Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DCXX (620)- (01 de junho de 2019)
HUONDERLAND NOVAMENTE
Sacerdotes da Fraternidade, aguentem firme!
A traição é abundante, está em toda parte.
Em
20 de maio, dia em que se encerrou o mandato de Dom Huonder como chefe da grande
diocese suíça de Chur desde 2007, a questão controversa de seu futuro lugar de
aposentadoria foi decidida de uma vez por todas por uma Declaração assinada conjuntamente
por ele mesmo e pelo Superior Geral da Fraternidade, o Pe. David Pagliarani: o
Bispo viverá na escola de meninos da Fraternidade em Wangs, no leste da Suíça.
Surgiram dúvidas quanto ao lugar onde o Bispo se retiraria por causa da
improbabilidade natural de um Bispo Conciliar estabelecer-se dentro de uma casa
Tradicional, mas de ambos os lados do abismo doutrinário entre o Concílio
Vaticano II e a Tradição Católica, prevaleceu o sonho antidoutrinário de
estabelecer uma ponte sobre esse abismo. Assim, a respeito de sua decisão, o mesmo
Bispo acaba de escrever: “De acordo com os desejos do Papa Francisco, eu me
esforçarei ali (em Wangs) para contribuir para a unidade da Igreja”. É uma
intenção honrosa, mas que não leva em conta a maldade do Vaticano II.
Mas como o
mundo moderno segue adiante, e com ele a Igreja moderna, e com a Neoigreja, a
Neofraternidade, o Bispo Huonder é um clérigo decente e bem-intencionado, cheio
de boas intenções que podem fazer qualquer pessoa "decente" pensar
que ele é uma boa companhia, e que é seguro misturar-se com ele, e é seguro colocá-lo
dentro de uma escola "decente". Sem dúvida alguém pode esperar que o
ambiente tradicional em Wangs lhe faça bem.
Mas, do ponto
de vista de Deus e da verdadeira Igreja Católica, ele é um crente no Concílio
Vaticano II, e, portanto, acredita em trabalhar com o atual Papa desse
Concílio, o Papa Francisco, juntamente com todos os seguidores da Tradição que não
compreendem mais a ambiguidade e a maldade objetivas desse Concílio com seus
seis Papas conciliares. Com efeito, esse Concílio é profundamente ímpio, e
contamina tudo o que toca (ver vários números destes “Comentários” que deverão
aparecer em breve), e desvia da verdade todas as pessoas que acreditam nele.
Portanto, do ponto de vista da salvação das almas – que é o ponto de vista
mesmo de Deus –, o Bispo Huonder está, objetivamente falando,
contaminado e desviado, não sendo adequado para a companhia dos católicos ou de
uma escola católica, e ainda mais perigoso é que ele seja subjetivamente
decente, bem intencionado, simpático, e assim por diante.
Nem precisa
ser mais ou menos culpado do que milhares de outros Bispos “decentes” que
existem desde o Vaticano II por ter-se deixado enganar por uma série de Papas
Conciliares, nem precisa ser insultado como se fosse um vilão, nem precisa ser
socialmente rechaçado como um pária. Mas os católicos devem evitar absolutamente
qualquer tipo de contato com ele, seja social ou de qualquer outro tipo, que
possa resultar em qualquer tentação de manter com ele, enquanto ele seguir
crendo no Vaticano II, qualquer tipo de companhia em assuntos da Fé. E, para
evitar qualquer tentação, seria necessário evitar sua companhia completamente,
e então sua companhia deveria ser completamente rechaçada. Deus e a Fé devem
vir em primeiro lugar, ser o fim e a coisa mais importante, pois, caso
contrário, corremos o risco de perder nossas almas.
Para
concluirmos, só podemos desejar a Dom Huonder em sua aposentadoria toda a graça
de Deus para que compreenda a perfídia do Vaticano II, e aos internos
tradicionalistas da escola da Fraternidade em Wangs só podemos desejar toda a
graça de Deus para que o ajudem com seu exemplo a compreender o perigo dos
“desejos” do Papa Francisco para com a Fraternidade, do qual acaba de sair à
luz outro exemplo.
Chegou de Roma
nos últimos dias um informe que diz que o sacerdote argentino que foi nomeado por
Dom Fellay para ser o Ecônomo Geral da Fraternidade, a pedido do Papa e com o
consenso do novo Superior à frente da Fraternidade, o Pe. Pagliarani, foi
reintegrado à Igreja oficial, e, sempre pelo desejo do Papa Francisco, reside
atualmente na Casa Santa Marta, onde vive o próprio Papa; esse sacerdote será
incardinado na diocese de Roma, esperando sua possível nomeação para Bispo pelo
Papa Francisco. Ainda que esse informe esteja a expor somente meias verdades, não
estaria a revelar a incapacidade ou a falta de vontade dos altos funcionários
da Fraternidade de entender que o Arcebispo Lefebvre lutou contra o Concílio
Vaticano II por razões de Fé?
Kyrie eleison.
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