Comentários Eleison CDLXIX (469), 9 de
julho de 2016
– BREXIT – SÉRIO?
Por Dom
Richard Nelson Williamson
Tradução:
Cristoph Klug
O
Brexit nos lembra mais uma vez –
Edificar
sem Deus é insensatez.
Muitos leitores
destes “Comentários” devem estar supondo que, como um inglês a quem nada agrada
a Nova Ordem Mundial, devo estar em regozijos sobre o resultado do plebiscito
recente do povo britânico, que ainda que por uma margem relativamente pequena decidiu
deixar a União Europeia quase-comunista. Desgraçadamente, devo admitir que tudo
o que aprendi durante as últimas décadas sobre a NOM faz-me duvidar de que a
aparente saída da Grã-Bretanha finalmente culminará em uma reafirmação do que
alguma vez foi o melhor na Grã-Bretanha. Atravessando o Atlântico, da mesma
forma, poderia gostar de Trump e odiar Hillary, mas seguramente os dois foram
colocados juntos para teatralizar para nós um show de marionetes Colombina e
Arlequim.
Tomem, por exemplo,
concernente ao Brexit, o artigo de 24 de junho de um americano de alto nível
que diz a verdade, Paul Craig Roberts (ver paulcraigroberts.org), sobre por que
“Apesar do voto, as probabilidades estão contra o Reino Unido em deixar a União
Europeia”. Ele escreve: “O povo britânico não deveria ser tão cândido ao ponto
de pensar que o voto resolve a questão. A luta apenas começou”. Ele adverte o
povo britânico a esperar que: seu governo se volte para eles e lhes diga que a
União Europeia está oferecendo um melhor tratamento, então fiquemos; que a
Reserva Federal, o Banco Central Europeu, o Banco do Japão e os Fundos
especulativos de Nova York golpeiem a libra esterlina como prova de que o voto
Brexit está ruindo a economia britânica (esse golpe já ocorreu); que o voto
Brexit seja mostrado como tendo debilitado a Europa frente à “agressão russa”
(agressão que é uma fabricação da NOM); que os líderes do Brexit sejam pressionados
para alcançar um compromisso com a União Europeia; etc. E Robert diz que os
leitores podem imaginar por si mesmos muito mais de tais probabilidades, recordando-os
como a Irlanda votou contra a Europa há anos até que foi pressionada a votar a
favor.
Contudo, em
henrymakow.com/2016/06/ brexit-what-is-the-globalist-game, há outro artigo que
em minha opinião aprofunda ainda mais, porque Henry Makow vai mais além por trás
do show de Colombina e Arlequim. Makow tem a vantagem de ser o que os
globalistas sem dúvida chamam “antissemita”, ou melhor, um “detestador de
judeus” porque Makow mesmo é um judeu. Verdadeiramente, somente aqueles aliados
ao Messias, o Cristo, podem avaliar corretamente o Anticristo.
A tese do artigo é
que “os favoráveis ao Brexit lamentavam como o Establishment se alinhou contra
si mesmo, sendo que, na realidade, o contrário é que é verdade”. Para provar
essa tese o artigo nomeia em sua causa numerosos políticos britânicos,
tanto Conservadores como Trabalhistas, que são mais ou menos fervorosos
globalistas e que fizeram campanha a favor do Brexit (deve ser fácil conferir
os nomes para quem quer que o queira). Do mesmo modo, em relação aos veículos
de mídia britânicos, o artigo elenca numerosas revistas e jornalistas que
normalmente promovem o globalismo, e que fizeram campanhas favoráveis ao Brexit.
Então, o que foi o Brexit? O artigo dá crédito a Putin por estar muito mais
perto da verdade ao ter sugerido que foi para “chantagear” a Europa a fim de estabelecer
melhores termos com o Reino Unido. O artigo vai mais além: o Brexit foi pensado
para forçar a Europa a “render-se completamente aos Sionistas Anglo-Americanos,
belicistas e privatizadores corporativos”, e o artigo conclui que o Brexit não
foi “com toda a certeza, um triunfo contra o globalismo”. E o mesmo Makow
acrescenta: “Evidentemente os poderes estabelecidos decidiram que a Inglaterra
fora da Europa, mais que dentro dela, pode ser um instrumento mais efetivo da tirania
mundial do banco central maçônico”.
Talvez essas
especulações (mas não o nível delas) não sejam corretas, mas o que é mais certo
é: de que valem a Europa ou o Reino Unido sem Deus? Construir sem Ele é
construir em vão, diz o Salmista. Por outro lado, quem em todo esse debate
menciona sequer uma vez Seu nome? Se o Brexit pudesse chegar a ser algo
verdadeiramente positivo, precisaria de um líder com visão. Sem Deus, de onde
proviria ele?
Kyrie eleison.