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Eleison – por Dom Williamson
Número DCXVI
(616) - (04 de maio de 2019):
Diagnóstico do Brexit
Pessoas da antiga Grã-Bretanha, atenção!
Sem Deus, os escravos de Mamon arrancarão seu coro!
Há meses o
Parlamento Britânico, outrora virtualmente o amo do mundo, vem apresentando ao
mundo inteiro um espetáculo indigno, de divisão e irresolução. Por que razão a
questão de deixar a União Europeia causou tamanha confusão e aborrecimento?
Certamente porque quando em 2016 a classe política deu ao povo a oportunidade
de votar em um referendo sobre sua política de Nova Ordem Mundial, o povo votou
em um número jamais antes visto na Grã-Bretanha, e pegou a classe política
completamente de surpresa quando a maioria de 52% rejeitou a sua NOM contra os
outros 48%. O voto favorável ao Brexit (a saída da Grã-Bretanha da UE) fez com
que essa classe perdesse seu rumo, e desde então ela tem estado atrapalhada,
completamente e por tanto tempo enfeitiçada – ou comprada – pela NOM.
Comprada,
porque a União Europeia e seu parlamento em Bruxelas representam Mamon, ou a política
do dinheiro. Porque toda a ideia por trás da União Europeia era, mediante a
prosperidade material, comprar o apoio dos muito diferentes povos europeus para
a submersão de suas diferenças nacionais em um único estado europeu
internacional, que por sua vez deve ser um componente fundamental do estado
único mundial internacional, a Nova Ordem Mundial. Assim, os mestres
judaico-maçônicos do dinheiro por trás da NOM assumiram que a política de união
poderia ser realizada pela economia de sua moeda única, o euro, e calcularam
que os europeus estariam tão apaixonados pela obra materialista dos “banksters
[banqueiros gângsteres]”, que não se oporiam à dissolução de suas nações pela
imigração descontrolada procedente de fontes não europeias.
Mas “não só de
pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt IV, 4). De
fato, segundo a natureza das coisas, a religião (o homem para seu Deus) é
primária, a política (o homem para seus semelhantes) é secundária, e a economia
(homem para o dinheiro) é apenas terciária. Portanto, é antinatural que a
economia dirija a política; e a natureza pode ser revertida pela Revolução, mas
a natureza sempre pode reivindicar-se a si mesma, como no caso da votação do
Brexit, que foi diretamente provocada pela admissão antinatural na
Grã-Bretanha, pelos políticos, de hordas de estrangeiros inassimiláveis. No
entanto, quando a natureza se restabelece, os políticos modernos, materialistas
ateus e superficiais, quase sem exceção, são tomados completamente de surpresa,
como pelo voto do Brexit. Eles fazem guerra contra a natureza. Como poderiam
entendê-la ou dirigi-la?
Mas quem votou
em todos esses políticos antinaturais? Quem mais senão os povos (não só da
Grã-Bretanha), de acordo com o sacrossanto princípio da democracia?
Sacrossanto? Sim, porque a inversão atual da natureza é completa, de modo que
assim como a economia moderna é feita para derrubar a política, assim também as
políticas modernas são feitas para derrubar a religião, e a democracia se torna
uma religião substituta, e a vontade do povo substitui a Deus. Isto significa
que o voto do Brexit não foi válido apenas porque foi a vontade do povo
britânico, 52 a 48%, mas porque favoreceu o que é natural, a identidade e os
vários dons dados por Deus às nações europeias, concebidos por Deus para comporem
a sinfonia da Europa, como se alcançou na Idade Média católica. “Busque
primeiro o reino de Deus e Sua justiça (religião) e todas essas coisas
(políticas) vos serão dadas por acréscimo” (Mt. VI, 33).
Isso significa
que os britânicos que votaram pelo Brexit são religiosos? Dificilmente! Em sua
maior parte são materialistas ateus prontos para o comunismo da burocracia
tirânica de Bruxelas, com uma visão não mais verdadeira que a dos políticos em
quem votam habitualmente, e igualmente confusos. Mas o Canal da Mancha dá a
eles uma certa distância e uma certa perspectiva em relação ao que acontece na
Europa, de modo que quando se realizou a votação do Brexit, alguns antigos instintos
naturais entraram em ação, os mesmos pelos quais se tem conservado a aparência –
não a substância! – de uma monarquia católica. No entanto, se o povo britânico
não é cuidadoso, se ele não “vigia e ora” por seu país, os frutos de seu
voto original do Brexit lhes serão roubados pelos “banksters” de uma forma ou
de outra. Sem dúvida, eles já estão planejando como contornar aqueles dos quais
a imagem que têm é a de “brexistas” estúpidos e atrasados. Deus é supremamente
generoso, mas d’Ele não se escarnece, nem a Ele se engana!
Kyrie eleison.
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