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Eleison – por Dom Williamson
Número DCXII
(612) - (6 de abril de 2019):
CONVITE RETIRADO
Ó Lobo Mau, que
dentes adoráveis!
Ó Não! Ó Não! Tenho
medo do que está por baixo!
O Bispo Vitus
Huonder, ainda Bispo da grande diocese de Chur, no leste da Suíça, que inclui
Zurique, no fim das contas não residirá na escola para meninos da Fraternidade Sacerdotal
São Pio X, em Wangs, quando aposentar-se no final deste mês. Em janeiro, seu
porta-voz diocesano havia anunciado que o Bispo estava-se mudando para a escola
em nome da Congregação para a Doutrina da Fé, para manter o contato entre Roma
e a Fraternidade; mas, no mês passado, o próprio Bispo anunciou que depois de
tudo não estaria mais retirando-se para a escola da Fraternidade em Wangs. E assim
cancelou-se o encontro amigável entre o Bispo romano e a escola da Fraternidade.
Foi Roma ou a Fraternidade que se arrependeu no último momento, ou ambas o
fizeram? Nós não sabemos. E não tem importância. O que importa é ver claramente
o interminável conflito entre a realidade de Deus e os falsos sonhos dos homens,
para preferir a realidade de Deus.
Neste caso, a
realidade de Deus é que Sua Igreja Católica e a revolução conciliar dos
eclesiásticos nunca podem-se misturar, enquanto que o sonho dos clérigos é que
elas podem. Mas Deus coloca Deus na frente dos homens, enquanto o Concílio
Vaticano II (1962-1965) coloca os homens na frente de Deus. As duas posições
são tão irreconciliáveis como Jesus Cristo e Satanás. Desde a eternidade, Nosso
Senhor, a própria Bondade, só pode rechaçar o mal. Desde que Satanás caiu logo
após a sua criação, ele foi fixado no mal, e só pode odiar Deus e Seu divino
Filho, e a verdadeira Igreja de Seu Filho. E os homens estão divididos entre as
duas desde a concepção até a morte, porque recebem de Deus sua natureza humana
básica e possivelmente a graça santificante que os inclinam para Deus, enquanto
desde a queda de Adão sua natureza está ferida pelo pecado original que os
inclinam para Satanás e para o mal. Nenhum homem vivo pode evitar esse
conflito. Ou ele avança no bem e se torna menos mal, ou se retira da bondade
afundando-se no mal.
Portanto, se o
Bispo Huonder, Bispo Conciliar, tivesse se mudado para a escola católica
tradicional em Wangs, uma das duas coisas teria acontecido: ou ele conseguiria fazer
com que a escola se tornasse menos tradicional, ou a escola conseguiria
torná-lo mais católico. E assim, se sua residência em Wangs foi cancelada, ou o
foi porque Roma temia que ele se tornasse mais católico, o que não é provável,
porque o Bispo Huonder é um típico cruzado da Neogreja de Roma, ou porque a
Neofraternidade mudou de ideia e, em vez de instalar o lobo Conciliar em seu
aprisco em Wangs, decidiu excluí-lo, após sua decisão anterior de instalá-lo.
Por que a mudança de opinião?
Há duas
explicações possíveis. Ou antes por virtude a Neofraternidade pelo menos
por um momento parou de sonhar com lobos sendo bons, ou por necessidade ela
se viu forçada por duas revelações extras da natureza do lobo a retardar as
boas-vindas a este. Por um lado, vieram à luz detalhes de uma discreta reunião
realizada em abril, quatro anos atrás, em Oberriet, na Suíça, entre o Bispo
Huonder e os Bispos Fellay e Galarreta com mais cinco padres da FSSPX, para
discutir o ecumenismo do Vaticano II. O BpH começou com uma posição que pode-se
resumir como “acordo primeiro, doutrina depois”, o que é típico de um conciliarista.
Os Bispos e padres da FSSPX responderam posicionando a doutrina católica sobre
o ecumenismo, de uma maneira digna do Arcebispo Lefebvre. O BpH concluiu com a
promessa de levar a Roma as objeções da FSSPX sobre o ecumenismo conciliar. Mas
os romanos conhecem essas objeções com a palma da mão: em resumo, os argumentos
de BpH mostram que ele foi um servo fiel da Roma conciliar. Por outro lado,
também vieram à luz detalhes do extenso trabalho do BpH na Neoigreja,
especialmente a partir de 2011, em nome da amizade oficial entre a Igreja
Católica e os judeus. Mais uma vez trata-se de um ato típico de um conciliarista,
inocente ou intencionalmente ignorante de quase dois mil anos de ódio judaico
constante – e orgulhoso – pela Igreja.
Então, essas
duas revelações mostraram que BpH estava imbuído do espírito do Concílio, e
seria um residente potencialmente perigoso de uma casa da FSSPX. A verdadeira
Fraternidade não o convidaria novamente. Mas a Neofraternidade corre o risco de
esperar até que os tradicionalistas se façam brandos o suficiente para aceitar esse
conciliarismo no meio deles.
Kyrie eleison.
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