disso, e querem todas as almas reais no inferno real. Ah! Se ao menos os amigos de Deus tivessem tanto senso de realidade quanto eles!

Kyrie eleison.

segunda-feira, agosto 27, 2018

Comentários Eleison: Videogame Manipulado - II

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DLXXX (580) (25 de agosto de 2018):

Videogame Manipulado - II



Se o Céu diz que aqui está a solução,
Aqui está ela, e não na revolução.

Conta-se a história da grande monarca católica da Espanha, a rainha Isabel (1451-1504), que quando perguntada uma vez o que queria ver em uma pintura, ela respondeu “um padre dizendo missa, uma mulher dando à luz e um criminoso sendo enforcado”. Em outras palavras, todos têm um papel para desempenhar na vida, e todos devem desempenhar esse papel e não outro. Podemos apenas imaginar o que ela teria dito sobre um mundo em que padres celebram piqueniques eucarísticos, mulheres usam da contracepção e abortam livremente, e criminosos são condenados a penas cada vez mais curtas em prisões que lembram hotéis de luxo. Hoje “Nada é senão o que não é” (Macbeth, I, 3).

Hoje muitas pessoas sentem que a vida moderna é falsa, mas poucos conseguem ver por que nada é senão o que não é, ou por que “Nada é real, e nada por que preocupar-se, Strawberry Fields para sempre” (Beatles). Observam a opressão policial, jornalistas que mentem, medicamentos que envenenam, advogados que trapaceiam, políticos que traem, mulheres que se autoesterilizam, jovens que se suicidam, professores que corrompem, médicos que matam, e assim por diante; e o pior de tudo, sacerdotes que apostatam. Não é difícil ver à nossa volta um mundo desordenado que é exatamente o oposto da ordem correta que a rainha Isabel tinha em mente para a Espanha. Mas a desordem está tão disfarçada que se assemelha no presente à correta ordem do passado, de modo que poucas pessoas podem descobrir de onde vem a desordem, e muitos desistem da tentativa de localizá-la, estabelecendo-se entre os confortos materiais que ela têm para oferecer. Por exemplo, muitos músicos de rock ganham um bom dinheiro gritando contra os maus frutos do materialismo, mas poucos, se é que há algum, vão atrás das raízes destes, de modo que a maioria acaba como materialista bastante cômodo, parte integrante da falsidade que ela reconheceu corretamente nos dias em que ganhava dinheiro.

Nas palavras da velha canção, “Por quê, por quê, por quê, Dalila?” Porque as pessoas se livraram da presença de Deus em suas vidas e não têm noção de que Sua ausência é o problema. E se alguma vez têm um pressentimento, então pela mesma razão que elas se livraram d’Ele em primeiro lugar, agora procurarão em qualquer lugar, e não na direção d’Ele, pela a solução. No entanto, foi Cristo quem criou, para o fim do mundo, aquela Cristandade que elevou na Idade Média a civilização a alturas sem precedente, e da qual a “civilização ocidental” é a sucessora sem Cristo. Mas Cristan-dade sem Cristo é “-dade”, ou melhor, “fatalidade”.

Mas a “fatalidade” tem de competir com a Idade Média, pois, caso contrário, os homens vão querer voltar a Cristo. Daí que as aparências da lei cristã, dos hospitais, dos parlamentos, etc., devem ser mantidas mesmo que a substância seja esvaziada. Por isso que nos últimos quinhentos anos há uma série de “conservadores” que não conservaram nada além da última conquista dos liberais, daí uma longa procissão de políticos hipócritas, aparentemente direitistas, mas de fato esquerdistas, porque é isso que os povos querem – líderes que parecerão prestar homenagem aos remanescentes de Deus e de Cristo, mas que na realidade estão servindo ao Diabo, abrindo caminho para mais liberdade de Deus e de Cristo.

Daí o Concílio Vaticano II na Igreja, que mantém a aparência exterior do catolicismo, ainda que o substitua pela realidade do modernismo. Daí o Capítulo de 2012 na Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que pretendeu manter a Tradição Católica mesmo enquanto se preparava para subordiná-la ao Vaticano II. Daí o Capítulo da Fraternidade de 2018, fingindo livrar-se do arquiteto do Capítulo de 2012, mesmo assegurando que ele permanecesse no poder. Daí um Capítulo representando não a realidade da situação da Igreja ou da Fraternidade, mas um videogame manipulado para tranquilizar aqueles que resistem à marcha da Fraternidade em direção à Roma conciliar, mesmo enquanto protegem essa marcha. Queira Deus que a situação não esteja assim.

Então, se o mundo inteiro estiver manipulando videogames, há alguma solução? É impossível que o Céu nos tenha deixado sem solução. Desde a Idade Média, Nossa Senhora tem nos dado a todos nós o Rosário. Nos tempos modernos, ela nos deu a devoção dos primeiros sábados. Se negligenciamos seus remédios é por nossa própria conta e nosso próprio risco.
                                                                                                                                   

Kyrie eleison.

*Traduzido por Cristoph Klug.


sexta-feira, novembro 03, 2017

Comentários Eleison: Controle de feiticeiros?

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DXXXVII (537) (28 de outubro de 2017)


CONTROLE DE FEITICEIROS?


Que valor as máquinas boas ou más somam?
São as coisas que ajudam ou prejudicam a alma que contam.


Em uma entrevista recente, o diretor-gerente da Mercedes Benz, uma empresa alemã de última geração em produção de automóveis de alta qualidade, pintou uma imagem do futuro próximo da humanidade em que o software informático prejudicará as indústrias mais tradicionais, e em que seus próprios concorrentes principais não serão mais outras empresas de automóveis, mas o Google, a Apple e a Amazon! Direito, diz ele, enfermagem, automóveis, seguros, imóveis, todos serão substancialmente afetados pelos computadores. Em 2027, 10% de tudo produzido será impresso em 3D. Em 2037, 70 a 80% dos trabalhos desaparecerão. Os smartphones baratos tornarão a educação disponível em todo o mundo, e assim por diante. Mas tais previsões dramáticas precisam ser colocadas em seu lugar, que é secundário. As máquinas são apenas máquinas, e os computadores são apenas máquinas.

Foi desde que a Revolução Industrial estourou sobre a humanidade nos séculos XVIII e XIX que os homens começaram a perguntar-se o que as máquinas desumanas significavam para o futuro dos seres humanos. Desde então, muitos observadores sábios levantaram sérias dúvidas sobre o impacto final das invenções materialmente mais e mais maravilhosas; mas a humanidade como um todo apenas avançou, confiando que a invasão de máquinas, composta por eletrônicos e computadores, só poderia ser cada vez mais benéfica. No entanto, é um homem sábio ou feliz aquele cujo nariz está sempre enterrado em seu smartphone?

O problema básico é que as máquinas são puramente materiais, enquanto os seres humanos são principalmente espirituais. Portanto, as máquinas mais úteis podem apenas subservir o que é primário ou mais importante na vida dos seres humanos. O homem é, de fato, composto de corpo material e alma espiritual, de modo que as máquinas materiais podem certamente servir seu corpo, mas esse corpo é meramente o portador de sua alma espiritual durante a duração da sua breve vida na Terra, e, em seguida, a alma sem graça sobrenatural arrasta o corpo até os eternos tormentos do inferno, ou a alma com a graça de Cristo levanta o corpo, normalmente através dos tormentos temporários do Purgatório, até a felicidade permanente do Céu. De qualquer maneira, seja lá o que for que o corpo tenha feito ou não para a alma durante a vida, após a morte é o estado da alma que determina o destino do corpo e não o contrário.

No entanto, em nossos tempos terríveis, até mesmo os católicos podem perder o controle dessas realidades elementares sobre o corpo e a alma, a vida e a morte; então, passemos à música para ilustrar as limitações da matéria e das máquinas. Em um estúdio de gravação moderno pode haver dezenas de máquinas de alto desempenho e milhares de botões brilhantes, botões e mostradores que compõem máquinas sempre mais perfeitas para a gravação do quê? Para a reprodução cada vez mais fiel do som? Que som? O som de um ser humano cantando ou tocando um instrumento. E por que gravá-lo? Porque a gravação irá vender e fazer dinheiro. E por que fará dinheiro? Como a música é uma linguagem única para expressar emoções na alma humana, e seja Furtwaengler conduzindo uma orquestra clássica, ou os Beatles tocando guitarras, os músicos humanos estão por seus dons musicais expressando, através dos meios materiais de orquestra ou guitarra na linguagem material-espiritual da música, aquelas emoções espirituais que um público inteiro quer que os músicos expressem. E se os músicos não têm alma, os mais brilhantes engenheiros de gravação nunca ganharão a vida. Em toda arte humana, a mecânica é necessariamente subordinada aos artistas.

Portanto, quanto mais espirituais são as vidas e as atividades dos homens, menos a sério eles tomarão apenas transtornos materiais em assuntos humanos, como o diretor executivo da Mercedes Benz evoca. Por outro lado, quanto mais os homens se afastarem de Deus, maiores serão os tumultos em suas vidas. Leitores, levem um Rosário espiritual em suas mãos materiais e deixem bem atrás de vocês os desastres que se aproximam de nossa "civilização" materialista.

Kyrie eleison.

sábado, junho 03, 2017

Comentários Eleison: Confissão de um Banqueiro

Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DXVI (516) (03 de junho de 2017)



CONFISSÃO DE UM BANQUEIRO


Um bankster está dando passos corajosos em direção à luz?
Vamos rezar pelos tantos que se encontram em sua situação anterior.

Que drama é o de cada alma, que usa o seu livre arbítrio todos os dias de sua curta vida na terra para escolher ou a Verdade de Nosso Senhor Jesus Cristo para alcançar a bem-aventurança eterna, ou os enganos do Diabo, e então despencar nos tormentos do inferno para todo o sempre. "De Deus não se zomba" (Gl VI, 7), mas Ele se importa com todas as almas humanas, e faz tudo o que pode para levá-las para o Céu, sem tirar seu livre-arbítrio. Contudo, a maioria das almas prefere o inferno (Mt VII, 13-14)! No entanto, eis na Internet (com legendas em português: https://www.youtube.com/watch?v=LFZltZxcSJ4; dublado em inglês youtu.be/cRuKmxQSPSw) o drama de uma alma lutando para ir para a luz – um banqueiro holandês moderno que caiu profundamente nas armadilhas do Diabo.

O pai difícil de Ronald Bernard levou-o a acreditar quando criança que o mundo e os homens estão "longe de ser bons". Assim, o ideal mais alto de sua juventude foi ganhar o máximo possível de dinheiro. Em vários setores de negócios, seus dons naturais o tornaram bem-sucedido; mas, um dia, um corretor com quem ele trabalhou disse-lhe que se realmente quisesse ganhar dinheiro deveria entrar no campo das finanças, desde que pudesse "congelar a consciência". RB riu, porque o "instinto de preservação" tinha-lhe ensinado há muito tempo a controlar sua consciência. Então entrou no campo das finanças, onde os mesmos dons o elevaram cada vez mais alto.

Ele diz que nunca chegou ao topo, mas estava perto disso. Seus clientes precisavam de agentes para manipular grandes fluxos de dinheiro de tal modo que ninguém, exceto aqueles muito bem informados, poderia rastrear o que estava acontecendo. Assim a elite mantém sua posição enquanto o resto da sociedade é suprimido, diz RB. E "se você quer saber o que realmente está acontecendo, siga o dinheiro". Ele adorava o jogo, como chama, de manipular enormes somas de dinheiro, e por cinco anos foi muito bom nisso. Ao jogar, aprendeu como, na realidade, os banqueiros, os governos, os serviços secretos, as organizações terroristas, etc., etc., estão todos juntos, de modo que "o mundo inteiro como pensamos que o conhecemos é apenas uma ilusão na qual acreditamos".

No entanto, a miséria humana que ele também viu ser causada por esse primado do dinheiro trouxe sua consciência lentamente de volta à vida. Quando um colega lhe disse que um acordo que eles conseguiram para desfazer-se da lira levou um pai de família à bancarrota, o que fez com que se suicidasse, de início RB riu, mas depois descobriu que a maioria das pessoas com quem lidava eram luciferianos que levavam Lúcifer muito a sério. Ele, ao contrário, achava suas cerimônias divertidas – até o dia em que foi convidado a participar de uma cerimônia de sacrifício infantil. Os luciferianos pretendiam agarrá-lo por uma potencial chantagem, caso ele participasse. Mas lembrou-se de sua própria infância triste. E recusou. Então, deu-se conta de que "há todo um mundo invisível", e começou a ler, e a fazer descobertas e conexões. Não por um preconceito estúpido, mas por uma amarga experiência, ele recomenda a quem quer que pretenda ver a vida moderna como ela realmente é que leia os Protocolos dos Sábios de Sião. Ele diz que há um grupo de pessoas que exercem o poder supremo, e que estão "carregando um ódio intenso, uma raiva... uma força totalmente aniquiladora que nos odeia profundamente, odeia a criação, odeia a vida", e tem a intenção de destruir-nos completamente. Os católicos podem ignorar uma declaração da realidade assim por seu próprio risco. O Rosário é a defesa deles.

Quanto a RB, ele tentou aguentar firme, mas a tensão entre seu trabalho e sua consciência tornou-se insuportável. Seu corpo fechou-se, e precisou de um ano para se recuperar, porque, entre outras coisas, ao sair das altas finanças, ele foi "tratado" para ser impedido de dar nomes de corporações ou de colegas que conhecia. Ele percebeu por que muitos de seus colegas haviam-se entregado à bebida ou às drogas – ou já estavam mortos, enquanto a abertura para ele de todo o mundo não material o tinha deixado ver que "ele" era mais do que apenas seu corpo, e isso ajudou esse "mais" a sobreviver ao colapso total de seu corpo.

Apesar de ter dado muitos passos em direção à luz, RB nessa entrevista não diz os nomes de Deus e Jesus Cristo, mas mesmo essa omissão pode ser uma misericórdia de Deus para alcançar milhões de almas na Internet que fugiriam para longe pela simples menção do Santo Nome de Deus. Cabe aos católicos que têm a Fé orar pelas tantas almas profundamente atoladas nas múltiplas ilusões da vida moderna.

Kyrie eleison.

domingo, fevereiro 26, 2017

Comentários Eleison: Religião de Migração



Comentários Eleison - por Dom Williamson
Número DII (502) - (25 de fevereiro de 2017):

RELIGIÃO DE MIGRAÇÃO


Os homens brancos europeus abandonaram Deus?
Servir-lhes-ão de flagelo negros, muçulmanos, mulheres e judeus!


Então, existe um Poder Global por trás do fluxo em andamento de imigrantes não europeus para a Europa, e a religião é “decisiva” neste fluxo – assim está dito no “Comentário Eleison” da semana passada. Duas questões, então, se levantam: quem ou o que é este poder? E como pode a religião entrar em uma questão tão política?

Em relação à identidade deste Poder Global, de cuja existência o economista húngaro estava tão seguro sem estar disposto a identificá-la, há facilmente acessível na internet (ao menos que tenha sido abafado) um vídeo fascinante e aterrador de uma entrevista filmada em 2010, de poucos minutos de duração, na qual uma judia declara que são os judeus que estão liderando a transformação multicultural da Europa. Barbara Spectre nasceu nos EUA em 1942, graduou-se em estudos filosóficos nos EUA, atuou como educadora profissional desde 1967 em Israel, e em 1999 emigrou para a Suécia para unir-se a seu marido, que era rabino da sinagoga de Estocolmo. Assistindo ao vídeo, parece evidente que ninguém a estaria forçando a revelar quem está por trás da transformação que está em curso atualmente na Europa. Antes, ela sinceramente acredita nessa transformação e no que os judeus estão fazendo com a Europa, porque declara que somente a invasão de imigrantes possibilitará que a Europa sobreviva. Eis aqui suas próprias palavras:

Eu acho que há um ressurgimento do antissemitismo porque neste exato momento a Europa ainda não aprendeu como ser multicultural. E eu acho que nós vamos ser parte da agonia desta transformação, que tem de acontecer. As nações europeias não serão mais sociedades monolíticas, como foram no século passado. Os judeus estarão no centro disto. É uma enorme transformação para a Europa. Elas estão agora entrando num sistema multicultural, e os judeus se ressentirão por causa de nosso papel de liderança. Mas sem este papel, e sem aquela transformação, a Europa não sobreviverá”. (Veja em https://youtu.be/8ERmOpZrKtw)

Eis aqui uma resposta convincente à questão da identidade do Poder Global. Atuante no nível universitário por mais de 30 anos em Israel, ardente sionista e esposa de um rabino, Barbara Spectre poderia facilmente saber o que os judeus estavam planejando para a Europa anos antes de a invasão de imigrantes assumir as proporções do fluxo atual. E o domínio judeu de todos os cinco elementos que o economista húngaro disse serem necessários para organizar um fluxo de imigrantes faz com que a identificação de seu "Poder Global" com o poder judeu seja inteiramente plausível.

Mas por que os judeus quereriam transformar a Europa "monolítica" numa Europa "multicultural"? A resposta é uma força motriz que está muito além e muito acima da simples política.

Desde que os fariseus e o escribas crucificaram Nosso Senhor Jesus Cristo porque Ele estava fazendo com que o povo de Deus deixasse de ser d’Ele pela raça e se tornasse Seu pela fé católica, eles perseguiram Sua Igreja por aproximadamente dois milênios (leiam Complô contra a Igreja, de Maurice Pinay). Ainda hoje os líderes judeus acreditam que Deus só dá a eles dádivas e direitos para governarem o mundo. Ora, o Antigo Testamento certamente veio de Deus, mas ele aponta diretamente para o Novo Testamento, que tomou seu lugar, de modo que os sucessores dos fariseus tiveram de distorcer o Antigo Testamento no Talmud, que é viciosamente anticristão. Assim, o talmudismo é uma falsa religião, mas deu apoio e poder pseudorreligiosos para o antigo impulso farisaico de acabar com a Cristandade.

Ora, a Igreja de Cristo nasceu e cresceu no Oriente Médio e espalhou-se rapidamente por todo o mar Mediterrâneo, mas quando o Oriente Médio e o Norte da África caíram diante do Islã, a Fé foi mantida e espalhada no mundo todo principalmente pelos europeus, da raça branca, e dividiu-se pela Providência entre as várias nações da Europa. Assim, São Francisco Xavier na Índia implorou a Santo Inácio que o enviasse da Europa padres europeus para que atuassem como missionários. Daí o ódio quase religioso dos sucessores dos fariseus contra as nações brancas da Europa, e daí a direção "multicultural" dos judeus para diluir a raça branca e dissolver as nações "monolíticas" da Europa. E, a não ser que essas nações se voltem para Deus e para a Sua única e verdadeira Igreja, Sua Justiça pode vir a permitir que esse impulso obtenha sucesso, a menos que Sua Misericórdia o interrompa...

Kyrie eleison.


*Traduzido por Leticia Fantin.

segunda-feira, fevereiro 20, 2017

Comentários Eleison: Políticas de Migração

Comentários Eleison - por Dom Williamson
Número DI (501) - (18 de fevereiro de 2017):

POLÍTICAS DE MIGRAÇÃO


Que os Brancos e Muçulmanos lutem, em guerra mortal!
Então poderemos reinar, como nunca o fizemos antes.


Discutindo uma semana depois na televisão húngara sobre o mau comportamento dos imigrantes em Colônia no final do ano passado, o principal economista da Hungria, que já fora político, Dr. László Bogár, procurou descobrir as raízes do problema da invasão de imigrantes, que prossegue na Europa (assistam em: youtu.be/TKpe4swiVOc). Sua análise das raízes políticas vai até onde a opinião pública lhe permite dar nome ao Inominável Poder Global por trás da invasão, mas ele não se aproxima das raízes religiosas, que são decisivas. Mas, quem pensa ainda hoje que a religião influencia em qualquer coisa no mundo? É de esperar-se que os leitores destes “Comentários” possam tanto conceber que esse Poder maléfico existe, como que a verdadeira Igreja Católica é a única que pode neutralizar seu veneno. A seguir, em itálico, a análise do Dr. Bogár, resumida e adaptada:

Um Poder Global deseja destruir tudo o que é humano, tudo o que tem dignidade. E como o Homem Branco Europeu ainda possui muito disso, ele deseja destruir o Homem Branco Europeu. Consequentemente, ele está conduzindo para a Europa uma massa de imigrantes estrangeiros com o auxílio de recursos gigantescos. De fato, deve ser óbvio para qualquer um que tenha um mínimo de bom senso que, para um deslocamento relativamente rápido de milhões de pessoas por milhares de quilômetros, certas coisas são necessárias.

Em primeiro lugar, para financiar a operação, falemos num mínimo de dez bilhões de dólares. Em segundo lugar, para dirigir e controlar o deslocamento, precisa-se de um mínimo de alguns milhares de agentes estritamente secretos, e se alguma vez uma luz brilhou ocasionalmente nesta operação habilmente disfarçada, então, e em terceiro lugar, os meios de comunicação foram necessários para reparar o disfarce rapidamente. Em quarto lugar, para organizar a operação, foi indispensável a colaboração completa do sindicato global do crime com suas dezenas de milhares de traficantes de seres humanos para lidar com os migrantes. E, finalmente, a colaboração cínica dos principais políticos europeus era necessária, como a do Primeiro Ministro britânico que nos visitou aqui hoje, e a dos líderes da França e da Alemanha, todos os quais participaram igualmente na destruição da Líbia e da Síria. Além de criar o caos, esses líderes orgulhosamente anunciaram que estão fazendo isso em nome da Europa, da cultura ocidental, da democracia. Eis os verdadeiros culpados do horror que vimos recentemente em Colônia, e alguma coisa me diz que este é apenas um leve prelúdio para algo muito mais sinistro...

A verdade é que a Europa está sendo arrastada para um conflito tão brutal quanto a I e a II Guerra Mundial, pelo mesmo Poder Global. Com efeito, a Europa está deixando-se arrastar para uma III Guerra Mundial. A invasão de imigrantes é apenas o produto final de um enorme processo oculto. Agora, alguém pode neutralizar o horror ao fim do processo, mas se não entendemos o próprio processo e o cortamos desde suas raízes dentro da estrutura de poder global, então horrores como a invasão de imigrantes só continuarão. Infelizmente, a cooperação internacional é necessária aqui, mas a realidade é que o líder húngaro, Viktor Orban, tem estado virtualmente sozinho. Quando a Líbia foi infernalmente bombardeada, ele foi o ÚNICO político europeu que expressou suas preocupações e reservas sobre quais seriam as consequências estratégicas. Poucos, mas muito poucos políticos expressaram as mesmas preocupações. Por conseguinte, a Hungria teve de dar um passo adiante, e é por isso que estamos sob constante ataque. Na Hungria não precisamos travar uma guerra civil porque fechamos as nossas fronteiras, mas agora temos de esperar que as outras nações da Europa façam o mesmo.

Infelizmente, quando se trata de erradicar o processo pelo qual os horrores dos imigrantes nas cidades europeias são apenas os frutos podres, é lamentável dizê-lo, a Europa já está totalmente derrotada. O processo só pode levar a uma guerra civil. MAS ESSE É O OBJETIVO. É isso que o Poder Global quer. O Poder Global quer, acima de tudo, uma guerra brutal sem fim de 30 anos, tal como a devastadora Guerra dos Trinta Anos do século XVII (que foi obra do mesmo do Poder Global). Quer precisamente que se desenrole na Europa uma guerra civil que se estenda por décadas.


Kyrie Eleison.


*Traduzido por Cristoph Klug.

domingo, março 13, 2016

Comentários Eleison: Paz, Guerra



Comentários Eleison - por Dom Williamson 
CDLII (452) - (12 de março de 2016) 

PAZ, GUERRA

O pouco que podemos fazer tratemos de realizar,
E então a vara tão merecida Deus poderá suavizar.

Aqui estão algumas pequenas más e algumas grandes más notícias, mas o equilíbrio pode ser um pouco remediado pelo fato de as más notícias serem sobre o mundo, enquanto que as boas notícias são da Igreja. Primeiro as boas, em dose tripla.

No início de fevereiro, no Seminário “Resistente” de São Grignon de Montfort próximo a Angers na França, houve uma reunião de meia dúzia de sacerdotes franceses da União Sacerdotal Marcel Lefebvre, ou, abreviadamente, USML. Dom Faure presidiu-a; e o Pe. Bruno, monge beneditino, coordenou-a. A USML ainda não tem uma estrutura da qual valha a pena falar, não mais do que o que já fizeram os remanescentes dos sacerdotes fieis que sobrevivem ao desastre do NOM e do Concílio Vaticano II; mas vigorosas discussões sobre ações que devem ser tomadas pela USML não impediram um encontro de mentes. A Fé ainda pode manter unidos os amigos da USML.

Depois, no dia seguinte, cinco jovens, três da França, um da Inglaterra e um da Itália, receberam a batina das mãos de Dom Faure em uma Missa Pontifical celebrada na Igreja do Convento Dominicano em Avrillé. Sob o impulso da USML, o Seminário abriu no outono passado com oito seminaristas, dos quais apenas um não está mais lá. Eles receberam uma grande parte da sua educação diária no mesmo convento pelos sacerdotes dominicanos que estão assim retribuindo uma dívida de suas próprias origens à Fraternidade de Dom Lefebvre e ao Seminário em Écône, onde seus três pioneiros, que ainda são os seus líderes atuais, receberam sua educação inicial em filosofia e teologia no fim dos anos 70 e no início dos anos 80. Verdadeiramente, "colhe-se o que se planta". Da Neofraternidade de Dom Fellay, encaminhada ao inferno da Roma conciliar, os Dominicanos separaram-se prudentemente no ano passado.

E a última parte das boas notícias da França é que nem todos os sacerdotes da FSSPX no Distrito da França estão cegamente seguindo seus líderes enganadores. E como poderiam, quando o presente chefe da Roma conciliar comete dia após dia, em palavras e ações, um ultraje após o outro contra a Fé Católica, como se estivesse determinado a destruir toda a Igreja? A Fraternidade de Dom Lefebvre pode estar afundando, e pode afundar ainda mais nessa esmagadora tempestade de liberalismo e neomodernismo, mas ainda não afundou de vez. Devemos orar para o Arcebispo, para o caso de ele poder salvar sua Fraternidade dos iludidos liberais nas mãos dos quais ela caiu.

As más notícias do mundo (ver http://​www.​tfmetalsreport.​com/​blog/​7422/​dangerous-moves-new-cold-war) é que a Guerra Fria entre o Ocidente e a Rússia está esquentando novamente e não havia se tornado tão perigosa desde a crise de mísseis cubana em 1961. Em particular, no fim de janeiro o governo dos EUA anunciou sua decisão de pôr uma brigada de combate totalmente equipada, móvel, mas permanente, nos países do Leste Europeu que fazem fronteira com a Rússia, desde os Estados do Báltico até a Síria. Nunca a força militar americana havia sido colocada tão próxima à Rússia. O mais próximo foi Berlin. E a corrida armamentícia está de volta. Ambos os lados estão modernizando suas armas nucleares, agora muito mais caras e perigosas, e menores, mais precisas, mais controláveis e, portanto, mais "usáveis". Os ponteiros do relógio nuclear estão correndo – marcando 11h57min, dizem alguns – e não há debate.

Como pode a grande mídia ocidental não dar a conhecer uma situação que está a se desenvolver tão dramaticamente? É assim porque ela está controlada pelos inimigos de Deus e do homem, que querem que a Terceira Guerra Mundial dê a eles a ditadura global à qual eles estão convencidos de que têm direito. Há alguma esperança humana de que parem de infligir sobre todos nós a sua loucura? Isto depende não deles, mas de Deus Todo-Poderoso, a quem eles estão servindo como um flagelo para nós mesmos, a humanidade que rejeito seu Deus. Que cada um de nós reze o Rosário e cumpra com seus deveres diários. Podemos fazer um pouco mais. Não podemos fazer menos.

Kyrie eleison.

segunda-feira, janeiro 04, 2016

Comentários Eleison: Para onde, mundo?

Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXLII (442) - (02 de janeiro de 2016):

PARA ONDE, MUNDO?

A confusão da Igreja e do mundo do Ano Novo faz-nos perguntar:
O que podemos fazer? Vigiar e orar.

Chegamos a um novo ano sem que a Igreja tenha ruído completamente, ou o mundo entrado em sua Terceira Guerra Mundial, mas ambos os desastres têm se aproximado significativamente. Que caminho seguiremos? Que chance temos de evitar um desastre?
Quanto ao mundo, a Síria particularmente está se transformando num barril cuja pólvora está sendo empilhada para uma explosão cada vez maior. A América e a Rússia, cada uma com seus aliados, estão prontas para lutar em favor de uma das duas visões rivais sobre o futuro do mundo: os banksters que controlam os EUA atualmente querem um mundo unipolar onde sua Nova Ordem Mundial exercerá a hegemonia mundial; os russos, ao contrário, querem um mundo multipolar onde possam conservar sua independência nacional e zelar por seus interesses. E quem pode acusar os russos, se o que querem é impedir que a N.O.M. controle o mundo? Até o momento, eles têm se comportado com grande comedimento em face da infame provocação do Ocidente.
Mas, como sempre, o homem propõe, enquanto Deus dispõe. Se os homens não pararem de pecar, então no momento escolhido, não por eles, mas por Ele, os cães da guerra serão soltos. Como de costume, os homens saberão porque começaram a guerra, mas somente Deus sabe como ela terminará. Os russos têm algumas armas notáveis, então o Ocidente de modo nenhum pode ter a certeza da “vitória”, especialmente se muitas orações ascendem de todos nós ao Céu para a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, porque aí os russos poderão obter para todos nós uma interrupção da marcha do mundo em direção ao abismo. Em todo caso, a guerra durará tanto e será tão devastadora quanto Deus necessitar para salvar, de acordo com seus desígnios, não civilizações (assim chamadas), mas almas. As almas aprenderão sua lição? Se não aprenderem, Deus precisará permitir que elas causem mais estragos a si mesmas.
Quanto à Igreja, sua influência nos eventos do mundo é decisiva. Onde quer que os verdadeiros sacerdotes católicos estejam administrando verdadeiros sacramentos, lá estão eles extinguindo aqueles pecados que são a causa da guerra (Tg. IV,1). Mas o que vimos em 2015? Os clérigos que atualmente controlam a Igreja não mostraram nenhum sinal de que querem sair dos falsos princípios do Vaticano II e retornar à verdadeira doutrina do Novo Testamento, e o Papa Francisco particularmente, pela desenfreada aplicação destes princípios, parece não ter propósito outro que destruir a Igreja Católica. Agora, voltando aos anos 70, quando o trabalho de devastação do Concílio parecia irresistível, Deus em sua misericórdia deu à Sua Igreja um Arcebispo que criaria uma nova geração de padres católicos para testemunhar a verdadeira Fé e mostrar, na vida real, que ela não estava ultrapassada, agindo assim como um freio na devastação. Mas Monsenhor Lefebvre morreu em 1991, e seus sucessores no topo de sua Fraternidade logo começaram a perder a aderência à necessidade de resistir ao mundo moderno e seu sinistro Concílio. Em 2015, vimos somente um sinal após o outro da Fraternidade se aproximando mais e mais da Roma neomodernista.
Somos levados a perguntar: esses sucessores ainda compreenderão, em primeiro lugar, por que o Arcebispo organizou sua Fraternidade Sacerdotal São Pio X? Eles ainda têm noção da Fé verdadeira? Eles compreendem a severa responsabilidade que têm em testemunhar aquela Fé e não deixá-la ser obnubilada pelo mundo? Deixemo-los refletir profundamente em 2016, antes que seja tarde demais, antes que a Fraternidade finalmente se condene a perder todo seu aroma por unir-se à apostasia conciliar, por não agir mais como uma pedra no sapato dos neomodernistas, e por parar de sustentar que a verdadeira Igreja sozinha tem o segredo da paz mundial, Nosso Senhor Jesus Cristo, “ontem, hoje e sempre, nem liberal nem modernista” (citação de Monsenhor Lefebvre).
Kyrie eleison.

segunda-feira, outubro 12, 2015

Comentários Eleison: Conselhos Positivos

Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXXX (430) - (10 de outubro de 2015): 

CONSELHOS POSITIVOS


Não é que nada há que possamos fazer.
Querer é poder, e há um modo de para além disso ver.

Os americanos têm uma expressão, cuja tradução literal é “pensar fora da caixa” [“to think outside the box”]. Ela significa pensar diferente do modo comum de pensar. Se já houve alguma época para se "pensar fora da caixa", essa época é esta em que vivemos. Há seis ou sete centenas de anos, a humanidade começou a separar-se de Deus, em um processo escolhido livremente por ela, e no qual Deus não interveio para interromper – como Ele poderia facilmente ter feito –, já que não deu a nós, homens, o nosso livre-arbítrio para em seguida retirá-lo. Demais disso, se Ele está agora permitindo que esse processo esteja alcançando em nosso tempo a sua conclusão lógica, deve estar esperando que com o aprofundamento da crise e o aumento das pressões, mais e mais almas estejam sendo levadas a “pensar fora da caixa" de seu materialismo, e assim, por fazê-lo, retomando o caminho para o Céu.

Agora, como os próximos anos se desdobrarão, permanece segredo de Deus, especialmente Seu calendário. Contudo, parece altamente provável que as áreas suburbanas e urbanas onde a maioria de nós vive serão seriamente desestabilizadas, em primeiro lugar porque essas áreas estão largamente imersas no materialismo e vivendo alegremente sem Deus, que deve fazer cair a Sua ira; e em segundo lugar, porque estão tão intrinsecamente instáveis, que são artificiais, e separadas da natureza, dependendo mais e mais do frágil sistema de supermercados para o sustento e para a sobrevivência, da insuficiente força policial para a manutenção de toda paz e ordem, dos vulneráveis satélites de Internet para sua informação e comunicações, dos bancos corruptos para manter os tetos sobre suas cabeças. 

De fato, somente quando a crise realmente se abater, teremos verdadeiramente percebido quão frágil era nosso ambiente, que parecia tão natural como a própria natureza. Por conseguinte, para a subsistência e a sobrevivência certamente faz sentido estocar comida e água; para a informação e a orientação, ter em mãos um rádio que funcione com bateria (com as baterias); para a lei e a ordem, dispor de alguns meios físicos para a autodefesa e estabelecer contato com vizinhos mais próximos, por pouco que se possa tê-los escolhido, porque os amigos na necessidade são amigos de verdade; e para o teto sobre a cabeça, fazer tudo o que puder, e o mais breve possível, para sair das dívidas e das garras dos banqueiros, ainda que seja tarde para isso.

Um leitor católico vai além e sugere que os católicos em uma mesma área se agrupem para estabelecer refúgios católicos, tanto materiais como espirituais, invisíveis como tais desde fora, mas nos quais a alegria da Fé reinará internamente. Esse parece um pensamento estranho. É certamente “fora da caixa”. Exigiria que alguns católicos vivessem próximos de outros, e que compartilhassem o mesmo senso de urgência em relação aos eventos iminentes; mas é uma ideia que com o tempo poderia ser realizada. Além disso, algum ‘estudante’ poderia fazer bom uso de seu tempo na ‘universidade’ escrevendo uma tese sobre como os católicos mantiveram a Fé sob a brutal repressão comunista. O Globalismo não é ainda fisicamente brutal, mas isto pode torná-lo ainda mais perigoso para as almas.

E finalmente, um sacerdote dá umas poucas sugestões clássicas de meios espirituais para suprir as necessidades espirituais de hoje, que são suficientemente urgentes, mesmo sem os graves eventos que são iminentes. Os quinze mistérios do Rosário todos os dias têm a garantia do Céu para sua eficácia. Um jejum de vinte e quatro horas com pão e água pode até mesmo obter milagres. Uma obra de misericórdia corporal, por exemplo, esmolas reais para um mendigo real (mais difícil que escrever um cheque) faz descer a graça, tal como uma obra de misericórdia espiritual, como dar um folheto católico ou uma Medalha Milagrosa para não católicos. A abstinência total da Internet por um ou vários dias pode pôr um freio nos hábitos de perda de tempo, e pode deixar meia hora disponível para meditar na Paixão de Nosso Senhor, que está apenas esperando e ansiando que façamos bom proveito de tudo o que Ele sofreu.


Kyrie eleison.

segunda-feira, agosto 17, 2015

Comentários Eleison: Alquimia dos Artistas

Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXXII (422) - (15 de agosto de 2015):  

ALQUIMIA DOS ARTISTAS


Pensar que dois e dois são quatro, 
E não cinco nem três,
O coração do homem tem sido há muito tempo ferido,
E por muito tempo permanecerá assim. 
(A.E. Housman, 1859-1936.)

Uma leitora destes “Comentários” repassou-me em maio um vídeo na Internet (encontrado aqui), que disse estar na época circulando amplamente pelo Facebook e exercendo "uma grande influência sobre as pessoas”. O vídeo mostra um bem conhecido artista negro americano, Will Smith, sendo entrevistado sobre "Progressive Thought Patterns [Padrões Progressivos de Pensamento]", que é um pomposo título para um divertido monte de bobagens. Mas então, quem nunca recorreu ao Facebook ou aos ídolos do entretenimento para ouvir coisas que façam sentido? É interessante para os católicos ver como exatamente o mesmo absurdo kantiano que tem devastado a Igreja (ver a Pascendi como a chave do Vaticano II) tomando também as ruas, espalhando-se entre as pessoas comuns que não têm o mínimo conhecimento de Kant ou da Pascendi. Eis o que Will Smith disse ao entrevistador (com uns poucos comentários inseridos em itálico):

"Eu não quero ser um ídolo (o que ele certamente é, por ter sido altamente bem sucedido em Hollywood), eu quero ser uma ideia, entende? Eu quero representar uma ideia. Eu quero representar possibilidades. Quero representar magia. É isso. Você está em um universo, em que dois e dois são quatro. Mas dois mais dois é igual a quatro apenas se você aceita que dois mais dois seja igual a quatro. Dois mais dois será o que eu quiser que seja, entende? E há um poder redentor (observe essa palavra – então, o que seria Redenção?) ao se fazer uma escolha, entende? Como quando você sente que você é um efeito (talvez ele tenha querido dizer "causa") de todas as coisas que estão acontecendo. Faça uma escolha, como decidir o que você será, quem você será, como você fará isto. Apenas decida, e então desde esse instante o universo se moverá do seu jeito. É como a água, ela quer-se mover, circular, e outras coisas, entende? Então, em relação a mim, eu quero representar possibilidades. Quero representar a ideia de que você pode realmente fazer o que você quiser.

“Um de meus livros favoritos é O Alquimista de Paulo Coelho, e eu realmente acredito nisso. Eu acredito que posso criar qualquer coisa que eu quiser criar. Se eu puder pôr minha cabeça nisso, estudar e aprender os padrões (...), eu sinto muito fortemente que nós somos aquilo que nós escolhemos ser. Eu me considero um alquimista. Um alquimista é basicamente um químico místico, certo? E uma das grandes coisas que um alquimista costuma fazer é pegar chumbo, pegar um pedaço de chumbo, e fazer o chumbo transformar-se em ouro. Então eu a conecto (minha ideia, presumivelmente) simbolicamente à capacidade de transformar chumbo em ouro. Minha avó costumava dizer: 'A vida dá a você um limão, então vai em frente e faz uma limonada’ (eis aqui o bom e velho senso comum de duas gerações atrás. Não para Will Smith). Para mim isso é alquimia. Esse é o mesmo conceito por trás d’O Alquimista”.

O que está logo acima reproduz as próprias palavras de Will Smith, não para zombarmos dele, mas para mostrar Kant agindo nas pessoas comuns, que estão longe de ser leitoras de Kant. Notem que Will Smith não é completamente desprovido de senso comum. Se a palavra “alquimia” realmente significa fazer limonada com limões, então ela respeita a realidade. Mas se a palavra se aplica a fazer ouro a partir de chumbo, como também é o caso, então está sendo empregada para um sonho, que tem sido sonhado ao longo dos séculos e representa um escape da realidade, ou pior, a recusa da realidade natural, e mesmo o recurso ao auxílio de demônios para fazer-se uma distorção preternatural dela.

Pois bem, Will Smith é um artista, e seu vídeo é bastante divertido, então nada ali nos obriga a levar a sério qualquer coisa que ele diga. Mas justo recentemente um matemático profissional no auge de sua profissão falou-me do desprezo pela realidade objetiva que observa entre seus colegas. O verdadeiro problema vai muito além de um mero entretenimento.
                                                                                                                            

Kyrie eleison.

sábado, janeiro 11, 2014

Comentários Eleison: Bom Senso Sírio


Comentários Eleison – por Dom Williamson
CCCXXXIX (339) - (11 de janeiro de 2014): 


BOM SENSO SÍRIO

Um notável resumo de cunho político sobre como e por que o mundo vem atualmente afundando tanto no erro é apresentado no YouTube pela “Syrian Girl Partisan”. Ela é uma jovem patriota síria que dá oito razões pelas quais a Nova Ordem Mundial odeia a Síria e está fazendo tudo o que pode para derrubar o atual governo sírio e substituí-lo pelos fantoches da NOM. Tampouco os católicos devem permitir que a propaganda e as mentiras ocidentais envenenem suas mentes, e nem devem dizer que a política nada tem que ver com a religião. A NOM é comandada pelo sonho louco de eliminar completamente o Reinado Social de Cristo Rei junto à ordem mundial natural de Deus. Aqui estão as razões da Syrian Girl:

1. O Banco Central da Síria pertence e é controlado pelo Estado, de modo a servir à economia nacional e ao povo sírio, ao invés de enriquecer os banqueiros internacionais das nações ocidentais e de Israel, os quais impõem sobre quase todas as nações do mundo empréstimos usurários que geram crises de débitos artificiais pelos quais essas nações são, com efeito, escravizadas.

2. A Síria não deve ao Fundo Monetário Internacional. O FMI atua como a polícia de cobrança dos banqueiros internacionais. Qualquer nação sábia se mantém longe das garras do FMI, que é o que a Síria tem conseguido fazer, mas os banqueiros não estão nada felizes com tal sabedoria.

3. A Síria baniu as sementes geneticamente modificadas, ou “Frankenfood”, porque Bashar Assad quer proteger a saúde de seu povo. “Frankenfood” quer dizer comida controlada como meio de controle populacional. Obviamente a NOM favorece a “Frankenfood” (os EUA a impuseram ao Iraque conquistado).

4. A população da Síria está bem informada sobre a NOM, cuja dominação dos fantoches políticos do mundo por seus think-tanks e sociedades secretas é discutida abertamente na mídia e nas universidades sírias. Tal transparência é anátema para a NOM, que deve manter suas operações na escuridão.

5. A Síria possui imensas reservas de petróleo e de gás, e está trabalhando para explorá-las independentemente das gigantes companhias ocidentais de petróleo, como a Shell e a Texaco. A NOM adora o petróleo, mas odeia a independência do petróleo.

6. A Síria claramente e inequivocamente se opõe ao sionismo e a Israel. Em anos recentes, mesmo a base da mídia ocidental tem reagido à virtual transformação da Palestina por Israel em um mega-Auschwitz. A Síria denuncia o brutal apartheid de Israel. Obviamente os lobbies judeus ao redor do mundo se unirão para usar toda a sua influência visando a colocar um fim em uma tão firme oposição aos seus companheiros judeus em Israel.

7. A Síria é um dos últimos estados muçulmanos laicos no Oriente Médio, e se recusa a reconhecer qualquer superioridade daquele povo, que continua reclamando ser o povo escolhido de Deus (mesmo 2.000 anos depois de a Encarnação de Deus, Jesus Cristo, ter deixado de escolher seu Povo pela raça e passado a escolher pela fé – Rm 3, Rm 4 etc.). Os mesmos lobbies punirão qualquer rechaço à sua superioridade religiosa e racial.      

8. A Síria orgulhosamente mantém e protege sua identidade nacional política e cultural, ao passo que a NOM pretende dissolver todas as nações (exceto uma) em uma única massa conglomerada de povo-gado para receber o Anticristo.

            Assistam aos nove minutos do vídeo original da “Syrian Girl Partisan” no YouTube, ou leiam o excelente resumo de um comentarista argentino em:actualidad.rt.com/experts/Salbuchi (estes “Comentários Eleison” se inspiram fortemente no texto de Adrian Salbuchi). Independente de quais sejam os defeitos das nações muçulmanas, como não notar o quanto mais elas estão fazendo para resistir à Nova Ordem Mundial sem Deus do que as corruptas e decadentes nações ocidentais?

Kyrie eleison.