domingo, janeiro 01, 2017

Comentários Eleison: Quinze Países

Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXCIV (494) - (31 de dezembro de 2016): 


 QUINZE PAÍSES

A “Resistência"? Ainda uma dispersão de sementes,
Mas assim têm início os mais poderosos feitos.

O último dia do ano pode ser um bom momento para fazer um levantamento da batalha pela Fé Católica em 15 países diferentes visitados no decorrer do ano-calendário de 2016 pelo autor destes "Comentários". É uma batalha que está sendo travada em condições muito difíceis, porque é claro que a Igreja Católica depende, como qualquer organização, de sua cabeça, e o Papa Francisco deu durante todo o ano a impressão de querer destruir a Igreja tal como ela tem sido por 2.000 anos, e substituí-la com qualquer coisa que agradará às multidões modernas, o que implica a mídia, o que significa os inimigos de Deus. Verdadeiramente "o Pastor está ferido e as ovelhas estão dispersas", o que inclui a Fraternidade Sacerdotal São Pio X; mas vamos dizer melhor como em todo o mundo Deus está levantando os filhos de Abraão das pedras (Mt 3, 9) – e se estes se calassem, as próprias pedras teriam de gritar (Lc 19, 40).

Na Índia, um sacerdote e um seminarista, hoje sacerdote, que pertenciam anteriormente à Fraternidade mantêm atualmente o único priorado e paróquia da Resistência em todo o subcontinente. Que Deus esteja com eles. No Brasil, parece que a consagração episcopal de Dom Tomás de Aquino fortaleceu a defesa da Fé em torno de seu mosteiro. Graças a Deus. O México sempre foi forte na Fé, e agora é a base do excelente site em espanhol, Non Possumus. Na Suíça, um pequeno grupo de leigos está feliz à sombra de Écône por aprender algumas coisas que já não são tão firmemente ensinadas no Seminário de lá, como quando Dom Lefebvre deu tanto a tantos de nós. Nos Estados Unidos, onde a Fraternidade conseguiu replantar a doutrina antiliberal da Igreja em todo o continente, o liberalismo está recuperando terreno perdido, graças à desastrosa mudança de direção da Fraternidade desde a morte do Arcebispo. No entanto, os sacerdotes dos Estados Unidos ainda não deram a última palavra, e o Pe. Zendejas, que era um deles, está bravamente reconstruindo no meio deles.

Outros dois ex-sacerdotes da Fraternidade, o Pe. Chazal e o Pe. Picot, percorrem todo o Extremo Oriente e descem até a Austrália e a Nova Zelândia. Na Coreia, mantém-se uma capela da Resistência na capital, Seul, por uma corajosa médica. No Japão, os católicos foram dizimados pela Segunda Guerra Mundial, pelo Vaticano II e agora pelo deslize da Fraternidade, mas permanecem alguns poucos contatos da Resistência, incluindo um veterano sacerdote japonês. Por outro lado, no país mais católico da Ásia, as Filipinas, o Pe. Chazal tem dezenas de centros de Missa e um seminário que se tornará mais fácil de servir com a recente ordenação sacerdotal do Pe. John, um filipino nativo.

De volta à Europa, a Irlanda tem um novo priorado da Resistência perto de Cork, no sul, e a Polônia tem um grupo de católicos acordando para o perigoso deslize da Fraternidade em direção a Roma, mas eles têm por enquanto apenas um padre polonês idoso. Paciência. Na República Checa há um grupo paralelo de católicos ardentes buscando conversões sacerdotais para a Tradição na Igreja oficial. Sua fé é forte. Na Bélgica há também um grupo forte em uma cidade provinciana que se volta para um bom sacerdote que há muitos anos deixou atrás dele um legado de convicção e piedade católicas. Na Alemanha, a Resistência está demorando a tomar forma devido à obediência instintiva dos alemães à autoridade, mas há agitação. Na Itália também a Resistência é lenta, porque o conservadorismo dos católicos amenizou a Revolução Conciliar em comparação com a forma como ela arrasou em alguns países, mas o Papa Francisco pode mudar tudo isso!

E por último, mas não menos importante, há a França, que é sempre uma líder na Igreja, para o bem ou para o mal (por exemplo, o Arcebispo Lefebvre ou Teilhard de Chardin). Os sacerdotes franceses sempre predominaram dentro da Fraternidade, e agora eles estão predominando na Resistência, e centenas de leigos franceses vêm a conferências regulares sobre as clássicas Encíclicas antiliberais dos Papas pré-Conciliares. Mas a França como um país está no momento se desintegrando, porque os católicos não têm um verdadeiro Papa para uni-los, e os cidadãos não querem que nenhum rei católico os reúna à causa de Deus. Porém, tenhamos paciência, porque Deus levantará a França novamente, e Ele nos levantará com ela.


Kyrie eleison.