Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXCV (495) - (7 de janeiro de 2017):
CDXCV (495) - (7 de janeiro de 2017):
" GUERRA" VATICANA
Para o
Vaticano Segundo os católicos acordarão?
Certamente
antes tarde do que nunca o farão!
Na crise hodierna da Igreja, de uma gravidade sem
precedentes em sua história, é muito importante que os católicos deem a devida
importância tanto ao movimento tradicional como à Igreja Católica
fora do movimento tradicional. A Tradição em seu sentido mais amplo, ou seja,
tudo o que Nosso Senhor confiou à Sua Igreja para que fosse transmitido (tradendum em latim) até o fim do mundo,
é indispensável para a Igreja, e o movimento tradicional tem desempenhado um
papel indispensável em preservar a doutrina tradicional e os sacramentos da
destruição pela Revolução Conciliar durante o último meio século. Mas para
sobreviver, o movimento tradicional teve de se colocar fora da estrutura
eclesiástica normal da Igreja, e essa estrutura é parte em alto grau da
Tradição – “Pedro, apascenta minhas ovelhas” (Jo XXI, 17). Portanto, por mais
profunda que seja a corrupção conciliar em Roma, os católicos ainda devem olhar
para Roma.
Daí o interesse do seguinte relatório do interior de
Roma pelo fundador e diretor de uma publicação americana do Novus Ordo, LifeSiteNews. Steve Jalsevac visita Roma
normalmente duas vezes por ano com colegas para conversar com todos os tipos de
contatos em Roma, para melhor poder avaliar como a situação na Igreja está se
desenvolvendo. De sua visita da segunda metade de novembro, ele publicou em 16
de dezembro um relatório “profundamente preocupante” de suas impressões sobre a
situação hoje em Roma. Seguem os extratos:
“Nossa
visita a Roma de 16 a 23 de novembro foi a mais dramática de muitas dessas
viagens a trabalho que fizemos duas vezes por ano durante os últimos 10 anos.
Após encontrarmo-nos com cardeais, bispos e outros funcionários da agência
vaticana e do dicastério, nosso novo repórter em Roma John-Henry Western, Jan
Bentz e eu percebemos um padrão consistente de ansiedade generalizada e medo
muito real entre os fiéis servos da Igreja. Nunca havíamos encontrado isso antes.
Muitos tinham medo de ser removidos de suas posições, despedidos de seus
empregos nas agências do Vaticano ou enfrentar severas reprimendas públicas ou
privadas e acusações pessoais daqueles que cercavam o Papa ou mesmo do próprio
Francisco. Eles também estão temerosos e ansiosos sobre o grande dano que está
sendo causado à Igreja e estando impotentes para ajudar a detê-lo.
“...As
universidades católicas em Roma são vigiadas e as aulas dos professores são
supervisionadas para garantir que estejam de acordo com a interpretação liberal
de Amoris Laetitia. Reportam-se Clérigos
aos Superiores se se os ouvem expressando preocupações sobre o Papa Francisco.
Muitos têm medo de falar abertamente, embora no passado estivessem sempre muito
dispostos a fazê-lo. Repórteres do Vaticano disseram-nos que foram advertidos
inúmeras vezes para que não reportassem as dubia (as questões levantadas
pelo Cardeal Burke e outros três Cardeais quanto à doutrina contida em Amoris Laetitia). Tenho ouvido relatos de
que o Vaticano é como um Estado ocupado. Certas fontes com quem conversei têm
um medo de que as comunicações com as autoridades do Vaticano estejam sendo
monitoradas; algumas têm relatado até mesmo anomalias suspeitas em suas
conversas telefônicas nas quais, quando uma chamada caía, o áudio dos últimos
momentos de sua conversa retornava, e outra vez, em um loop, como se eles
estivessem ouvindo uma gravação. Alguns indivíduos que trabalham dentro do
Vaticano estão aconselhando os seus contatos no exterior para que não
compartilhem informações confidenciais via e-mail ou de seus celulares a partir
do Vaticano.
“Temos
que saber para onde tudo isso está indo. É preocupante, profundamente preocupante.
A frase comum que ouvimos naquela semana em Roma é que há uma “guerra” na
Igreja – uma guerra dos progressistas do “Espírito do Vaticano II” contra os católicos
ortodoxos. Uma pessoa após outra usou alarmantemente a palavra “guerra”. Nunca
havia experimentado nada assim em minha vida, e estou certo de que a maioria dos
leitores regulares do LifeSiteNews, se
não todos, pode dizer a mesma coisa”.
Os Tradicionalistas podem dizer que os quatro Cardeais
e o Sr. Jalsevac são vítimas do Vaticano II, acordando um pouco tarde, mas que
ninguém diga que eles não querem ou não pretendem ser católicos. A Igreja só
será curada quando a verdadeira Doutrina e a verdadeira Hierarquia se reunirem
novamente; então, que os tradicionalistas rezarem urgentemente por essas almas que
despertam para a guerra conciliar. Que Deus dê a eles luz e força.
Kyrie eleison.
*Tradução de Cristoph Klug