Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DXXXI (531) (17 de setembro de 2017)
VERDADE HISTÓRICA – I
A verdade deve ser amada, mas
depois pela razão reconhecida,
E então, a tempo e fora de tempo,
deve ser defendida.
A Escritura
diz (2 Tess. 2, 9-10 da tradução da Vulgata pelo Pe. Matos Soares) que a vinda
do Anticristo "é por obra de Satanás... e com todas as seduções da
iniquidade para aqueles que se perdem, porque (por sua culpa) não abraçaram o
amor da verdade para serem salvos. Por isso Deus lhes enviará o artifício do
erro, de tal modo que creiam na mentira, para que sejam condenados todos os que
não deram crédito à verdade, mas se comprazeram na iniquidade”. Cada palavra
precisa ser pesada.
Para o fim do
mundo, do qual seguramente se pode dizer que deve incluir o século XXI, o
malvado Anticristo enganará as almas que se dirigem para o Inferno, e elas
estão indo para o Inferno porque não aceitam o amor da verdade como o aceitariam
se se dirigissem para o céu. Porque elas não amaram a verdade, Deus as
punirá com a operação do erro, com o resultado de que elas acreditarão
em uma série de mentiras. Deste modo, todos os que atrairão o juízo sobre si
mesmos, em vez de amarem, buscar, encontrar a verdade e crer nela, concordaram
em participar do mundo perverso de mentiras fabricado pelo Anticristo e por seus
agentes (que podem ser chamados de "anticristos" com "a"
minúsculo), para povoar o inferno.
Observem como
a condenação generalizada dos últimos tempos não começa com a recusa da verdade,
mas com a recusa do amor à verdade. No mundo de mentiras fabricado pelos
políticos e meios de comunicação de hoje, uma "operação de erro", como
nunca antes, é tal que eu posso percebê-la como se nem sequer houvesse verdade
por recusar, mas se eu me recuso a desesperar e se com um coração reto eu faço
uma busca a essa verdade que eu sei não estar ao meu redor, Deus se assegurará
de que eu a encontre (Mt. 7, 7-8). Por outro lado, se eu conheço uma verdade
importante e a desconsidero, Deus não estará comigo. A seguir, um exemplo que
poderia vir hoje de qualquer lugar do mundo ocidental.
Faleceu
recentemente um advogado francês, Bernard Jouanneau, quem durante anos serviu à
LICRA para processar nos tribunais franceses o professor Robert Faurisson por
negar a verdade histórica das câmaras de gás da Segunda Guerra Mundial, pelas
quais se considera de maneira generalizada que perderam a vida seis milhões de
judeus (LICRA é a Liga contra o Racismo e o Antissemitismo que processou Dom
Lefebvre por atrever-se, no final da década de 1980, a sugerir que os
muçulmanos retornassem aos seus próprios países). Em uma entrevista concedida ao
jornal católico francês "La Croix" de 23 de setembro de 1987,
Jouanneau disse: "Se as câmaras de gás existiram, então a barbaridade dos
nazistas foi inigualável. Se não existiram, então os judeus mentiram, e o antissemitismo
estaria justificado. É isto o que está em jogo no debate das câmaras de gás".
A avaliação de
Jouanneau é completamente correta, exceto pelo fato de que o que está em jogo é
muito mais do que somente a política, pois a "holocaustianidade" é a
coisa mais próxima de uma religião que muitas almas têm hoje. Auschwitz
substitui o Calvário, as câmaras de gás servem de Cruz, e os Seis Milhões de
judeus tomam o lugar do Redentor; em outras palavras, são Deus. E essa
"holocaustianidade" é a coisa mais próxima de uma religião de Estado
de muitos Estados modernos ocidentais. Portanto, seria de esperar que Estados e
indivíduos modernos se interessassem seriamente pela verdade das câmaras de gás,
que são o coração da "holocaustianidade". Mas o que se encontra? Um
grande número desses Estados tem aprovado leis para proibir o questionamento da
versão oficial das câmaras de gás. Mas desde quando leis fazem ou desfazem a
verdade? Tais leis põem a própria lei em descrédito!
Aqui está uma
tremenda falta de amor pela verdade e uma correspondente falta de verdade. E,
com certeza, é uma "operação de erro" que nos assedia atualmente,
graças à grande mídia vil. No entanto, quem ama a verdade precisa passar apenas
algumas horas na internet, para que seja abalada até mesmo a fé mais emotiva
nas câmaras de gás. Não é de admirar que os “licranos” e seus semelhantes estejam
fazendo tudo o que podem para censurar a Internet, mas com todos os seus
perigos ela continua a ser um ativo por ser vigorosamente defendido, pelo menos
até e se os “licranos” conseguirem controlá-lo.
Kyrie eleison.