domingo, março 24, 2019

Comentários Eleison: Os Tribunais Concluem


Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCX (610) (23 de março de 2019):


OS TRIBUNAIS CONCLUEM


"A verdade é poderosa e prevalecerá"
E os estados que se apoiam em mentiras haverão de fracassar.

No último 31 de janeiro, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos anunciou sua tão esperada decisão de rejeitar a apelação do autor destes “Comentários” contra sua quase unânime condenação por sete diferentes tribunais de justiça na Alemanha durante vários anos pelo “crime”, segundo a lei alemã, de questionar em solo alemão, em novembro de 2008, se Seis Milhões de pessoas foram realmente gaseadas sob o Terceiro Reich. Os dois advogados de defesa alemães fizeram uma tentativa honrosa de defender o seu cliente mais politicamente incorreto, mas estavam lutando com uma mão amarrada nas costas, porque a lei alemã os proibia de tomar posição sobre a verdade histórica. Em vez disso, na Alemanha, como em muitos países de hoje, a verdade não é a medida dos interesses privados, e sim esses interesses privados se tornaram a medida da verdade.

Mas como pode a verdade ter sido destronada? Assim como o próprio Deus Todo-Poderoso, a Verdade é a Número Um, ou não é nada. O próprio Deus pode ser o Número Um somente, porque Ele é o Criador infinitamente superior a toda a Sua Criação. A verdade é a Número Um porque se a definimos como a concordância da mente com a realidade, então qualquer diminuição ou contradição da verdade, qualquer preferência por uma não verdade àquela verdade que a não verdade nega, significa uma perda de controle correspondente da minha mente sobre a realidade, e com isso um deslizamento maior ou menor de todo o meu ser até a fantasia e a mentira. Portanto, é óbvio que nas leis e tribunais de qualquer nação, a verdade é de suma importância. Não devem as testemunhas em um tribunal normal jurar “dizer a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade”?

Eis por que contem-se os grandes legisladores como fundadores de suas nações, como Moisés dos israelitas, Sólon dos atenienses e Licurgo dos espartanos, porque eles estabeleceram o marco de justiça entre seu povo, dando a cada um o que lhe é devido, tornando possíveis as relações sociais e as sociedades. Mesmo a sociedade de vinte e dois homens em um humilde jogo de futebol precisa de seu próprio administrador de justiça, o árbitro. E ele não pode agir como árbitro sem a verdade. Isso foi um lance honesto ou foi uma falta? Que em justiça um jogador mereça uma pena ou não, depende da verdade do que realmente aconteceu. Assim, viver em sociedade só é possível com uma medida de justiça, e a justiça só é possível com uma medida de verdade. Bendita é a nação que tem legisladores e juízes que recompensam o que é verdadeiramente reto e punem o que é verdadeiramente mau.

Vejamos agora as leis e os tribunais que punem qualquer questionamento sobre o assassinato de Seis Milhões de vítimas na Segunda Guerra Mundial. Foi este um fato histórico ou não? Se for verdade, então questioná-lo pode ser mau se o dano causado for suficientemente mau, mas se o assassinato nunca ocorreu, então está em conformidade com a verdade questioná-lo, e fazê-lo não só não é mau, como é positivamente bom. Pois se os Seis Milhões são um mito monstruoso que pesa sobre as mentes das pessoas como o dogma fundamental daquilo que atua como sua religião falsa, não sou eu um libertador se ajudo a libertar suas mentes da mentira? “A verdade vos libertará”, diz Nosso Senhor (Jo VIII, 32). Não está claro como o dia que se os Seis Milhões nunca foram assassinados, então questionar esse assassinato merece uma grande recompensa da sociedade, e não uma punição?

Ora, os políticos e seus interesses privados podem tergiversar sobre a verdade até certo ponto, mas a verdade é de tal força universal que não pode ser totalmente suprimida. Portanto, o juízo comum dos historiadores sérios, baseado em provas objetivas, ainda pode-se levantar contra os interesses privados mais poderosos. Tal é o caso do “gaseamento” de “seis milhões” de vítimas sob o Terceiro Reich. Os interesses privados podem reclamar o que quiserem, mas não podem mudar os fatos objetivos de setenta e cinco anos atrás. E o que os pesquisadores sérios que investigam esses fatos têm alegado cada vez mais é que o "gaseamento" nunca aconteceu.

Portanto, com leis que proíbem tal negação, qualquer estado estará construído sobre areia. Que todos os estados tenham o cuidado de não aprovar tais leis que coloquem a verdade em segundo plano, porque, no mínimo, neste caso, a verdade histórica – em oposição à “verdade” emocional – não necessariamente estará do lado deles.

Kyrie eleison.



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