segunda-feira, julho 18, 2016

Comentários Eleison: Brexit, sério?

Comentários Eleison CDLXIX (469), 9 de julho de 2016 

– BREXIT – SÉRIO?

Por Dom Richard Nelson Williamson
Tradução: Cristoph Klug

O Brexit nos lembra mais uma vez ­– 
Edificar sem Deus é insensatez. 

Muitos leitores destes “Comentários” devem estar supondo que, como um inglês a quem nada agrada a Nova Ordem Mundial, devo estar em regozijos sobre o resultado do plebiscito recente do povo britânico, que ainda que por uma margem relativamente pequena decidiu deixar a União Europeia quase-comunista. Desgraçadamente, devo admitir que tudo o que aprendi durante as últimas décadas sobre a NOM faz-me duvidar de que a aparente saída da Grã-Bretanha finalmente culminará em uma reafirmação do que alguma vez foi o melhor na Grã-Bretanha. Atravessando o Atlântico, da mesma forma, poderia gostar de Trump e odiar Hillary, mas seguramente os dois foram colocados juntos para teatralizar para nós um show de marionetes Colombina e Arlequim. 

Tomem, por exemplo, concernente ao Brexit, o artigo de 24 de junho de um americano de alto nível que diz a verdade, Paul Craig Roberts (ver paulcraigroberts.org), sobre por que “Apesar do voto, as probabilidades estão contra o Reino Unido em deixar a União Europeia”. Ele escreve: “O povo britânico não deveria ser tão cândido ao ponto de pensar que o voto resolve a questão. A luta apenas começou”. Ele adverte o povo britânico a esperar que: seu governo se volte para eles e lhes diga que a União Europeia está oferecendo um melhor tratamento, então fiquemos; que a Reserva Federal, o Banco Central Europeu, o Banco do Japão e os Fundos especulativos de Nova York golpeiem a libra esterlina como prova de que o voto Brexit está ruindo a economia britânica (esse golpe já ocorreu); que o voto Brexit seja mostrado como tendo debilitado a Europa frente à “agressão russa” (agressão que é uma fabricação da NOM); que os líderes do Brexit sejam pressionados para alcançar um compromisso com a União Europeia; etc. E Robert diz que os leitores podem imaginar por si mesmos muito mais de tais probabilidades, recordando-os como a Irlanda votou contra a Europa há anos até que foi pressionada a votar a favor. 

Contudo, em henrymakow.com/2016/06/ brexit-what-is-the-globalist-game, há outro artigo que em minha opinião aprofunda ainda mais, porque Henry Makow vai mais além por trás do show de Colombina e Arlequim. Makow tem a vantagem de ser o que os globalistas sem dúvida chamam “antissemita”, ou melhor, um “detestador de judeus” porque Makow mesmo é um judeu. Verdadeiramente, somente aqueles aliados ao Messias, o Cristo, podem avaliar corretamente o Anticristo. 

A tese do artigo é que “os favoráveis ao Brexit lamentavam como o Establishment se alinhou contra si mesmo, sendo que, na realidade, o contrário é que é verdade”. Para provar essa tese o artigo nomeia em sua causa numerosos políticos britânicos, tanto Conservadores como Trabalhistas, que são mais ou menos fervorosos globalistas e que fizeram campanha a favor do Brexit (deve ser fácil conferir os nomes para quem quer que o queira). Do mesmo modo, em relação aos veículos de mídia britânicos, o artigo elenca numerosas revistas e jornalistas que normalmente promovem o globalismo, e que fizeram campanhas favoráveis ao Brexit. Então, o que foi o Brexit? O artigo dá crédito a Putin por estar muito mais perto da verdade ao ter sugerido que foi para “chantagear” a Europa a fim de estabelecer melhores termos com o Reino Unido. O artigo vai mais além: o Brexit foi pensado para forçar a Europa a “render-se completamente aos Sionistas Anglo-Americanos, belicistas e privatizadores corporativos”, e o artigo conclui que o Brexit não foi “com toda a certeza, um triunfo contra o globalismo”. E o mesmo Makow acrescenta: “Evidentemente os poderes estabelecidos decidiram que a Inglaterra fora da Europa, mais que dentro dela, pode ser um instrumento mais efetivo da tirania mundial do banco central maçônico”. 

Talvez essas especulações (mas não o nível delas) não sejam corretas, mas o que é mais certo é: de que valem a Europa ou o Reino Unido sem Deus? Construir sem Ele é construir em vão, diz o Salmista. Por outro lado, quem em todo esse debate menciona sequer uma vez Seu nome? Se o Brexit pudesse chegar a ser algo verdadeiramente positivo, precisaria de um líder com visão. Sem Deus, de onde proviria ele? 


Kyrie eleison.